A instalação do Shopping Popular vem causando polêmica na cidade de Pelotas. Entendemos que se faz necessário realizar este debate de forma que possamos avançar em uma solução que seja positiva para o conjunto da população.
Problemas em relação ao trabalho informal tem raiz na falta de empregos formais. Embora as inúmeras propagandas e notícias de que o desemprego tem caído em todo o país, uma rápida observação na situação econômica de nossa cidade e região mostram o contrário. O desemprego obriga às pessoas que precisam sustentar a si e suas famílias a buscar alternativas, sendo que uma das mais importantes é o comércio informal.
O projeto do Shopping Popular afeta justamente este setor de trabalhadores. Segundo a Prefeitura, com a instalação do Shopping o espaço atual do camelódromo poderia ser reformado, organizado e ampliado, possibilitando que os camelôs que atualmente ficam no centro da cidade se instalem no Shopping.
Ora, até aqui, nenhuma voz se levantou contra estes pontos. A reforma, organização e ampliação são bem-vindas, tanto para os trabalhadores que já estão no camelódromo, quanto para os que estão no centro, bem como para os clientes do camelódromo.
O problema se verifica em outro ponto do projeto: a privatização do camelódromo. O shopping popular ficaria sob administração privada, de uma única empresa, e já foi informado que a taxa básica de uma banca de 4 metros quadrados será de R$ 480,00 mensais (ainda não inclusos água, energia elétrica e outras taxas).
Estes valores são completamente incompatíveis com a realidade da grande maioria dos comerciantes, que seriam excluídos do Shopping, aumentando as estatísticas de desemprego na cidade.
O projeto do Shopping Popular pode ser um excelente negócio para os grandes lojistas da cidade, para as empresas que realizarão a obra do novo camelódromo e as que administrarão o Shopping no futuro. Já do ponto de vista social, especialmente para as 400 famílias que atualmente dependem do camelódromo, o projeto é uma tragédia e em nossa opinião deve ser modificado.
A postura autoritária da prefeitura em nada tem ajudado na resolução do problema, só tem acirrado os ânimos a ponto de uma possibilidade de mediação que favoreça ao conjunto da sociedade ficar cada vez mais distante. O governo tem que cumprir o seu papel e governar a cidade, dialogar com os camelôs e buscar mediações.
Como sugestões poderia se pensar na manutenção da administração pública no novo camelódromo, ou até na administração coletiva por parte dos próprios pequenos comerciantes. O fato é que os trabalhadores devem ser respeitados.
O Prefeito Fetter Jr. impôs uma queda de braço: de um lado os grandes empresários e a própria prefeitura, do outro, os pequenos comerciantes. Não temos a menor dúvida de que o nosso lado é o dos pequenos, vamos com eles até o fim.
Acho que a população tem que saber que o projeto do prefeito fetter e de entregar um espaço publico para uma única empresa privada que vai ganhar milhões de reais.
ResponderExcluirO projeto para a construção segundo a prefeitura e 15milhoes.
Construção 696 bancas de 2x2m
Aluguel mensal R$ 480,00
R$ 480,00 x 696 bancas = R$ 334.080,00 mês.
R$ 334.080,00 x 12 meses = R$ 4.008.960,00(milhões)
R$ 4.008.960,00 x 4 Anos = R$ 16.035.840,00(milhões)
Então em 4 anos a empresa privada já vai ter tirado todo o valor investido na construção.
Ela tem direito a explorar por 25 Anossssss.
Ela tem carência para começar a pagar.
Ela vai ter + 21 anos para explorar x R$ 4.008.960,00 ao ano que e =
R$ 84.188.160,00(milhões).
E tem mais.... A empresa vai cobrar da população de pelotas que for fazer compras, os banheiros e o estacionamento do Shopping Popular, coisas que hoje são totalmente gratuitas para qualquer pessoa usar.
Então essa construção e o negocio que qualquer pessoa gostaria de fazer.... Mas os jornais não mostram para a população isso.... Porque?