"Vários irmãos se recolhem e vão em frente. Vários também escravizam sua mente. Eu sei bem, quebro a corrente onde passo, e planto a minha semente. Gafanhotos nunca roubam de que tem. Predadores, senhores que mentem, esperem sentados, a rendição, nossa vitória não será por acidente." Stab, de Planet Hemp.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
terça-feira, 30 de agosto de 2011
PSOL tem Plenária Municipal Sábado
No próximo sábado, dia 3 de Setembro, às 14 h na Câmara de Vereadores de Pelotas, teremos Plenária Municipal do PSOL.
Nesta reunião, além de trocarmos informes, teremos o debate de teses e eleição de delegad@s ao III Congresso Nacional do Partido, que acontecerá no mês de Dezembro, em São Paulo.
Além disto, teremos debate em relação a continuação de nossa luta contra o aumento do número de Vereadores em Pelotas, confirmado hoje para 21.
Convidamos todos os militantes e simpatizantes a participarem da plenária.
Nesta reunião, além de trocarmos informes, teremos o debate de teses e eleição de delegad@s ao III Congresso Nacional do Partido, que acontecerá no mês de Dezembro, em São Paulo.
Além disto, teremos debate em relação a continuação de nossa luta contra o aumento do número de Vereadores em Pelotas, confirmado hoje para 21.
Convidamos todos os militantes e simpatizantes a participarem da plenária.
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Resposta à coluna Espeto Corrido do Jornal Diário Popular
Abaixo, publico nota do Jornalista José Ricardo Castro, da Coluna Espeto Corrido, do Diário Popular, em relação à posição do PSOL sobre o aumento do número de Vereadores em Pelotas. Na sequência, a resposta que lhe enviei. (em itálico, o que foi publicado na coluna do Espeto).
Posição - PSOL pelotense define o caminho a seguir sobre o aumento ou não do número de vereadores. É contra. Pede plebiscito com a população para que esta decida. Também defende campanha para o combate às reais e profundas mazelas da cidade. Pergunta do Espeto: se o número de vereadores passar para 23, o PSOL terá candidatos?
Posição - PSOL pelotense define o caminho a seguir sobre o aumento ou não do número de vereadores. É contra. Pede plebiscito com a população para que esta decida. Também defende campanha para o combate às reais e profundas mazelas da cidade. Pergunta do Espeto: se o número de vereadores passar para 23, o PSOL terá candidatos?
Respondendo a sua pergunta, em relação à posição do PSOL sobre o aumento do número de Vereadores.
O PSOL não define sozinho as regras das eleições. Em nenhum momento, cogitamos a possibilidade de deixar de participar de eleições devido à regras que nos desagradem. Temos um nítido exemplo no caso do financiamento das campanhas eleitorais, o PSOL é absolutamente contrário à forma atual de financiamento de campanha, visto que as grandes empresas financiam seus candidatos e os resultados eleitorais, em regra, demonstram que as campanhas mais ricas são vitoriosas.
Desta forma, não deixaremos de participar das eleições pelotenses em 2012, teremos candidatos à Vereador, tanto para disputar 15, quanto para disputar 23 vagas. Assim como teremos Candidato à Prefeito.
Grato,
Jurandir Silva
Presidente do PSOL Pelotas
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Maioria dos Vereadores de Pelotas rejeita proposta do PSOL
Estivemos nesta segunda feira pela manhã na audiência pública convocada pela Câmara de Vereadores de Pelotas para debater o aumento do número de Legisladores de 15 para 23.
A "consulta" realizada pela Câmara à comunidade consistiu da abertura de seis intervenções de sete minutos, sendo três intervenções para os defensores da proposta e três para os contrários.
Para poder falar, era necessário ir à Câmara de Vereadores na semana passada e solicitar a inscrição. Por sorte, conseguimos inscrever o companheiro Helder Oliveira, que defendeu muito bem a posição do PSOL em relação ao assunto.
Como havíamos publicado na internet desde sábado, nossa posição é contrária ao aumento do número de vereadores. Fomos à audiência pública e, além de expor os motivos de nossa contrariedade, apresentamos a proposta de consulta à população, na forma de plebiscito ou referendo.
Tal proposta foi rejeitada pelos Vereadores favoráveis ao aumento, com o argumento de que uma consulta à comunidade era algo extremamente complicado e inviável de ser feito. Segundo os Vereadores, a consulta feita na audiência pública era suficiente.
De nossa parte, divergimos profunda e respeitosamente dos atuais Vereadores, visto que uma única audiência pública, realizada às 10 h da manhã de uma segunda-feira, impede a ampla maioria da população de participar e demonstrar sua opinião.
Vamos seguir lutando. Lançaremos um movimento com outras organizações e indivíduos, para que possamos realizar um plebiscito popular sobre o aumento do número de Vereadores em Pelotas. Ainda não descartamos a possibilidade de relizarmos um movimento de iniciativa popular, em que teríamos que coletar 9 mil assinaturas para barrar o aumento. Te convidamos a somar nesta jornada. Entre em contato!
A "consulta" realizada pela Câmara à comunidade consistiu da abertura de seis intervenções de sete minutos, sendo três intervenções para os defensores da proposta e três para os contrários.
Para poder falar, era necessário ir à Câmara de Vereadores na semana passada e solicitar a inscrição. Por sorte, conseguimos inscrever o companheiro Helder Oliveira, que defendeu muito bem a posição do PSOL em relação ao assunto.
Como havíamos publicado na internet desde sábado, nossa posição é contrária ao aumento do número de vereadores. Fomos à audiência pública e, além de expor os motivos de nossa contrariedade, apresentamos a proposta de consulta à população, na forma de plebiscito ou referendo.
Tal proposta foi rejeitada pelos Vereadores favoráveis ao aumento, com o argumento de que uma consulta à comunidade era algo extremamente complicado e inviável de ser feito. Segundo os Vereadores, a consulta feita na audiência pública era suficiente.
De nossa parte, divergimos profunda e respeitosamente dos atuais Vereadores, visto que uma única audiência pública, realizada às 10 h da manhã de uma segunda-feira, impede a ampla maioria da população de participar e demonstrar sua opinião.
Vamos seguir lutando. Lançaremos um movimento com outras organizações e indivíduos, para que possamos realizar um plebiscito popular sobre o aumento do número de Vereadores em Pelotas. Ainda não descartamos a possibilidade de relizarmos um movimento de iniciativa popular, em que teríamos que coletar 9 mil assinaturas para barrar o aumento. Te convidamos a somar nesta jornada. Entre em contato!
sábado, 20 de agosto de 2011
Posição do PSOL sobre o aumento do número de vereadores em Pelotas
O POVO DECIDE
A Câmara de Vereadores de Pelotas está debatendo o aumento do número de legisladores municipais. De acordo com a proposta, a partir de 2013, a Câmara teria 23 Vereadores, oito a mais que atualmente.
A maioria absoluta dos atuais vereadores já se manifestou a favor do aumento de cadeiras na Câmara e ao que tudo indica, a consulta à comunidade Pelotense a ser realizada em audiência pública, não passa de mera formalidade.
Nós do Partido Socialismo e Liberdade, nos posicionamos firmemente contra o aumento do número de vereadores em Pelotas. Sugerimos aos Vereadores da cidade, que antes de implementarem o aumento do número de legisladores, implementem uma forte campanha de combate às reais e profundas mazelas de nossa cidade, como a falta de empregos, de perspectivas para os jovens, a interminável e desesperadora crise da saúde pública, entre tantos outros assuntos determinantes para a vida do povo Pelotense.
Temos a nítida compreensão, de que o aumento do número de vereadores na cidade em nada garante a necessária vinculação entre os desejos do povo e a ação dos legisladores. A Cidade não precisa de mais Vereadores, a Cidade precisa de Vereadores que respondam aos anseios do povo.
Por fim, gostaríamos de sugerir uma real consulta à comunidade, na forma de plebiscito, organizado pela Câmara de Vereadores e a sociedade organizada. Nesta consulta, a população votaria “SIM” ou “NÃO” ao aumento do número de legisladores, sendo obrigatoriamente, o resultado da votação acatado pelos atuais Vereadores.
Convidamos todos a somarem-se nesta luta!
PSOL Pelotas-RS, 20 de Agosto de 2011.
A Câmara de Vereadores de Pelotas está debatendo o aumento do número de legisladores municipais. De acordo com a proposta, a partir de 2013, a Câmara teria 23 Vereadores, oito a mais que atualmente.
A maioria absoluta dos atuais vereadores já se manifestou a favor do aumento de cadeiras na Câmara e ao que tudo indica, a consulta à comunidade Pelotense a ser realizada em audiência pública, não passa de mera formalidade.
Nós do Partido Socialismo e Liberdade, nos posicionamos firmemente contra o aumento do número de vereadores em Pelotas. Sugerimos aos Vereadores da cidade, que antes de implementarem o aumento do número de legisladores, implementem uma forte campanha de combate às reais e profundas mazelas de nossa cidade, como a falta de empregos, de perspectivas para os jovens, a interminável e desesperadora crise da saúde pública, entre tantos outros assuntos determinantes para a vida do povo Pelotense.
Temos a nítida compreensão, de que o aumento do número de vereadores na cidade em nada garante a necessária vinculação entre os desejos do povo e a ação dos legisladores. A Cidade não precisa de mais Vereadores, a Cidade precisa de Vereadores que respondam aos anseios do povo.
Por fim, gostaríamos de sugerir uma real consulta à comunidade, na forma de plebiscito, organizado pela Câmara de Vereadores e a sociedade organizada. Nesta consulta, a população votaria “SIM” ou “NÃO” ao aumento do número de legisladores, sendo obrigatoriamente, o resultado da votação acatado pelos atuais Vereadores.
Convidamos todos a somarem-se nesta luta!
PSOL Pelotas-RS, 20 de Agosto de 2011.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Brasil decide mais uma, no dia do meu aniversário
Amig@s. Se alguém acompanha este blog sabe que eu estou meio que totalmente em dívida com a atualização dele. Uma série de coisas aconteceram e eu não pude usar o blog como uma ferramenta: as mobilizações na Europa, dos bombeiros do RJ, a luta dos estudantes da UFPel... enfim, mas quem me conhece sabe que eu não estou "parado", só que nas últimas semanas, o que mais tenho escrito são fichas de leitura do Mestrado, e estas, acho que ninguém vai querer ler né? Com exceção dos meu professores!!
Bem, mas hoje é meu aniversário, me lembrei de um aniversário muito legal meu, em 1997. Escrevi sobre este dia, empolgado com o jogo do Brasil hoje a noite. Ficou meio extenso, mas espero que leiam. Em breve voltamos com força total!
Bem, 15 de Junho é o dia do meu aniversário. Em 2011, faço 28 anos. Sou torcedor do Brasil de Pelotas e tenho lá algumas lembranças de jogos decisivos do Xavante no dia do meu aniversário. Neste dia 15, às 20 h o Brasil entra em campo em Farroupilha, contra o Brasil daquela cidade e não pude deixar de lembrar de um dos dias 15 de junho mais notáveis da minha vida, justamente em razão de ser um dia de decisão para o Brasil.
Era um Domingo, 15 de Junho de 1997, eu estava fazendo 14 anos. Foi um dia muito chuvoso, daqueles pra ficar dormindo em casa, mas era meu aniversário e Xavante que se preze é da “Maior e Mais Fiel”, obviamente eu tinha que ir pro jogo.
Fui pro jogo. Na verdade fomos, eu e os meus vizinhos/amigões, o Daniel, o Rafael e se não me engano o queridíssimo e falecido Max também foi (o Max era colorado e não ia aos jogos do Brasil, mas pela excepcionalidade da partida, foi). Saímos a pé, com toda aquela chuva, da Cerquinha até a Baixada.
Jogariam Brasil e Juventude de Caxias do Sul, era uma decisão, o último jogo da Fase, se o Brasil vencesse classificaria para o mata-mata do Gauchão. O Juventude tinha um timaço, na época a empresa Parmalat jorrava dinheiro nos cofres do time de Caxias. O Brasil tinha um time mais modesto, mas, era um time combativo. O Craque do time e melhor jogador que eu vi com a camisa do Brasil era o 10, Luizinho Vieira. Digo que foi o melhor que eu vi jogar no Brasil porque sou fã dos jogadores que na hora “aga” não costumam faltar, e no dia 15 de Junho de 1997, o Luizinho não faltou.
Com toda aquela chuva, o Bento Freitas estava completamente lotado. Milhares de fiéis estavam lá e viram tudo o que eu vi, ou quase tudo. Bem, eu estava fazendo 14 anos, naquela fase de adolescente rebelde sem causa sabem? Pois o jogo começou e a torcida estava empolgadíssima, fomos lá para o “meião”, perto da Garra Xavante (a charanga, pra quem não sabe). Naquela empolgação a turma começou a fazer uma coreografia que era muito comum em todos os estádios do país, antes do surgimento das cadeiras (que ainda não chegaram na Baixada), todo mundo se abraçava e ficava pulando de um lado pro outro. Eis que o adolescente rebelde sem causa resolveu não se abraçar com a galera, porque o jogo já tinha começado e era necessário ver o jogo.
O jogo foi tenso, muito tenso. Na época, o Brasil tinha um lateral esquerdo que tinha vindo das categorias de base do Inter, chamado Silvan. A galera não gostava do Silvan, e eu não sabia porque. Eu achava que o cara jogava bem e tomei minha segunda atitude de adolescente rebelde sem causa, antipática, enquanto todos vaiavam o Silvan, eu aplaudia.
O primeiro tempo acabou em zero a zero. Ali, é normal a gente ver todo o jogo em pé e se sentar no intervalo, mas como estava tudo molhado, todo mundo ficou em pé. Neste momento, percebi que eu tinha me separado dos meus amigos, pois tinha muita gente no Estádio e acabamos ficando meio longe nas arquibancadas.
Eu estava lá, sozinho, em pé, todo molhado e começaram a passar uns copos de cerveja pela minha cabeça, na época, podia tomar cerveja nos Estádios. Neste momento, tomei minha terceira e fatal atitude de adolescente rebelde sem causa, antipática: reclamei do vai e vem dos copos na minha cabeça. Foi só eu reclamar e os copos passaram a bater com mais força na minha cabeça, viravam cerveja em mim, batiam com os braços na minha cabeça... só aí é que eu fui “tomar consciência” dos meus atos e da minha situação. Os meus amigos eram uns caras altos, mais de 1 m e 80, fortões, e eu, o mais novinho e fraquinho, tinha arranjado uma confusão.
O ápice das provocações se deu quando um dos caras dos copos de cerveja me puxou o cabelo (na época era comprido), sério, foi um puxão muito forte. Tomei coragem e me virei! Quarta atitude adolescente, rebelde, sem causa, e desta vez insana. Os “caras da cerveja” eram 6, muuuito maiores e mais “experientes”do que eu. O que puxou o meu cabelo tomou a frente, me agarrou as bochechas que nem a gente faz com as criancinhas, só que muito mais forte e começou a dizer assim: “olha aqui Negão Feijão, é um gurizinho! O que nós vamos fazer com este gurizinho? Nós vamos bater neste GURIZINHO?”
Eu, obviamente, me caguei de medo. Fiquei estático. Nisso, se aproximou o “Negão Feijão”, que era meio gordinho, com um bigodão, o mais baixo deles, mas parecia ser uma espécie de líder. O “Negão Feijão” me olhou de cima abaixo, pegou minhas bochechas e disse: “É verdade, é um gurizinho, deixa ele.”
Ufa, me livrei daquela. Me virei em direção ao campo e decidi que não olharia mais pra trás de jeito nenhum, vai que eles mudassem de idéia? Começou o segundo tempo, o jogo continuou tenso, o campo estava encharcado e a bola não rolava, a torcida estava ficando maluca. Lá pelas tantas alguém jogou uma pedra pra dentro do campo, acertou a cabeça do bandeirinha, que ficou sangrando muito e teve que ser substituído.
O tempo passou, a ansiedade cresceu e nada de gol do Xavante. Até que passados 40 minutos de jogo o Brasil armou uma jogada pela direita, a bola foi cruzada na área, se deu uma confusão e sobrou dentro da área. Adivinhem quem apareceu para guardar? Ele mesmo, Luizinho, Gol do Brasil, Gol da classificação!!!! Me lembro até hoje de ver o gol na TV no outro dia, tinha um torcedor atrás do gol (foi no gol do placar) que conservou o seu guarda-chuva intacto até o gol do Luizinho, quando saiu o gol, o cara começou a bater com o guarda-chuva na tela, destruindo-o.
E assim são as comemorações dos gols decisivos, naquele dia não foi diferente. Em todo o Estádio, toda a Massa Xavante se enlouqueceu, uns pulavam, outros corriam, outros se deitavam nas arquibancadas, nas poças d’água... eu, que estava longe dos meus amigos, pulei, gritei, me ajoelhei, levantei e comecei a abraçar todo mundo que estava perto de mim, pessoas desconhecidas, mas que naquele momento tinham virado meus melhores amigos.
Lá pelas tantas, adivinhem que surgiu ao meu lado? Ele mesmo, o “Negão Feijão”. Fiquei meio grilado, “o que eu vou fazer, será que esses caras querem me bater ainda?” Eis que o Feijão me agarrou pelas bochechas novamente, me sacudiu e começou a gritar: “GURIZINHOOOOO, GURIZINHOOOOO, É NOSSO, É O XAVANTE!!!”, depois ele começou a beijar as minhas bochechas, as mesmas que ele queria esbofetear a 45 minutos atrás.
Comemoramos todos juntos. Eu e a “galera dos copos”. Foi uma grande lição, um baita presente de aniversário. Talvez até tenha sido um divisor de águas, um episódio importante para o término da maldita fase de adolescente rebelde sem causa. Hoje, 15 de Junho de 2011, faço 28 anos, não sou mais adolescente, me considero um rebelde, só que agora com causa. O que não mudou é que eu continuo sendo mais um membro da Massa Xavante, da Maior e Mais Fiel e que eu quero que alguém “guarde” aquele golzinho da classificação no dia do meu aniversário.
Saudações especiais ao Luizinho Vieira, que a última vez que vi estava treinando o nosso co-irmão Farroupilha e ao “Negão Feijão” que nunca mais vi.
Bem, mas hoje é meu aniversário, me lembrei de um aniversário muito legal meu, em 1997. Escrevi sobre este dia, empolgado com o jogo do Brasil hoje a noite. Ficou meio extenso, mas espero que leiam. Em breve voltamos com força total!
Bem, 15 de Junho é o dia do meu aniversário. Em 2011, faço 28 anos. Sou torcedor do Brasil de Pelotas e tenho lá algumas lembranças de jogos decisivos do Xavante no dia do meu aniversário. Neste dia 15, às 20 h o Brasil entra em campo em Farroupilha, contra o Brasil daquela cidade e não pude deixar de lembrar de um dos dias 15 de junho mais notáveis da minha vida, justamente em razão de ser um dia de decisão para o Brasil.
Era um Domingo, 15 de Junho de 1997, eu estava fazendo 14 anos. Foi um dia muito chuvoso, daqueles pra ficar dormindo em casa, mas era meu aniversário e Xavante que se preze é da “Maior e Mais Fiel”, obviamente eu tinha que ir pro jogo.
Fui pro jogo. Na verdade fomos, eu e os meus vizinhos/amigões, o Daniel, o Rafael e se não me engano o queridíssimo e falecido Max também foi (o Max era colorado e não ia aos jogos do Brasil, mas pela excepcionalidade da partida, foi). Saímos a pé, com toda aquela chuva, da Cerquinha até a Baixada.
Jogariam Brasil e Juventude de Caxias do Sul, era uma decisão, o último jogo da Fase, se o Brasil vencesse classificaria para o mata-mata do Gauchão. O Juventude tinha um timaço, na época a empresa Parmalat jorrava dinheiro nos cofres do time de Caxias. O Brasil tinha um time mais modesto, mas, era um time combativo. O Craque do time e melhor jogador que eu vi com a camisa do Brasil era o 10, Luizinho Vieira. Digo que foi o melhor que eu vi jogar no Brasil porque sou fã dos jogadores que na hora “aga” não costumam faltar, e no dia 15 de Junho de 1997, o Luizinho não faltou.
Com toda aquela chuva, o Bento Freitas estava completamente lotado. Milhares de fiéis estavam lá e viram tudo o que eu vi, ou quase tudo. Bem, eu estava fazendo 14 anos, naquela fase de adolescente rebelde sem causa sabem? Pois o jogo começou e a torcida estava empolgadíssima, fomos lá para o “meião”, perto da Garra Xavante (a charanga, pra quem não sabe). Naquela empolgação a turma começou a fazer uma coreografia que era muito comum em todos os estádios do país, antes do surgimento das cadeiras (que ainda não chegaram na Baixada), todo mundo se abraçava e ficava pulando de um lado pro outro. Eis que o adolescente rebelde sem causa resolveu não se abraçar com a galera, porque o jogo já tinha começado e era necessário ver o jogo.
O jogo foi tenso, muito tenso. Na época, o Brasil tinha um lateral esquerdo que tinha vindo das categorias de base do Inter, chamado Silvan. A galera não gostava do Silvan, e eu não sabia porque. Eu achava que o cara jogava bem e tomei minha segunda atitude de adolescente rebelde sem causa, antipática, enquanto todos vaiavam o Silvan, eu aplaudia.
O primeiro tempo acabou em zero a zero. Ali, é normal a gente ver todo o jogo em pé e se sentar no intervalo, mas como estava tudo molhado, todo mundo ficou em pé. Neste momento, percebi que eu tinha me separado dos meus amigos, pois tinha muita gente no Estádio e acabamos ficando meio longe nas arquibancadas.
Eu estava lá, sozinho, em pé, todo molhado e começaram a passar uns copos de cerveja pela minha cabeça, na época, podia tomar cerveja nos Estádios. Neste momento, tomei minha terceira e fatal atitude de adolescente rebelde sem causa, antipática: reclamei do vai e vem dos copos na minha cabeça. Foi só eu reclamar e os copos passaram a bater com mais força na minha cabeça, viravam cerveja em mim, batiam com os braços na minha cabeça... só aí é que eu fui “tomar consciência” dos meus atos e da minha situação. Os meus amigos eram uns caras altos, mais de 1 m e 80, fortões, e eu, o mais novinho e fraquinho, tinha arranjado uma confusão.
O ápice das provocações se deu quando um dos caras dos copos de cerveja me puxou o cabelo (na época era comprido), sério, foi um puxão muito forte. Tomei coragem e me virei! Quarta atitude adolescente, rebelde, sem causa, e desta vez insana. Os “caras da cerveja” eram 6, muuuito maiores e mais “experientes”do que eu. O que puxou o meu cabelo tomou a frente, me agarrou as bochechas que nem a gente faz com as criancinhas, só que muito mais forte e começou a dizer assim: “olha aqui Negão Feijão, é um gurizinho! O que nós vamos fazer com este gurizinho? Nós vamos bater neste GURIZINHO?”
Eu, obviamente, me caguei de medo. Fiquei estático. Nisso, se aproximou o “Negão Feijão”, que era meio gordinho, com um bigodão, o mais baixo deles, mas parecia ser uma espécie de líder. O “Negão Feijão” me olhou de cima abaixo, pegou minhas bochechas e disse: “É verdade, é um gurizinho, deixa ele.”
Ufa, me livrei daquela. Me virei em direção ao campo e decidi que não olharia mais pra trás de jeito nenhum, vai que eles mudassem de idéia? Começou o segundo tempo, o jogo continuou tenso, o campo estava encharcado e a bola não rolava, a torcida estava ficando maluca. Lá pelas tantas alguém jogou uma pedra pra dentro do campo, acertou a cabeça do bandeirinha, que ficou sangrando muito e teve que ser substituído.
O tempo passou, a ansiedade cresceu e nada de gol do Xavante. Até que passados 40 minutos de jogo o Brasil armou uma jogada pela direita, a bola foi cruzada na área, se deu uma confusão e sobrou dentro da área. Adivinhem quem apareceu para guardar? Ele mesmo, Luizinho, Gol do Brasil, Gol da classificação!!!! Me lembro até hoje de ver o gol na TV no outro dia, tinha um torcedor atrás do gol (foi no gol do placar) que conservou o seu guarda-chuva intacto até o gol do Luizinho, quando saiu o gol, o cara começou a bater com o guarda-chuva na tela, destruindo-o.
E assim são as comemorações dos gols decisivos, naquele dia não foi diferente. Em todo o Estádio, toda a Massa Xavante se enlouqueceu, uns pulavam, outros corriam, outros se deitavam nas arquibancadas, nas poças d’água... eu, que estava longe dos meus amigos, pulei, gritei, me ajoelhei, levantei e comecei a abraçar todo mundo que estava perto de mim, pessoas desconhecidas, mas que naquele momento tinham virado meus melhores amigos.
Lá pelas tantas, adivinhem que surgiu ao meu lado? Ele mesmo, o “Negão Feijão”. Fiquei meio grilado, “o que eu vou fazer, será que esses caras querem me bater ainda?” Eis que o Feijão me agarrou pelas bochechas novamente, me sacudiu e começou a gritar: “GURIZINHOOOOO, GURIZINHOOOOO, É NOSSO, É O XAVANTE!!!”, depois ele começou a beijar as minhas bochechas, as mesmas que ele queria esbofetear a 45 minutos atrás.
Comemoramos todos juntos. Eu e a “galera dos copos”. Foi uma grande lição, um baita presente de aniversário. Talvez até tenha sido um divisor de águas, um episódio importante para o término da maldita fase de adolescente rebelde sem causa. Hoje, 15 de Junho de 2011, faço 28 anos, não sou mais adolescente, me considero um rebelde, só que agora com causa. O que não mudou é que eu continuo sendo mais um membro da Massa Xavante, da Maior e Mais Fiel e que eu quero que alguém “guarde” aquele golzinho da classificação no dia do meu aniversário.
Saudações especiais ao Luizinho Vieira, que a última vez que vi estava treinando o nosso co-irmão Farroupilha e ao “Negão Feijão” que nunca mais vi.
terça-feira, 26 de abril de 2011
Plenária do PSOL Pelotense neste sábado
No próximo sábado, dia 30 de Abril, teremos Plenária Municipal do PSOL em Pelotas, às 15 horas no Plenário da câmara de Vereadores, na Rua XV de Novembro, número 207.
Nossa ideia é retomar as discussões sobre organização partidária desenvolvidas a partir da Plenária de março, contemplando temas como campanhas financeiras e atividades de formação política e apresentação partidária.
Debateremos também, dois temas fundamentais para a a cidade de Pelotas: um deles é o transporte coletivo, o qual nos referimos no post anterior. Pretendemos armar a militância partidária para intervir concretamente no processo de discussões que ora se inicia.
O outro tema é também muito grave, infelizmente histórico. A crise da saúde pública. Além da constante superlotação do Pronto-Socorro Municipal, temos um atendimento deficiente nos postos de saúde. Tal crise teve conseqüência trágica nos dias anteriores ao feriadão de Páscoa, quando um bebê de 6 meses veio a falecer por falta de leito.
Se o conjunto das forças políticas municipais vai calar em relação ao caos no transporte e a terrível situação da saúde pública, o PSOL não vai calar. Se não queres calar, some-se à nossa luta, participe da Plenária do dia 30.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Posição defendida pelo PSOL na audiência pública sobre transporte público em Pelotas
Hoje estivemos na audiência pública que debateu transporte coletivo em Pelotas. A seguir, nossa posição.
POR UMA LICITAÇÃO DO TRANSPORTE REAL E EFETIVA
Há muitos anos que estamos sofrendo com o caos do serviço de transporte coletivo. A superlotação nos horários de pico é constante em todas as linhas, há absurda desorganização quanto ao espaço reservado para idosos e gestantes e desrespeito com a população que paga passagem para ter a sua disposição um péssimo serviço de transporte, além disso, temos a imensa fila que os estudantes enfrentam para confeccionar a sua carteirinha estudantil. O complemento do caos se verifica com o fato de que o serviço está irregular, pois não há licitação pública e legal que legitime as concessões às empresas.
A irregularidade do serviço de transporte público é tão gritante que o Ministério Público (MP) ordenou a regularização da situação, sob pena de multa diária à Prefeitura. Entendemos que é necessário começar um movimento para aproveitar a ação do MP, buscando melhorias efetivas no serviço de transporte público.
Defendemos a importância das audiências públicas como método de diálogo entre o poder público e a população e acreditamos que a Prefeitura deve ouvir a opinião da população em diversas outras demandas, como no caso do camelódromo e as reivindicações dos servidores municipais, para citar dois exemplos. Infelizmente, a audiência pública que está sendo convocada é uma exigência do MP à Prefeitura e não um hábito do Governo municipal. Para superar este grave problema no caso do transporte coletivo, propomos a revitalização de um Conselho Municipal de Transportes, para que a população tenha um canal permanente para fazer chegar às autoridades suas reivindicações.
Além disso, neste momento podemos debater a exigência para que as empresas realizem prestações de contas públicas e que os trabalhadores rodoviários – motoristas e cobradores – recebam reajuste digno e tenham segurança para trabalhar. Enquanto isso, o valor da tarifa deve ser congelado, ou até reduzido, pois é inadmissível que um trabalhador gaste por ano em torno de R$ 1.460 para andar de ônibus e este serviço ser de péssima qualidade. Temos ainda que ratificar a meia-passagem para todos os estudantes (inclusive de cursinhos pré-vestibular) e buscar o mesmo direito para os desempregados.
Queremos ressaltar que entre os anos de 2004 e 2009 o aumento acumulado no valor da tarifa é de 70%. Ao mesmo tempo, a frota é formada por veículos defasados, a maioria dos pontos de ônibus não apresenta qualquer tipo de abrigo para os usuários, o número de carros com acesso para portadores de necessidades especiais é muito pequeno, ocorre superlotação em diversos horários, entre outros problemas.
Não queremos uma licitação de fachada, com regras que facilitem as mesmas empresas que há anos prestam serviço de péssima qualidade, exigimos melhorias reais. Portanto, propomos:
- Aumento substancial número de ônibus, garantindo agilidade no serviço, conforto e o fim da superlotação;
- Remuneração digna aos trabalhadores do setor, sem prejuízo aos usuários;
- Meia-passagem para desempregados e estudantes de cursinhos pré-vestibular
- Dinamizar o serviço de confecção de carteirinhas estudantis. Acabando com as imensas filas;
- Prestação de contas pública dos lucros das empresas;
- Criação imediata do Conselho Municipal de Transporte;
- Abertura de um estudo sobre a possibilidade da criação de uma empresa pública de transporte.
- Congelamento do preço da tarifa até o fim do processo licitatório;
- Definição de uma tarifa socialmente justa.
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE
Contatos: (8412 5644) (9119 5915) (8121 8256)
psolzonasul@gmail.com
POR UMA LICITAÇÃO DO TRANSPORTE REAL E EFETIVA
Há muitos anos que estamos sofrendo com o caos do serviço de transporte coletivo. A superlotação nos horários de pico é constante em todas as linhas, há absurda desorganização quanto ao espaço reservado para idosos e gestantes e desrespeito com a população que paga passagem para ter a sua disposição um péssimo serviço de transporte, além disso, temos a imensa fila que os estudantes enfrentam para confeccionar a sua carteirinha estudantil. O complemento do caos se verifica com o fato de que o serviço está irregular, pois não há licitação pública e legal que legitime as concessões às empresas.
A irregularidade do serviço de transporte público é tão gritante que o Ministério Público (MP) ordenou a regularização da situação, sob pena de multa diária à Prefeitura. Entendemos que é necessário começar um movimento para aproveitar a ação do MP, buscando melhorias efetivas no serviço de transporte público.
Defendemos a importância das audiências públicas como método de diálogo entre o poder público e a população e acreditamos que a Prefeitura deve ouvir a opinião da população em diversas outras demandas, como no caso do camelódromo e as reivindicações dos servidores municipais, para citar dois exemplos. Infelizmente, a audiência pública que está sendo convocada é uma exigência do MP à Prefeitura e não um hábito do Governo municipal. Para superar este grave problema no caso do transporte coletivo, propomos a revitalização de um Conselho Municipal de Transportes, para que a população tenha um canal permanente para fazer chegar às autoridades suas reivindicações.
Além disso, neste momento podemos debater a exigência para que as empresas realizem prestações de contas públicas e que os trabalhadores rodoviários – motoristas e cobradores – recebam reajuste digno e tenham segurança para trabalhar. Enquanto isso, o valor da tarifa deve ser congelado, ou até reduzido, pois é inadmissível que um trabalhador gaste por ano em torno de R$ 1.460 para andar de ônibus e este serviço ser de péssima qualidade. Temos ainda que ratificar a meia-passagem para todos os estudantes (inclusive de cursinhos pré-vestibular) e buscar o mesmo direito para os desempregados.
Queremos ressaltar que entre os anos de 2004 e 2009 o aumento acumulado no valor da tarifa é de 70%. Ao mesmo tempo, a frota é formada por veículos defasados, a maioria dos pontos de ônibus não apresenta qualquer tipo de abrigo para os usuários, o número de carros com acesso para portadores de necessidades especiais é muito pequeno, ocorre superlotação em diversos horários, entre outros problemas.
Não queremos uma licitação de fachada, com regras que facilitem as mesmas empresas que há anos prestam serviço de péssima qualidade, exigimos melhorias reais. Portanto, propomos:
- Aumento substancial número de ônibus, garantindo agilidade no serviço, conforto e o fim da superlotação;
- Remuneração digna aos trabalhadores do setor, sem prejuízo aos usuários;
- Meia-passagem para desempregados e estudantes de cursinhos pré-vestibular
- Dinamizar o serviço de confecção de carteirinhas estudantis. Acabando com as imensas filas;
- Prestação de contas pública dos lucros das empresas;
- Criação imediata do Conselho Municipal de Transporte;
- Abertura de um estudo sobre a possibilidade da criação de uma empresa pública de transporte.
- Congelamento do preço da tarifa até o fim do processo licitatório;
- Definição de uma tarifa socialmente justa.
PARTIDO SOCIALISMO E LIBERDADE
Contatos: (8412 5644) (9119 5915) (8121 8256)
psolzonasul@gmail.com
sexta-feira, 8 de abril de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
PSOL Pelotense tem Plenária Municipal
Neste sábado, dia 26 de Março, às 16 horas na Câmara de Vereadores de Pelotas teremos Plenária Municipal do PSOL.
Será a nossa primeira plenária em 2011, todos os nossos filiados e simpatizantes estão convidados!
Debateremos a situação política e a organização partidária, entre outros assuntos!
Saudações!
Será a nossa primeira plenária em 2011, todos os nossos filiados e simpatizantes estão convidados!
Debateremos a situação política e a organização partidária, entre outros assuntos!
Saudações!
sexta-feira, 11 de março de 2011
Solidariedade ao povo Lourenciano
Estamos nos somando aos esforços para colaborar com as vítimas das enchentes na cidade de São lourenço do Sul. Os dados oficais dão conta de 15 mil desabrigados e 8 mortos.
Eu conheço algumas pessoas em São lourenço do Sul que perderam tudo, realmente a situação é caótica.
Divulgamos aqui alguns dos postos de coleta de donativos em Pelotas:
UCPel CAMPUS I e II
Corpo de Bombeiros
Faculdade de Turismo da UFPel
DCE da UFPel
Centro Social São Benedito, Rua Marquês de Queluz, 336. Bairro: Fragata (53)32713787 / 91277837.
Água potável é uma das prioridades, visto que a barragem da cidade foi danificada. Alimentos, roupas, utensílios de limpeza e fraldas geriátricas também são fundamentais.
Sugiro que as pessoas se somem nesta jornada, ajudando a divulgar a situação e os pontos de coleta nas redes socais e instalando mais e mais postos em outros locais de Pelotas e em outras cidades se possível.
Solidariedade ao povo Lourenciano, já!!!
Eu conheço algumas pessoas em São lourenço do Sul que perderam tudo, realmente a situação é caótica.
Divulgamos aqui alguns dos postos de coleta de donativos em Pelotas:
UCPel CAMPUS I e II
Corpo de Bombeiros
Faculdade de Turismo da UFPel
DCE da UFPel
Centro Social São Benedito, Rua Marquês de Queluz, 336. Bairro: Fragata (53)32713787 / 91277837.
Água potável é uma das prioridades, visto que a barragem da cidade foi danificada. Alimentos, roupas, utensílios de limpeza e fraldas geriátricas também são fundamentais.
Sugiro que as pessoas se somem nesta jornada, ajudando a divulgar a situação e os pontos de coleta nas redes socais e instalando mais e mais postos em outros locais de Pelotas e em outras cidades se possível.
Solidariedade ao povo Lourenciano, já!!!
terça-feira, 1 de março de 2011
Bicicletada da Paz em Pelotas
O terrível atropelamento sofrido por integrantes do Movimento Massa Crítica no último final de semana em Porto Alegre chamou a atenção da população pela brutalidade das cenas.
Manifestações em defesa das vítimas e do uso de bicicletas estão sendo convocadas por ciclistas em todo o país. Com o objetivo de nos somarmos nesta luta estamos colaborando na divulgação da Bicicletada da Paz em Pelotas, que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 3 de Março, com concentração na Catedral São Francisco de Paula. Os organizadores pedem o uso de roupas brancas.
Acreditamos que seja importante aproveitar o momento para fortalecer o debate em relação ao uso das bicicletas e à segurança dos ciclistas. Em Pelotas, temos por um lado uma topografia extremamente propícia para o uso de bicicletas, por outro lado, são mínimas ou nulas as ciclovias que permitam a pedalada em segurança.
Aproveito a oportunidade para divulgar os contatos da turma que se articula pelas bicicletadas na cidade: www.pinhalivre.org e www.leandropedal.blogspot.com
Abaixo o cartaz da Bicicletada
Manifestações em defesa das vítimas e do uso de bicicletas estão sendo convocadas por ciclistas em todo o país. Com o objetivo de nos somarmos nesta luta estamos colaborando na divulgação da Bicicletada da Paz em Pelotas, que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 3 de Março, com concentração na Catedral São Francisco de Paula. Os organizadores pedem o uso de roupas brancas.
Acreditamos que seja importante aproveitar o momento para fortalecer o debate em relação ao uso das bicicletas e à segurança dos ciclistas. Em Pelotas, temos por um lado uma topografia extremamente propícia para o uso de bicicletas, por outro lado, são mínimas ou nulas as ciclovias que permitam a pedalada em segurança.
Aproveito a oportunidade para divulgar os contatos da turma que se articula pelas bicicletadas na cidade: www.pinhalivre.org e www.leandropedal.blogspot.com
Abaixo o cartaz da Bicicletada
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A Usina Teremelétrica de Candiota
Quando vi a propaganda do Governo Federal sobre o início da operação da Fase C da Usina Termelétrica Presidente Médici, em Candiota, fiquei perplexo.
Fazem alguns dias, a propaganda era muito bem produzida, muito bonita, parecia o programa de TV da Dilma. Tratava de propagandear que a inauguração da Fase C era um orgulho para a região e que a energia gerada era "limpa".
Minha perplexidade se deu por saber das péssimas relações de trabalho existentes no decorrer da execução da obra: baixos salários, não pagamento de insalubridade e periculosidade, problemas nos refeitório e graves problemas em relação à segurança dos trabalhadores (acompanhamos uma greve dos trabalhadores após a morte de um operário, foi um dos primeiros posts de nosso blog).
Eis que hoje se noticia estadualmente a paralisação das atividades em todo o complexo da Usina Presidente Médici, por ordem do Ministério Público Estadual devido à problemas ambientais.
Além de esquecer dos trabalhadores que perderam a vida no decorrer da obra, a tal propaganda parece que não foi tão exata em relação aos relatórios de impacto ambiental, pois segundo o Ministério Público, nem o IBAMA aprova a manutenção das atividades no complexo.
Fazem alguns dias, a propaganda era muito bem produzida, muito bonita, parecia o programa de TV da Dilma. Tratava de propagandear que a inauguração da Fase C era um orgulho para a região e que a energia gerada era "limpa".
Minha perplexidade se deu por saber das péssimas relações de trabalho existentes no decorrer da execução da obra: baixos salários, não pagamento de insalubridade e periculosidade, problemas nos refeitório e graves problemas em relação à segurança dos trabalhadores (acompanhamos uma greve dos trabalhadores após a morte de um operário, foi um dos primeiros posts de nosso blog).
Eis que hoje se noticia estadualmente a paralisação das atividades em todo o complexo da Usina Presidente Médici, por ordem do Ministério Público Estadual devido à problemas ambientais.
Além de esquecer dos trabalhadores que perderam a vida no decorrer da obra, a tal propaganda parece que não foi tão exata em relação aos relatórios de impacto ambiental, pois segundo o Ministério Público, nem o IBAMA aprova a manutenção das atividades no complexo.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Alternativas culturais em Canguçu-RS
Recebi um texto e um apelo de uma nova colaboradora de nosso Blog. A Kananda Nunes tem 14 anos e é de Canguçu, nos escreve sobre a falta de alternativas culturais em sua cidade. Este certamente é um problema sério em diversas cidades da Zona Sul do Estado.
Abaixo, o texto de Kananda.
Muitas pessoas pensam que a cultura não é importante, que não deve ser uma das prioridades de um governo, mas ao contrário que possam imaginar a cultura é extremamente importante para uma cidade, estado ou país.
Um exemplo: enquanto um jovem está nas ruas, perto de todos os riscos que habitam nas cidades, podia estar em um teatro, cinema ou fazendo alguma atividade cultural.
Canguçu é um exemplo de cidade que tem uma grande carência de atividades culturais.
Há alguns anos foi inaugurado um cinema na cidade, depois de décadas Canguçu voltaria a ter um cinema. Mas em um ano aproximadamente foi fechado, e nunca mais reaberto, o teatro canguçuense dificilmente traz algum atrativo, não só para os jovens, mas pra todas as idades.
Muitos de nós, quando queremos ver um filme em cartaz, temos que nos deslocar até Pelotas, como foi na estréia de Tropa de Elite 2, onde os canguçuenses lotaram o cinema pelotense.
A população está tão acostumada à falta de alternativas culturais que em algumas oportunidades, quando ocorre algum evento, o público é reduzido. Isto não pode servir como “desculpa” para que não tenhamos alternativas culturais em Canguçu, deve servir como alerta, para que a cultura seja estimulada nas escolas e que tenhamos cada vez mais eventos.
Portanto, é um dever dos governantes estimular a cultura nas cidades! Em canguçu, temos que fortalecer alternativas para a juventude e para toda a população, para que não tenhamos que ficar na exclusiva dependência de Pelotas.
Kananda Peixoto Nunes
Abaixo, o texto de Kananda.
Muitas pessoas pensam que a cultura não é importante, que não deve ser uma das prioridades de um governo, mas ao contrário que possam imaginar a cultura é extremamente importante para uma cidade, estado ou país.
Um exemplo: enquanto um jovem está nas ruas, perto de todos os riscos que habitam nas cidades, podia estar em um teatro, cinema ou fazendo alguma atividade cultural.
Canguçu é um exemplo de cidade que tem uma grande carência de atividades culturais.
Há alguns anos foi inaugurado um cinema na cidade, depois de décadas Canguçu voltaria a ter um cinema. Mas em um ano aproximadamente foi fechado, e nunca mais reaberto, o teatro canguçuense dificilmente traz algum atrativo, não só para os jovens, mas pra todas as idades.
Muitos de nós, quando queremos ver um filme em cartaz, temos que nos deslocar até Pelotas, como foi na estréia de Tropa de Elite 2, onde os canguçuenses lotaram o cinema pelotense.
A população está tão acostumada à falta de alternativas culturais que em algumas oportunidades, quando ocorre algum evento, o público é reduzido. Isto não pode servir como “desculpa” para que não tenhamos alternativas culturais em Canguçu, deve servir como alerta, para que a cultura seja estimulada nas escolas e que tenhamos cada vez mais eventos.
Portanto, é um dever dos governantes estimular a cultura nas cidades! Em canguçu, temos que fortalecer alternativas para a juventude e para toda a população, para que não tenhamos que ficar na exclusiva dependência de Pelotas.
Kananda Peixoto Nunes
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Uma visita ao Camelódromo
Neste sábado passei algumas horas no camelódromo. Fui até lá para prestar solidariedade à luta dos trabalhadores que buscam uma melhor solução em relação ao Shopping Popular. Fui recebido pela Andrea e pelo Paulista – da Associação do Camelódromo – e conversei com vários comerciantes.
Divulgo aqui um pouco de cada uma dessas conversas pois acredito que seja extremamente necessário esclarecermos ao conjunto da população a real situação do camelódromo e a opinião dos trabalhadores sobre o Shopping Popular.
Há 20 anos Débora trabalha no comércio, desde os tempos em que carregava o carrinho e montava a banca na Rua XV de Novembro, ao lado do Mercado Público. É favorável a uma reforma no camelódromo, mas acredita que o projeto do Shopping não resolverá o problema atual, pois a taxa de R$ 480,00 é muito alta para a grande maioria dos comerciantes. “Vivo há muito tempo no camelódromo, com este valor, vai ter muita gente que terá que voltar pra calçada”, afirma. Em relação ao orçamento de R$ 15 milhões para a construção do Shopping, Débora apresenta uma dúvida que certamente é a mesma de significativa parcela da população de Pelotas: “Por que não investem este dinheiro nas Escolas? E no Pronto-Socorro? E os Bairros? Por que não investem no Arco-Íris?”
Na foto: Adriana, Ivone, Andrea e Lucia
Lúcia também acha que o valor de R$ 480,00 é muito alto, e relembra que esta é a taxa básica, sem contar a energia elétrica, água e outros valores. “Nós estamos aqui há 13 anos, não somos contra a reforma, se precisar, nós pagamos a reforma. Se nos tirarem daqui, onde vamos trabalhar? Não tem emprego em Pelotas!”
Quando perguntado sobre o shopping Popular, Ricardo é direto: “Sou contra a privatização, não contra a reforma”. Afirma ainda que é necessário respeitar a democracia, pois os trabalhadores do atual camelódromo não foram ouvidos em nenhum momento na construção do projeto do Shopping. “Se este projeto sair do jeito que está, muita gente vai ficar desempregada, esse Shopping é pra grande empresário, não pra camelô”.
Jaqueline também é contra a privatização e se mostra preocupada com o futuro das 400 famílias que dependem do camelódromo para se sustentar. Afirma que por parte dos camelôs há a disposição de negociação, o que infelizmente não tem se verificado por parte da Prefeitura. Acredita que o papel da Prefeitura deveria ser de gerar empregos, e não o contrário. Quando perguntada sobre o que fazer em caso de implementação do projeto do Shopping da maneira como está, a resposta é angustiada: “Olha, nem me fala, não sei o que fazer, não sei o que será...”
Jaques está informado sobre o Shopping Popular, não se diz totalmente contrário ao projeto, o problema está na forma como está sendo executado, critica a falta de diálogo por parte da Prefeitura. Também apresenta disposição para pagar uma reforma no camelódromo e afirma: “Quando chegamos aqui há 13 anos, ficávamos na chuva, no barro, nós pagamos esta cobertura e várias outras reformas no camelódromo”.
Jaques ainda critica os valores e realiza comparações com outros camelódromos do país: “Em Porto Alegre, que é uma cidade com população muito maior, com muito mais empregos, a taxa mensal por banca é de R$ 500,00 e o camelódromo já está tomado por grandes empresários, em Pelotas será pior ainda!” Sobre matérias que foram apresentadas na imprensa de Pelotas em relação aos camelôs, Jaques deixa o seu recado: “Esse negócio que andam dizendo, que os camelôs estão ricos e só trabalham com mercadoria ilegal é pura mentira! Eu e muitos outros por aqui trabalhamos com mercadoria legal, temos micro-empresas registradas, pagamos impostos e tudo o que conquistamos foi com o suor do nosso trabalho!”
Por fim, conversei com a Jissel, que também é da turma que saiu da XV de Novembro e foi para o Camelódromo na popular Praça dos Enforcados. Tivemos uma rápida conversa, pois a banca estava movimentada. “Sou a favor de reforma no camelódromo, sempre que tem reformas, melhora. Paguei os estudos da minha filha com o meu trabalho aqui, estou aqui a 13 anos, nós fizemos este ponto ficar movimentado, e agora querem nos tirar daqui? Acho que tem que esclarecer a população mesmo, tem um monte de gente que compra aqui que acha que o Shopping será bom pra nós, desse jeito não vai ser bom!”
Divulgo aqui um pouco de cada uma dessas conversas pois acredito que seja extremamente necessário esclarecermos ao conjunto da população a real situação do camelódromo e a opinião dos trabalhadores sobre o Shopping Popular.
Há 20 anos Débora trabalha no comércio, desde os tempos em que carregava o carrinho e montava a banca na Rua XV de Novembro, ao lado do Mercado Público. É favorável a uma reforma no camelódromo, mas acredita que o projeto do Shopping não resolverá o problema atual, pois a taxa de R$ 480,00 é muito alta para a grande maioria dos comerciantes. “Vivo há muito tempo no camelódromo, com este valor, vai ter muita gente que terá que voltar pra calçada”, afirma. Em relação ao orçamento de R$ 15 milhões para a construção do Shopping, Débora apresenta uma dúvida que certamente é a mesma de significativa parcela da população de Pelotas: “Por que não investem este dinheiro nas Escolas? E no Pronto-Socorro? E os Bairros? Por que não investem no Arco-Íris?”
Na foto: Adriana, Ivone, Andrea e Lucia
Lúcia também acha que o valor de R$ 480,00 é muito alto, e relembra que esta é a taxa básica, sem contar a energia elétrica, água e outros valores. “Nós estamos aqui há 13 anos, não somos contra a reforma, se precisar, nós pagamos a reforma. Se nos tirarem daqui, onde vamos trabalhar? Não tem emprego em Pelotas!”
Quando perguntado sobre o shopping Popular, Ricardo é direto: “Sou contra a privatização, não contra a reforma”. Afirma ainda que é necessário respeitar a democracia, pois os trabalhadores do atual camelódromo não foram ouvidos em nenhum momento na construção do projeto do Shopping. “Se este projeto sair do jeito que está, muita gente vai ficar desempregada, esse Shopping é pra grande empresário, não pra camelô”.
Jaqueline também é contra a privatização e se mostra preocupada com o futuro das 400 famílias que dependem do camelódromo para se sustentar. Afirma que por parte dos camelôs há a disposição de negociação, o que infelizmente não tem se verificado por parte da Prefeitura. Acredita que o papel da Prefeitura deveria ser de gerar empregos, e não o contrário. Quando perguntada sobre o que fazer em caso de implementação do projeto do Shopping da maneira como está, a resposta é angustiada: “Olha, nem me fala, não sei o que fazer, não sei o que será...”
Jaques está informado sobre o Shopping Popular, não se diz totalmente contrário ao projeto, o problema está na forma como está sendo executado, critica a falta de diálogo por parte da Prefeitura. Também apresenta disposição para pagar uma reforma no camelódromo e afirma: “Quando chegamos aqui há 13 anos, ficávamos na chuva, no barro, nós pagamos esta cobertura e várias outras reformas no camelódromo”.
Jaques ainda critica os valores e realiza comparações com outros camelódromos do país: “Em Porto Alegre, que é uma cidade com população muito maior, com muito mais empregos, a taxa mensal por banca é de R$ 500,00 e o camelódromo já está tomado por grandes empresários, em Pelotas será pior ainda!” Sobre matérias que foram apresentadas na imprensa de Pelotas em relação aos camelôs, Jaques deixa o seu recado: “Esse negócio que andam dizendo, que os camelôs estão ricos e só trabalham com mercadoria ilegal é pura mentira! Eu e muitos outros por aqui trabalhamos com mercadoria legal, temos micro-empresas registradas, pagamos impostos e tudo o que conquistamos foi com o suor do nosso trabalho!”
Por fim, conversei com a Jissel, que também é da turma que saiu da XV de Novembro e foi para o Camelódromo na popular Praça dos Enforcados. Tivemos uma rápida conversa, pois a banca estava movimentada. “Sou a favor de reforma no camelódromo, sempre que tem reformas, melhora. Paguei os estudos da minha filha com o meu trabalho aqui, estou aqui a 13 anos, nós fizemos este ponto ficar movimentado, e agora querem nos tirar daqui? Acho que tem que esclarecer a população mesmo, tem um monte de gente que compra aqui que acha que o Shopping será bom pra nós, desse jeito não vai ser bom!”
Opinião sobre o Shopping (que era para ser) "Popular"
A instalação do Shopping Popular vem causando polêmica na cidade de Pelotas. Entendemos que se faz necessário realizar este debate de forma que possamos avançar em uma solução que seja positiva para o conjunto da população.
Problemas em relação ao trabalho informal tem raiz na falta de empregos formais. Embora as inúmeras propagandas e notícias de que o desemprego tem caído em todo o país, uma rápida observação na situação econômica de nossa cidade e região mostram o contrário. O desemprego obriga às pessoas que precisam sustentar a si e suas famílias a buscar alternativas, sendo que uma das mais importantes é o comércio informal.
O projeto do Shopping Popular afeta justamente este setor de trabalhadores. Segundo a Prefeitura, com a instalação do Shopping o espaço atual do camelódromo poderia ser reformado, organizado e ampliado, possibilitando que os camelôs que atualmente ficam no centro da cidade se instalem no Shopping.
Ora, até aqui, nenhuma voz se levantou contra estes pontos. A reforma, organização e ampliação são bem-vindas, tanto para os trabalhadores que já estão no camelódromo, quanto para os que estão no centro, bem como para os clientes do camelódromo.
O problema se verifica em outro ponto do projeto: a privatização do camelódromo. O shopping popular ficaria sob administração privada, de uma única empresa, e já foi informado que a taxa básica de uma banca de 4 metros quadrados será de R$ 480,00 mensais (ainda não inclusos água, energia elétrica e outras taxas).
Estes valores são completamente incompatíveis com a realidade da grande maioria dos comerciantes, que seriam excluídos do Shopping, aumentando as estatísticas de desemprego na cidade.
O projeto do Shopping Popular pode ser um excelente negócio para os grandes lojistas da cidade, para as empresas que realizarão a obra do novo camelódromo e as que administrarão o Shopping no futuro. Já do ponto de vista social, especialmente para as 400 famílias que atualmente dependem do camelódromo, o projeto é uma tragédia e em nossa opinião deve ser modificado.
A postura autoritária da prefeitura em nada tem ajudado na resolução do problema, só tem acirrado os ânimos a ponto de uma possibilidade de mediação que favoreça ao conjunto da sociedade ficar cada vez mais distante. O governo tem que cumprir o seu papel e governar a cidade, dialogar com os camelôs e buscar mediações.
Como sugestões poderia se pensar na manutenção da administração pública no novo camelódromo, ou até na administração coletiva por parte dos próprios pequenos comerciantes. O fato é que os trabalhadores devem ser respeitados.
O Prefeito Fetter Jr. impôs uma queda de braço: de um lado os grandes empresários e a própria prefeitura, do outro, os pequenos comerciantes. Não temos a menor dúvida de que o nosso lado é o dos pequenos, vamos com eles até o fim.
Problemas em relação ao trabalho informal tem raiz na falta de empregos formais. Embora as inúmeras propagandas e notícias de que o desemprego tem caído em todo o país, uma rápida observação na situação econômica de nossa cidade e região mostram o contrário. O desemprego obriga às pessoas que precisam sustentar a si e suas famílias a buscar alternativas, sendo que uma das mais importantes é o comércio informal.
O projeto do Shopping Popular afeta justamente este setor de trabalhadores. Segundo a Prefeitura, com a instalação do Shopping o espaço atual do camelódromo poderia ser reformado, organizado e ampliado, possibilitando que os camelôs que atualmente ficam no centro da cidade se instalem no Shopping.
Ora, até aqui, nenhuma voz se levantou contra estes pontos. A reforma, organização e ampliação são bem-vindas, tanto para os trabalhadores que já estão no camelódromo, quanto para os que estão no centro, bem como para os clientes do camelódromo.
O problema se verifica em outro ponto do projeto: a privatização do camelódromo. O shopping popular ficaria sob administração privada, de uma única empresa, e já foi informado que a taxa básica de uma banca de 4 metros quadrados será de R$ 480,00 mensais (ainda não inclusos água, energia elétrica e outras taxas).
Estes valores são completamente incompatíveis com a realidade da grande maioria dos comerciantes, que seriam excluídos do Shopping, aumentando as estatísticas de desemprego na cidade.
O projeto do Shopping Popular pode ser um excelente negócio para os grandes lojistas da cidade, para as empresas que realizarão a obra do novo camelódromo e as que administrarão o Shopping no futuro. Já do ponto de vista social, especialmente para as 400 famílias que atualmente dependem do camelódromo, o projeto é uma tragédia e em nossa opinião deve ser modificado.
A postura autoritária da prefeitura em nada tem ajudado na resolução do problema, só tem acirrado os ânimos a ponto de uma possibilidade de mediação que favoreça ao conjunto da sociedade ficar cada vez mais distante. O governo tem que cumprir o seu papel e governar a cidade, dialogar com os camelôs e buscar mediações.
Como sugestões poderia se pensar na manutenção da administração pública no novo camelódromo, ou até na administração coletiva por parte dos próprios pequenos comerciantes. O fato é que os trabalhadores devem ser respeitados.
O Prefeito Fetter Jr. impôs uma queda de braço: de um lado os grandes empresários e a própria prefeitura, do outro, os pequenos comerciantes. Não temos a menor dúvida de que o nosso lado é o dos pequenos, vamos com eles até o fim.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
PSOL apresentou candidatos à Presidência da Câmara e do Senado
O PSOL decidiu lançar candidaturas próprias para as eleições das duas casas legislativas. Chico Alencar (RJ) concorreu à Presidência da Câmara, e Randolfe Rodrigues (AP) à do Senado. "Esta candidatura é uma expressão, um símbolo da necessidade de resgatar o papel do Legislativo na nossa sociedade", disse Chico, em seu elogiado discurso, em defesa de um parlamento ético e independente Para além dos acordos dos partidos, Randolfe obteve oito votos, e Chico alcançou 16.
Randolfe versus Sarney
Os adversários José Sarney e o novo senador Randolfe Rodrigues: rivais na disputa pela presidência do SenadoFoi uma vitória folgada. O maranhense José Sarney, senador pelo PMDB do Amapá, reelegeu-se pela quarta vez presidente do Senado Federal. Com 80 anos de idade e 56 de Parlamento, Sarney é o senador mais longevo da República. Ele recebeu os votos de 70 de seus pares, contra 8 votos de seu adversário, 2 abstenções e 1 voto nulo.
A eleição de Sarney eram favas contadas. A novidade da eleição de terça-feira, 1º de fevereiro de 2011, foi a votação de seu concorrente, Randolfe Rodrigues, 38 anos, primeiro mandato, eleito pelo PSol do Amapá, o mesmo estado pelo qual Sarney se elegeu há quatro anos. Randolfe é o mais jovem senador da República e compõe a bancada do PSol no Senado ao lado da senadora Marinor Brito, do Pará.
Randolfe se lançou candidato à presidência do Senado em cima da hora. Pegou o microfone exigindo o direito à palavra na sessão do Senado, ocupou a tribuna e, sem estardalhaço mas com firmeza, fez um belo discurso, politizado e esclarecedor. Não meteu o dedo na cara do Sarney, mas postulou a renovação da vida política brasileira e reclamou ética republicana na condução dos negócios públicos..
O confronto tornou-se claro. Enquanto Sarney discursou no Senado em tom de despedida, dispondo-se à presidência do Senado como mais "um sacrifício", Randolfe apontou para o futuro e plantou a esperança, para que daqui a meio século o Amapá não esteja na triste situação em que o Maranhão se encontra hoje.
Sarney derramou-se na velha retórica vazia de sempre, mas não deu uma só palavra sobre o Maranhão, estado onde ele e sua família mandam há 5 décadas e que ostenta uma situação do vergonhoso descalabro, refletido no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), na educação pública (pasmem, Sarney é imortal da Academia Brasileira de Letras) e nos mais variados índices sociais.
A recondução de Sarney à presidência do Senado pontua o atraso político em que o Brasil está atolado por conta do tributo que somos obrigados a pagar a um legítimo representante das oligarquias retrógradas que dominam e infelicitam as regiões mais pobres do País, toleradas pelo sistema dominante porque são funcionais à reprodução ampliada do capital, particularmente do capital financeiro.
José Sarney está no poder desde o golpe militar de 1964, quando se elegeu governador do Maranhão com o apoio do general-presidente Castelo Branco, e depois foi senador desse estado por dois mandatos consecutivos. Presidiu a ARENA ("o maior partido do Ocidente"), depois o PDS e, em 1985, quando pressentiu a irreversibilidade do processo de redemocratização do País, em troca da candidatura a vice-presidente, participou da dissidência que organizou o PFL e que resultou na eleição do oposicionista Tancredo Neves. Com a morte de Tancredo, a Presidência da República caiu-lhe no colo.
Paralelamente à vida pública do chefe oligarca, o clã Sarney consolidava seu poderio econômico, com um complexo de negócios cuja face mais visível é o Sistema Mirante de Comunicação, o maior grupo privado de comunicação do Maranhão, proprietário de emissoras de televisão e de rádio e do diário O Estado do Maranhão.
Em 2009, logo após sua terceira recondução à presidência do Senado, Sarney foi notícia na revista inglesa The Economist que, sob o título Onde os dinossauros ainda vagam, classificava a sua eleição como uma "vitória do semifeudalismo". Pouco depois, estourou uma série de escândalos na administração do Senado e foram encaminhados à Comissão de Ética do Senado 11 pedidos de cassação do seu mandato.
Agora, Sarney diz que fará mais um "sacrifício pessoal", que consiste em ficar mais dois anos na presidência do Senado. E, como se não tivesse nada a ver com o escândalo dos "atos secretos", afirmou, com uma invejável cara de pau, que "a ética, para mim, não tem sido só palavras, mas exemplo de vida inteira".
Fonte: www.socialismo.org.br
Randolfe versus Sarney
Os adversários José Sarney e o novo senador Randolfe Rodrigues: rivais na disputa pela presidência do SenadoFoi uma vitória folgada. O maranhense José Sarney, senador pelo PMDB do Amapá, reelegeu-se pela quarta vez presidente do Senado Federal. Com 80 anos de idade e 56 de Parlamento, Sarney é o senador mais longevo da República. Ele recebeu os votos de 70 de seus pares, contra 8 votos de seu adversário, 2 abstenções e 1 voto nulo.
A eleição de Sarney eram favas contadas. A novidade da eleição de terça-feira, 1º de fevereiro de 2011, foi a votação de seu concorrente, Randolfe Rodrigues, 38 anos, primeiro mandato, eleito pelo PSol do Amapá, o mesmo estado pelo qual Sarney se elegeu há quatro anos. Randolfe é o mais jovem senador da República e compõe a bancada do PSol no Senado ao lado da senadora Marinor Brito, do Pará.
Randolfe se lançou candidato à presidência do Senado em cima da hora. Pegou o microfone exigindo o direito à palavra na sessão do Senado, ocupou a tribuna e, sem estardalhaço mas com firmeza, fez um belo discurso, politizado e esclarecedor. Não meteu o dedo na cara do Sarney, mas postulou a renovação da vida política brasileira e reclamou ética republicana na condução dos negócios públicos..
O confronto tornou-se claro. Enquanto Sarney discursou no Senado em tom de despedida, dispondo-se à presidência do Senado como mais "um sacrifício", Randolfe apontou para o futuro e plantou a esperança, para que daqui a meio século o Amapá não esteja na triste situação em que o Maranhão se encontra hoje.
Sarney derramou-se na velha retórica vazia de sempre, mas não deu uma só palavra sobre o Maranhão, estado onde ele e sua família mandam há 5 décadas e que ostenta uma situação do vergonhoso descalabro, refletido no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), na educação pública (pasmem, Sarney é imortal da Academia Brasileira de Letras) e nos mais variados índices sociais.
A recondução de Sarney à presidência do Senado pontua o atraso político em que o Brasil está atolado por conta do tributo que somos obrigados a pagar a um legítimo representante das oligarquias retrógradas que dominam e infelicitam as regiões mais pobres do País, toleradas pelo sistema dominante porque são funcionais à reprodução ampliada do capital, particularmente do capital financeiro.
José Sarney está no poder desde o golpe militar de 1964, quando se elegeu governador do Maranhão com o apoio do general-presidente Castelo Branco, e depois foi senador desse estado por dois mandatos consecutivos. Presidiu a ARENA ("o maior partido do Ocidente"), depois o PDS e, em 1985, quando pressentiu a irreversibilidade do processo de redemocratização do País, em troca da candidatura a vice-presidente, participou da dissidência que organizou o PFL e que resultou na eleição do oposicionista Tancredo Neves. Com a morte de Tancredo, a Presidência da República caiu-lhe no colo.
Paralelamente à vida pública do chefe oligarca, o clã Sarney consolidava seu poderio econômico, com um complexo de negócios cuja face mais visível é o Sistema Mirante de Comunicação, o maior grupo privado de comunicação do Maranhão, proprietário de emissoras de televisão e de rádio e do diário O Estado do Maranhão.
Em 2009, logo após sua terceira recondução à presidência do Senado, Sarney foi notícia na revista inglesa The Economist que, sob o título Onde os dinossauros ainda vagam, classificava a sua eleição como uma "vitória do semifeudalismo". Pouco depois, estourou uma série de escândalos na administração do Senado e foram encaminhados à Comissão de Ética do Senado 11 pedidos de cassação do seu mandato.
Agora, Sarney diz que fará mais um "sacrifício pessoal", que consiste em ficar mais dois anos na presidência do Senado. E, como se não tivesse nada a ver com o escândalo dos "atos secretos", afirmou, com uma invejável cara de pau, que "a ética, para mim, não tem sido só palavras, mas exemplo de vida inteira".
Fonte: www.socialismo.org.br
Viva a revolução na tunísia e no Egito - Nota da Executiva Nacional do PSOL
A derrubada do ditador Bem Alí da Tunísia tem sido o primeiro e maior triunfo democrático deste novo ano. A corrupção, o totalitarismo do regime, o desemprego e a inflação são os motores da revolução laica e democrática que começou no final de 2010 na Tunísia e que não se encerrou. Agora, ela continua em dois sentidos: contra os vestígios do velho regime e as manobras que os políticos do mesmo fazem para deter o processo democrático e se espalhando para os outros países árabes que também têm regimes autocráticos como o norte da África: Jordânia, Iêmen, além das ruas do Egito, o país mais importante do Norte da África. Lá onde as mobilizações mais crescem, desafiando o mais imponente regime autocrático da região. Tudo está mudando no norte de África com a revolução democrática em curso. Tremem os governos que até o momento foram pilares fundamentais da política dos Estados Unidos e Europa para manter o domínio no norte da África e no Oriente Médio. O Egito tem cumprido um papel inestimável – desde os acordos de Camp Davis 1978 – para frear a causa Palestina e impedir que triunfe sua heróica resistência. Também sua colaboração foi chave para a invasão norte-americana no Iraque.
O PSOL se coloca ao lado do povo da Tunísia apoiando a revolução que nasce das reivindicações democráticas, contra a repressão policial e a situação econômica de crise que domina a região – que é hoje o ponto mais alto da crise econômica mundial- e que tem provocado altos índices de desemprego.
A juventude tem jogado um papel principal. Não por acaso o estouro ocorreu no dia 17 de dezembro, quando Mohamed Bouazizi, um desempregado universitário de 26 anos, se auto-incendiou como protesto contra a crise. Esta grande revolta, que custou a vida de dezenas de jovens que por ela deram seu sangue, na qual está participando um amplo setor da população, de intelectuais e de movimentos democráticos não se contenta apenas com a saída de Bem Alí. O povo mobilizado na rua com coragem e muita luta provou que é possível ganhar de uma autocracia. Vivemos um novo processo na Tunísia, já que os trabalhadores e o povo arrancaram as camisas de força que os detinham e vão lutar por democracia, trabalho e salários, e terão de enfrentar a dependência do FMI e dos capitais estrangeiros.
A Tunísia é expressão de um processo revolucionário que pode atingir todo o mundo árabe e derrubar outros regimes autocráticos, mas também abrir uma nova situação para a heróica luta palestina. O PSOL coloca-se ao lado desta nova revolução, que está sendo um exemplo para novas conquistas democráticas no mundo.
Viva a revolução na Tunísia e as mobilizações no Egito!
Comitê Executivo do PSOL, Brasília, 27 Janeiro
O PSOL se coloca ao lado do povo da Tunísia apoiando a revolução que nasce das reivindicações democráticas, contra a repressão policial e a situação econômica de crise que domina a região – que é hoje o ponto mais alto da crise econômica mundial- e que tem provocado altos índices de desemprego.
A juventude tem jogado um papel principal. Não por acaso o estouro ocorreu no dia 17 de dezembro, quando Mohamed Bouazizi, um desempregado universitário de 26 anos, se auto-incendiou como protesto contra a crise. Esta grande revolta, que custou a vida de dezenas de jovens que por ela deram seu sangue, na qual está participando um amplo setor da população, de intelectuais e de movimentos democráticos não se contenta apenas com a saída de Bem Alí. O povo mobilizado na rua com coragem e muita luta provou que é possível ganhar de uma autocracia. Vivemos um novo processo na Tunísia, já que os trabalhadores e o povo arrancaram as camisas de força que os detinham e vão lutar por democracia, trabalho e salários, e terão de enfrentar a dependência do FMI e dos capitais estrangeiros.
A Tunísia é expressão de um processo revolucionário que pode atingir todo o mundo árabe e derrubar outros regimes autocráticos, mas também abrir uma nova situação para a heróica luta palestina. O PSOL coloca-se ao lado desta nova revolução, que está sendo um exemplo para novas conquistas democráticas no mundo.
Viva a revolução na Tunísia e as mobilizações no Egito!
Comitê Executivo do PSOL, Brasília, 27 Janeiro
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Reflexos da crise na saúde pública
O mês de Fevereiro começou com a apresentação de reflexos da profunda crise que atinge o sistema público de saúde.
Na capital do RS, foi aprovado o pedido de CPI apresentado pelo Vereador Pedro Ruas do PSOL. Segundo investigações da Polícia Federal, foram desviados R$ 9 milhões do Programa de Saúde da Família, entre os anos de 2007 e 2009.
Inúmeras são as denuncias de irregularidades na Secretaria de Saúde de Porto Alegre e até hoje não foi devidamente esclarecido o assassinato do Ex-secretário de saúde Eliseu Santos, bem como as relações deste assassinato com as fraudes.
O PSOL como sempre foi firme nas denúncias, e pretende aprofundar as investigações e buscar o ressarcimento dos cofres públicos. O Vereador Pedro Ruas será o Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Em Pelotas, desde a noite de segunda-feira (31-1) os profissionais do Pronto Socorro municipal estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. O atendimento está mantido em 30 % das atividades por 72 horas, nova assembléia será realizada na sexta-feira a noite, para avaliar a contraproposta da direção do PS.
Este é mais um capítulo da dramática situação por que passa a saúde pública em Pelotas, que desde muito tempo vem apresentando sintomas cada vez mais graves. O sistema passa por inúmeros problemas que vão desde o déficit de atendimento nos postos de saúde e chega ao caos instalado no PS.
Infelizmente, a Prefeitura parece estar trabalhando muito em outras frentes, como a consulta jurídica para saber se Fetter Júnior poderá concorrer à reeleição em 2012, buscando ao mesmo tempo um possível substituto, ou a reforma administrativa, que acomoda diversos Partidos na base aliada do Governo.
Não temos a menor dúvida de que o problema da saúde pública não se resume aos desvios no Programa de Saúde da Família em Porto Alegre, nem que o caos do sistema seja exclusivo de Pelotas. Ao mesmo tempo, temos a absoluta certeza de que são necessárias profundas investigações em Porto Alegre e que o poder público deve agir em Pelotas para minimizar as dificuldades dos trabalhadores do setor e o drama da população, que tanto precisa do serviço público.
O desvio de recursos destinados à saúde para a corrupção, a falta de funcionários nos postos, hospitais e pronto-socorros, bem como o baixo salário pago aos profissionais são reflexos da difícil situação da saúde pública que percorre todo o país, são urgentes as mudanças.
Na capital do RS, foi aprovado o pedido de CPI apresentado pelo Vereador Pedro Ruas do PSOL. Segundo investigações da Polícia Federal, foram desviados R$ 9 milhões do Programa de Saúde da Família, entre os anos de 2007 e 2009.
Inúmeras são as denuncias de irregularidades na Secretaria de Saúde de Porto Alegre e até hoje não foi devidamente esclarecido o assassinato do Ex-secretário de saúde Eliseu Santos, bem como as relações deste assassinato com as fraudes.
O PSOL como sempre foi firme nas denúncias, e pretende aprofundar as investigações e buscar o ressarcimento dos cofres públicos. O Vereador Pedro Ruas será o Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Em Pelotas, desde a noite de segunda-feira (31-1) os profissionais do Pronto Socorro municipal estão em greve por melhores salários e condições de trabalho. O atendimento está mantido em 30 % das atividades por 72 horas, nova assembléia será realizada na sexta-feira a noite, para avaliar a contraproposta da direção do PS.
Este é mais um capítulo da dramática situação por que passa a saúde pública em Pelotas, que desde muito tempo vem apresentando sintomas cada vez mais graves. O sistema passa por inúmeros problemas que vão desde o déficit de atendimento nos postos de saúde e chega ao caos instalado no PS.
Infelizmente, a Prefeitura parece estar trabalhando muito em outras frentes, como a consulta jurídica para saber se Fetter Júnior poderá concorrer à reeleição em 2012, buscando ao mesmo tempo um possível substituto, ou a reforma administrativa, que acomoda diversos Partidos na base aliada do Governo.
Não temos a menor dúvida de que o problema da saúde pública não se resume aos desvios no Programa de Saúde da Família em Porto Alegre, nem que o caos do sistema seja exclusivo de Pelotas. Ao mesmo tempo, temos a absoluta certeza de que são necessárias profundas investigações em Porto Alegre e que o poder público deve agir em Pelotas para minimizar as dificuldades dos trabalhadores do setor e o drama da população, que tanto precisa do serviço público.
O desvio de recursos destinados à saúde para a corrupção, a falta de funcionários nos postos, hospitais e pronto-socorros, bem como o baixo salário pago aos profissionais são reflexos da difícil situação da saúde pública que percorre todo o país, são urgentes as mudanças.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Sobre a luta dos vendedores ambulantes em Pelotas
Estive ontem acompanhando a votação do projeto do Shopping Popular na Câmara de Vereadores de Pelotas. O projeto foi apresentado pelo Prefeito Fetter Júnior (PP) e consiste de uma reforma no espaço destinado aos vendedores ambulantes, populares camelôs.
Segundo o Prefeito, o projeto tem até recursos já aprovados. Infelizmente, Fetter Júnior não realizou nenhuma discussão com os trabalhadores, que rejeitam a proposta, visto que esta repassa a administração do Shopping Popular para empresas e prevê a cobrança de uma taxa de R$ 480,00 mensais por cada banca.
Mobilizados desde a semana passada, os vendedores ambulantes lotaram o plenário da Câmara na segunda feira pela manhã, resistiram às manobras da base governista e realizaram a pressão necessária para que a Câmara não aprovasse o projeto.
Mesmo após a reforma administrativa em que acomodou diversos Partidos na base a aliada, o Prefeito não conseguiu vencer a mobilização dos Camelôs. A favor do Prefeito e contra os trabalhadores votaram os Vereadores Waldomiro Lima (PR), Eduardo Leite (PSDB), Idemar Barz (PTB) Mansur Macluf e Roger Ney (PP). Os cinco votos contrários à proposta foram de Zilda Bürkle e Adalim Medeiros (PMDB), Ivan Duarte, Beto da Z3 e Diaroni dos Santos (PT). Com cinco ausências e sem maioria na câmara, o projeto foi rejeitado.
Logo após a votação Fetter Jr. apressou-se em afirmar que o projeto será executado independentemente da votação na Câmara.
Se de fato o projeto for executado resta aos trabalhadores manterem as mobilizações e garantir o seu espaço no Shopping Popular, mesmo a contragosto da Prefeitura, que tem o claro objetivo de facilitar a vida dos grandes empresários ao executar um projeto que praticamente inviabiliza a atividade dos pequenos camelôs.
De nossa parte vamos continuar acompanhando e apoiando as mobilizações, até que a Prefeitura ouça, respeite e dê espaço aos vendedores ambulantes, para que estes possam continuar trabalhando e colaborando no sustento de suas famílias.
Segundo o Prefeito, o projeto tem até recursos já aprovados. Infelizmente, Fetter Júnior não realizou nenhuma discussão com os trabalhadores, que rejeitam a proposta, visto que esta repassa a administração do Shopping Popular para empresas e prevê a cobrança de uma taxa de R$ 480,00 mensais por cada banca.
Mobilizados desde a semana passada, os vendedores ambulantes lotaram o plenário da Câmara na segunda feira pela manhã, resistiram às manobras da base governista e realizaram a pressão necessária para que a Câmara não aprovasse o projeto.
Mesmo após a reforma administrativa em que acomodou diversos Partidos na base a aliada, o Prefeito não conseguiu vencer a mobilização dos Camelôs. A favor do Prefeito e contra os trabalhadores votaram os Vereadores Waldomiro Lima (PR), Eduardo Leite (PSDB), Idemar Barz (PTB) Mansur Macluf e Roger Ney (PP). Os cinco votos contrários à proposta foram de Zilda Bürkle e Adalim Medeiros (PMDB), Ivan Duarte, Beto da Z3 e Diaroni dos Santos (PT). Com cinco ausências e sem maioria na câmara, o projeto foi rejeitado.
Logo após a votação Fetter Jr. apressou-se em afirmar que o projeto será executado independentemente da votação na Câmara.
Se de fato o projeto for executado resta aos trabalhadores manterem as mobilizações e garantir o seu espaço no Shopping Popular, mesmo a contragosto da Prefeitura, que tem o claro objetivo de facilitar a vida dos grandes empresários ao executar um projeto que praticamente inviabiliza a atividade dos pequenos camelôs.
De nossa parte vamos continuar acompanhando e apoiando as mobilizações, até que a Prefeitura ouça, respeite e dê espaço aos vendedores ambulantes, para que estes possam continuar trabalhando e colaborando no sustento de suas famílias.
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