segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Nenhum voto a Serra

Nenhum voto a Serra
18/10/2010

O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade mereceu a confiança de mais de um milhão de brasileiros que votaram nas eleições de 2010. Nossa aguerrida militância foi decisiva ao defender nossas propostas para o país e sobre ela assentou-se um vitorioso resultado.

Sentimos-nos honrados por termos tido Plínio de Arruda Sampaio e Hamilton Assis como candidatos à presidência da República e a vice, que de forma digna foram porta vozes de nosso projeto de transformações sociais para o Brasil. Comemoramos a eleição de três deputados federais (Ivan Valente/SP, Chico Alencar/RJ e Jean Wyllys/RJ), quatro deputados estaduais (Marcelo Freixo/RJ, Janira Rocha/RJ, Carlos Giannazi/SP e Edmilson Rodrigues/PA) e dois senadores (Randolfe Rodrigues/AP e Marinor Brito/PA). Lamentamos a não eleição de Heloísa Helena para o Senado em Alagoas e a não reeleição de nossa deputada federal Luciana Genro no Rio Grande do Sul, bem como do companheiro Raul Marcelo, atual deputado estadual do PSOL em São Paulo.

Em 2010 quis o povo novamente um segundo turno entre PSDB e PT. Nossa posição de independência não apoiando nenhuma das duas candidaturas está fundamentada no fato de que não há por parte destas nenhum compromisso com pontos programáticos defendidos pelo PSOL. Sendo assim, independentemente de quem seja o próximo governo, seremos oposição de esquerda e programática, defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, contra a revisão do código florestal, defesa dos direitos humanos segundo os pressupostos do PNDH3, reforma agrária e urbana ecológica e ampla reforma política – fim do financiamento privado e em favor do financiamento público exclusivo, como forma de combater a corrupção na política.

No entanto, o PSOL se preocupa com a crescente pauta conservadora introduzida pela aliança PSDB-DEM, querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de interesse do país. Por outro lado, esta pauta leva a candidatura de Dilma a assumir posição ainda mais conservadora, abrindo mão de pontos progressivos de seu programa de governo e reagindo dentro do campo de idéias conservadoras e não contra ele. Para o PSOL, a única forma de combatermos o retrocesso é nos mantermos firmes na defesa de bandeiras que elevem a consciência de nosso povo e o nível do debate político na sociedade brasileira.

As eleições de 2002, ao conferir vitória a Lula, traziam nas urnas um recado do povo em favor de mudanças profundas. Hoje é sabido que Lula não o honrou, não cumpriu suas promessas de campanha e governou para os banqueiros, em aliança com oligarquias reacionárias como Sarney, Collor e Renan Calheiros. Mas aquele sentimento popular por mudanças de 2002 era também o de rejeição às políticas neoliberais com suas conseqüentes privatizações, criminalização dos movimentos sociais – que continuou no governo Lula -, revogação de direitos trabalhistas e sociais.

Por isso, o PSOL reafirma seu compromisso com as reivindicações dos movimentos sociais e as necessidades do povo brasileiro. Somos um partido independente e faremos oposição programática a quem quer que vença. Neste segundo turno, mantemos firme a oposição frontal à candidatura Serra, declarando unitariamente “NENHUM VOTO EM SERRA”, por considerarmos que ele representa o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no País. Ao mesmo tempo, não aderimos à campanha Dilma, que se recusou sistematicamente ao longo do primeiro turno a assumir os compromissos com as bandeiras defendidas pela candidatura do PSOL e manteve compromissos com os banqueiros e as políticas neoliberais. Diante do voto e na atual conjuntura, duas posições são reconhecidas pela Executiva Nacional de nosso partido como opções legítimas existentes em nossa militância: voto crítico em Dilma e voto nulo/branco. O mais importante, portanto, é nos prepararmos para as lutas que virão no próximo período para defender os direitos dos trabalhadores e do povo oprimido do nosso País.

Executiva Nacional do PSOL

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Lá, onde a história

Como é possível perceber, durante a campanha estou com uma certa dificuldade de atualizar o blog. Tenho pedido ajuda aos amigos, colaboradores, enfim, quando fiz o blog, era um pouco esta a idéia, ser um espaço para a opinião de várias pessoas.
Recebi uma contribuição do camarada Israel Dutra, que muitos dos que acompanham o blog conhecem. Aos que ainda não conhecem, recomendo. É um grande camarada e amigo, muito do que aprendi na minha trajetória de militante devo ao Israel.
Mesmo aos que conhecem, talvez passem despercebidas alguma das inúmeras qualidades deste camarada. Nesta contribuição ao nosso blog, ele “ataca de poeta”, com muito orgulho, publico o que o Israel me enviou, muito legal!

Lá, onde a história
Para o Jurandir. Por nossa amizade. Pela conquista do Pão.

Naquele assentamento
Se move a vida, de um lado a outro
Na poeira e no barro
No olhar desconfiado dos vizinhos
Nos olhos puros da criança;

Naquele assentamento
Se constrói um futuro,
Não um futuro épico e livresco,
Um futuro simples e direto
Que já é o presente.

Naquele assentamento
a cachaça, o jogo de bocha
o rosto, o sulco, o calo na mão
a risada estridente dos velhos.
A vida acontece. Se prepara o futuro.

Naquele assentamento
Está escrito por todos os lados
Que o curso da vida
Está sendo decidido aqui e agora.
E que são as mulheres e os homens que levantam e derrubam cercas.

Naquela assentamento
a História é a luta, a luta de todos e o futuro, nosso.

Israel, outono de 2010.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Plenária da Candidatura 50800

Neste sábado, dia 21 de Agosto, às 16 h e 30 min na Sede do PSOL, Rua Padre Anchieta, 1586, teremos plenária de nossa candidatura à Deputado Estadual,

Faremos avaliação de nossas atividades de campanha até aqui e debateremos ideias e perspectivas. Nossa campanha está muito boa, estamos com várias atividades nas ruas, nesta plenária contaremos com a presença de toda a nossa militância e de diversas pessoas que tem demonstrado apoio durante estes dias de campanha.

Estão todos convidados, seguimos a luta!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sobre o debate entre os candidatos ao Governo do RS

Me atrevo a escrever algumas palavras sobre o debate de ontem a noite na TV Bandeirantes. Pelo pouco que consegui acompanhar da repercussão dos debates entre os governadores de todo o país, o PSOL teve presença marcante em vários deles, foi assim com Edilson em Pernambuco, Marcos Mendes na Bahia, Paulo Bufalo em São Paulo, Jeferson no Rio de Janeiro, entre outros.

No primeiro debate entre os presidenciáveis, semana passada na mesma emissora, Plínio de Arruda Sampaio fez uma afirmação que explica o porquê do protagonismo do PSOL: todos dizem que vão fazer o bem e que não vão fazer o mal, e isto é óbvio, é necessário superar esta obviedade e tratar os problemas como eles realmente são.

No debate entre os candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul ontem, Pedro Ruas foi o diferencial exatamente por isso. A urgência de maiores investimentos em saúde, o combate às desigualdades sociais, a retomada de uma educação de qualidade no Estado, o ataque ao crime organizado, a redução das desigualdades regionais e mais alguns temas são absolutamente óbvios.

A superação da obviedade por parte de Pedro Ruas se dá justamente a partir da exposição dos dois eixos programáticos do PSOL: o combate à corrupção e a auditoria na dívida do Estado com o Governo Federal. É exatamente daí que seriam disponibilizados os recursos para os investimentos tão urgentes no Estado. (veja o programa do PSOL-RS em http://tinyurl.com/3agbgnb)

A partir da exposição dos eixos programáticos, é necessário chamar os demais candidatos a este debate, e foi exatamente o que fez Pedro Ruas. Ao contrário dos desejos mais íntimos da Governadora Yeda Crusius, se depender do PSOL, não passará um debate em que esta não terá de se explicar sobre o rombo nos cofres públicos durante seu governo, comprovado por operações da Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Assim como não passará ileso José Fogaça, sem ser perguntado sobre o motivo de sua negativa em instalar a CPI da saúde em Porto Alegre, visto que é obrigação de um Governante combater a corrupção, defendendo as investigações, principalmente em casos como este, com inúmeros indícios de fraude e a suspeita de assassinato do Secretário de Saúde.

Ainda sobre a saúde Pedro Ruas trouxe ao debate o tema da regulamentação da emenda 29, que obriga os Governos a aplicarem 12 % do orçamento na saúde, perguntando a Tarso Genro porque o Governo de Lula, do PT de Tarso, do PMDB de Fogaça e do PP da chapa de Yeda esta impedindo a regulamentação da emenda. Tarso fugiu pela velha desculpa da correlação de forças entre os Partidos no Congresso Nacional, que “curiosamente” só serve para explicar os casos em que o povo é prejudicado.

Ruas aproveitou também o debate para demonstrar as contradições das alianças inexplicáveis nos processos eleitorais, que nada tem de confluência de idéias, realizadas apenas para garantir mais tempo de rádio e TV e partilhar os cargos em um futuro Governo.

Pedro Ruas foi a cara do PSOL, o diferencial do debate, como tem sido desde o início do processo eleitoral e continuará sendo até o final. O voto da esquerda é 50! 50 é PSOL!

sábado, 7 de agosto de 2010

A semana vista pelo PSOL

Debate dos presidenciáveis marca a diferença do PSOL
Plínio é o único a criticar atual política econômica que privilegia os rentistas

Nesta quinta-feira, 5, pela primeira vez os candidatos à Presidência puderam debater sobre os projetos de governo para o país, apresentando propostas em diversas áreas como saúde, educação e segurança. Porém, nem José Serra (PSDB), nem Dilma Rousseff (PT), nem Marina Silva (PV) mostraram a verdadeira causa dos problemas em todas essas áreas: a política econômica que destina para a dívida pública oito vezes mais recursos que para a saúde ou 12 vezes mais que para a educação.

Quando perguntada por Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) sobre o porquê do governo destinar ao serviço da dívida pública uma quantia 31 vezes maior que a do Bolsa Família, Dilma simplesmente ficou sem resposta, e mudou de assunto. Posteriormente, um dos jornalistas acusou Plínio de pregar “calote” na dívida pública. Plínio respondeu que “calote” é o que o governo faz diariamente com a dívida social, e que antes de pagar a dívida financeira, temos de saber o que realmente devemos.

Saúde: as contradições de PSDB, PT e PV

A área da saúde foi bastante abordada pelos presidenciáveis, que defenderam a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que poderia gerar mais recursos para essa área social. Porém, Dilma e Marina se esquecem que, em 2008, os deputados federais aliados ao governo (do qual participaram) rejeitaram a proposta de regulamentação da Emenda 29, que já havia sido aprovada pelo Senado e que aumentaria significativamente os recursos da saúde. Já os deputados do PSOL foram favoráveis à proposta do Senado.

A base governista somente aceitou aumentar os recursos da saúde num montante bem menor, e somente se tal aumento fosse financiado pela criação de uma nova CPMF, um tributo injusto, pago principalmente pelos mais pobres, pois é embutido nos preços dos produtos, inclusive os essenciais à sobrevivência.

A candidata do PT tem afirmado que o fim da CPMF ocasionou um prejuízo anual de R$ 40 bilhões para a saúde, porém, tal tributo foi criado pelo governo FHC, contra o voto dos parlamentares do PT na época. O governo FHC (do qual participou José Serra) criou a CPMF não para aumentar os recursos da saúde, mas para cumprir as metas de superávit primário, política essa que continua vigente até hoje. Isso ocorreu pois, ao mesmo tempo em que era criada a CPMF, a saúde perdeu boa parte de suas outras fontes de financiamento, de modo que em 2007 – último ano da CPMF – os recursos da saúde (em % do PIB) foram inferiores aos valores vigentes antes da criação da CPMF.

Portanto, o fim da CPMF em 2007 não pode ser usado como justificativa para a falta de recursos da saúde, até porque em 2008 a carga tributária federal foi ainda maior que no ano anterior (mesmo se medida como percentual do PIB), uma vez que o governo elaborou um pacote de aumento de tributos como o IOF, e a arrecadação de outros tributos também subiu, enquanto os gastos com saúde caíram. A Seguridade Social (que inclui as áreas da saúde, assistência e previdência) continuou a apresentar um gigantesco superávit, de dezenas de bilhões de reais.

O verdadeiro problema, que não foi mencionado por nenhum dos candidatos de PSDB, PT e PV é que grande parte dos recursos da Seguridade Social é retirada de sua finalidade por meio da DRU – Desvinculação das Receitas da União, e passa a servir para o cumprimento das metas de superávit primário, ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida. Em 2009, o pagamento de juros e amortizações da dívida pública (mesmo excluindo a “rolagem” da dívida) foi oito vezes maior que todos os gastos federais com saúde. E tanto Serra, Dilma e Marina já afirmaram que manterão essa política de ajuste fiscal.

O caos aéreo continua

Nesta semana, o país viveu mais um capítulo do caos aéreo, desta vez provocado pela empresa aérea Gol, e pela passividade do governo, principalmente a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil. Mesmo depois de diversas denúncias feitas pelo Sindicato dos Aeronautas à Anac, sobre carga horária excessiva e problemas nas escalas de voos da empresa, o problema se agravou a partir do último final de semana, prejudicando os passageiros.

Importante resgatar aqui um trecho do Voto em Separado (Relatório Alternativo) da deputada Luciana Genro na CPI da Crise Aérea, ocorrida ainda em 2007, no qual pede a extinção da agência:

“A Anac foi omissa e incompetente na função de regulação de fiscalização do setor. Cumpriu, na verdade, o papel de defensora dos interesses das empresas e não dos usuários do sistema. O setor aéreo necessita de um órgão fiscalizador que não esteja subordinado aos interesses das corporações como TAM e Gol.”

Porém, o Relatório Final da CPI, elaborado pelo deputado federal Marco Maia (PT/RS), não incluiu essa recomendação, e por isso o país continua a enfrentar o caos aéreo.

Nos últimos dias, o jornal O Estado de S. Paulo ainda denunciou que 50% das multas aplicadas pela Anac até 2007 às empresas aéreas (ou seja, referentes aos episódios do caos aéreo que levaram à CPI) simplesmente não foram cobradas.
www.lucianagenro.com.br

sábado, 31 de julho de 2010

Nova parcial do Manifesto por uma nova política - cresce!!


Divulgamos aqui mais uma parcial do manifesto por uma nova política, de apoio a nossa Candidatura. Quem quiser somar nesta luta entra em contato conosco, pode ser pelo jurandir50800@gmail.com

POR UMA NOVA POLÍTICA
MANIFESTO DE APOIO À CANDIDATURA DE JURANDIR SILVA PARA DEPUTADO ESTADUAL

É necessária uma nova política. Com novos patamares programáticos e éticos, que contemplem a defesa de um novo modelo de desenvolvimento para a Zona Sul do Estado, desenvolvimento este, que deve ser sustentável economicamente, ecologicamente e socialmente. Resgatando perspectivas para a juventude e os trabalhadores em geral, combatendo intransigentemente a corrupção.
Nos processos eleitorais temos a oportunidade de demonstrar, através da campanha e do voto, nossa indignação com a política tradicional, com a corrupção, com as desigualdades sociais e todas as injustiças que vivenciamos cotidianamente.
Para quebrar o ciclo vicioso da velha política, apresentamos e apoiamos o nome de Jurandir Silva como candidato à Deputado Estadual pelo PSOL. Jurandir tem 27 anos, é Engenheiro Agrônomo, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas. Militou no movimento estudantil, participando do Grêmio do CEFET-RS (hoje IFSUL) entre 2000 e 2002 e do DCE da UFPel, entre 2004 e 2006. É fundador do Partido Socialismo e Liberdade, Presidente do Partido em Pelotas e membro do Diretório Estadual.
A construção de uma nova sociedade e de uma nova política passa pelo fortalecimento de novas alternativas de poder. É neste sentido que apresentamos o nome de Jurandir Silva para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, para que, em conjunto com nomes como Luciana Genro e Heloísa Helena, o PSOL possa fortalecer um espaço político à esquerda na sociedade.



Adriana Prestes Dias – Nutricionista
Adriane Tejada – Pelotas
Adriano Correa Machado – Produtor de Eventos Pelotas
Adriano Moraes – Estudante Santa Cruz do Sul
Alex Molina – Estudante Química de Alimentos UFPel
Alexandre Costa dos Santos
Alexandre Domingues – estudante
Alexandre de Menezes Sá Brito – Livreiro Pelotas
Alexandre Luna - Estudante
Aline Moura Gonçalves – Capão do Leão
Almir Nunes Correa - Estudante Museologia Pelotas
Ana Carina Caudas – Enfermeira Pelotas
Ana Carolina Buck Azevedo Torres – Engenheira Agrônoma
Ana Lúcia Barbosa - Estudante
Ana Lucia Silva – Canoas
Anaí Sierota De Souza
Anna Rossi – Estudante Medicina Pelotas
Anderson Domingues - estudante
Anderson Vaz – Técnico Eletromecânica
André Kabke Bainy – Estudante Direito UFPel
André Samuel Strassburger – Engenheiro Agrônomo
Anne Caroline Motta Ferreira – Física
Antônio Wiener Reisser - estudante / Pelotas / UFPEL
Ari Vieira Junior – Médico Pelotas
Aroldo Garcia dos Anjos – Professor
Augusto Garcia – Estudante Museologia Pelotas
Augusto Schimidt – Estudante
Ayanna Bueno – Estudante Pelotas
Bernardo Reis da Silva - Arquiteto
Betina Zell – Médica Veterinária
Bianca Rosa Peres - técnico administrativa município de Pelotas
Bianca Zanotta Carneiro – estudante
Breno Corrêa Filho - arquiteto / Pelotas / Prefeitura Municipal
Bruno Costa Duarte – Estudante Pelotas
Bruna da Silva Sassi – Estudante Biologia FURG
Bruna Obes Corrêa – Engenheira Agrônoma
Bruna Roxo – Presidente Grêmio IFSUL
Bruno Barboza – Pelotas
Bruno Costa Duarte
Bruno Farias Souza – Autônomo Pelotas
Camila Silveira Santos – Estudante Pelotas
Camila Santos – Estudante Ciências Sociais
Camila Pegoraro – Engenheira Agrônoma
Camila Raquel Flores Borges – Estudante Capão do Leão
Carine Reckziegel – Bióloga
Carla Beatriz Farias Souza – Doméstica Pelotas
Carla Beatriz S. Silva – Diariasta Pelotas
Carla Canto Bueno Lima -
Carlos Bento Freitas Barcelos (Jarrão) – Estudante Pelotas/ Mestre de Capoeira
Carlos Junior dos Santos – Estudante Pelotas
Caroline de Paula Lopes - Bióloga
Caroline Moreira Rodrigues – Engenheira Agrônoma
Caroline Wincke – Socióloga Caxias do Sul
Ceni Rodrigues Borges – Servidora UFPel
César Lascano – Estudante
Charles hepp – Engenheiro Agrícola
Clarice Silva de Ávila - Pelotas
Clarisse Silva Oliveira – Engenheira Agrônoma
Cláudia Vogel Ely – Física
Cláudio André Amaral – Técnico em Telecomunicações
Claudio da Rosa Fagundes – Professor Pelotas
Cláudio Ricardo Reinhardt – Sociólogo
Claudio Rogério Lopes
Cledson Mendes Rodrigues da Cunha – Advogado Pelotas
Cleusa Maria Barbosa – Domestica
Cleuza Maria S. S. Pereira – Do lar Pelotas
Cleuza Pedroso Rosa - assistente administrativa Pelotas
Circe Maria Farias Souza – Doméstica Pelotas
Clomar Naparo Chaves – Pelotas
Cristiane Bonow Rodrigues – Pelotas
Cristiane Oliveira – Pelotas
Cristiano Farias de Oliveira – Autônomo Pelotas
Cristiano José Oliveira - Pelotas
Cristiano Naparo Chaves – Pelotas
Daiane Gonçalves - Bióloga
Daniel Barbier – Estudante História UFPel
Daniel Fagundes Farias – Estudante Pelotas
Daniel Garcia - Pelotas
Daniel Vargas de Moura - Professor
Daniela Vergara – Pelotas
Daniele Ambrosi - Estudante
Daniele Marin – Engenharia Química UFSM
Daniele Robaina – Direito UFPel
Daizy Nunes - Comerciante Pelotas
Denise de Souza Martins – Engenheira Agrônoma
Diego Brandemburg – Comerciario Bagé
Diego Fabras da Silveira – Estudante Pelotas
Diego (Titanic) Moura - Bancário
Diego GAE Agronomia UFPel
Diego Macedo Moraes - Design
Doglas Dias Paes – Letras FURG
Duana Fardin – Do Lar Sobradinho
Edgar Parobé – Téc Enfermagem Músico
Edi Pedroso de Pedroso - dona de casa Pelotas- Guabiroba
Eduardo Badia
Eli Badia
Eliana Rosa Peres - atendente de padaria
Eliane Maria Fagundes Farias – Doméstica Pelotas
Elisa Rondan Caetano – Biologia UCPel
Ely Souza de Campos – Aposentada Pelotas
Eneida Fatima Oliveira – Aposentada Pelotas
Enio Silvio Nunes - Comerciante
Erleci Esteves de Souza – Estudante Pelotas
Eva Oliveira – Pelotas
Eveline Rosa Peres - professora município de Rio Grande
Everton Rosa Peres - servente de pedreiro
Fabiana chiabotto – Estudante Pelotas
Fabiane Oliveira – Pelotas
Fabiano Didkin – Estudante Pelotas
Fabiano Mascarenhas – Agronomia UFPel
Fábio (Finno) Belém – Teatro UFPel
Fabio Duarte – estudante pelotas
Fábio Heck – Bancário Santa Maria
Fabrício Freitas - Estudante
Fabrício Lucas – Engenheiro Agrícola
Felipe Veiga – Engenharia de Automação FURG
Fernanda Ávila – Filosofia UFPel
Fernanda Bitencourt - Pelotas
Fernanda Fonseca da Fonseca – Assisente Social Rio Grande
Fernanda Luft – Engenharia Geológica UFPel
Fernando Gustavo Schneider – Odontologia UFPel
Fernando Guerreiro – Mecanico Sobradinho RS
Flávia Amorim – Estudante Pelotas
Flávia Silva Teixeira - estudante / Pelotas / UFPEL
Franciele Avams de Queiros – Estudante Capão do Leão
Gabriela Van Der Laan - estudante / Pelotas / UFPEL
Gabriel Eicholz – São Lourenço do Sul
Gabriel Heidrich Medeiros – História UFPel Músico
Gabriel Rodrigues –
Gabriela Bueno – Estudante Turismo Pelotas
Gabriela Ferreira –
Gabriela Olanda
Gabriele Meirelles – Professora Educação Física
Gelson Lemões – Autônomo Pelotas
Glaci Farias Souza – Aposentada Pelotas
Gilca Elaine Ferreira – Do lar Bagé
Gilles Tedesco - Bioquímico
Gilsane Mari da Costa Pinheiro – Servidora UFPel
Giovani Oliveira - Pelotas
Gisele Moura – Assistente Social
Graça Corrêa – Servidora UFPel
Greice de Almeida Schiavon - Ecóloga
Guilherme Azevedo – Técnico Eletrônica
Guilherme Backes – Relações Internacionais UFSM
Guilherme Gonçalves da Luz –Cinema e Animação UFPel
Gustavo Callegaro – Grêmio IFSUL Pelotas
Gustavo Jung – Estudante Medicina Pelotas
Gustavo Oliveira – Pelotas
Gustavo Steiernagel – Estudante Museologia Pelotas
Helder Porto Oliveira – Sociólogo
Helena Gonçalves Wiener - arquiteta / Pelotas
Homero Souza da Luz – Técnico Eletrônica
Igor Gallo - Gari
Inácio Crochemore Mohnsam da Silva – Professor Educação Física
Inácio Ribeiro Oliveira – Professor Pelotas
Inês Ualt Nobre – São Leopoldo
Ismael Machado Pereira – Técnico Eletrônica
Jaciara Vaz Lopes – Ciências Sociais UFPel
Jackes Douglas Manke dos Santos - Ecólogo
Jackson Silva – Advogado
Jacy Chiabotto – domestica/Pelotas
Jáder Marjam Borges Vianna – Pelotas
Jair Rodrigues Ribeiro Junior
Jamila Saleh – Bancária
Janaína Buchweitz e Silva - Professora Colégio Pelotense
Janaína Corrêa Moreira – Porto Pelotas
Jane Moura – Estudante Sobradinho
Jaqueline Tavares Schaefer – Engenheira Agrônoma
Jayaris Thayana Busanello
Jéssica Clavijo da Silva – Secretária Pelotas
Jessica dos Santos Rios – Estudante Pelotas
Jessica Possobon - Estudante
Joana Soster Lizot – Estudante Museologia Pelotas
João Henrique Bazan de Moraes - Pelotas
João Luiz Xavier Carapeto – Designer
Jone Blasco – Bairro Getulio Vargas
Joscelito Berneira – Educador Físico
José Blasco -
José Domingues – Pintor
José Eduardo Matias – Estudante Pelotas
José Henrique Oliveira – Soldador Pelotas
José Joaquim Mais Martins - Turismólogo
José Mário Benitez – Contabilista Bagé
Joasiane Imhoff – Estudante Uruguaina
Josiele Cardoso Carneiro – Engenheira Agrônoma
Juan Carlos Duarte – Estudante Pelotas
Juan Farias – Estudante Turismo Pelotas
Juan Ramirez – Comerciario Sobradinho/RS
Juan Sampaio Neitzke – Pres Grêmio Alfredo Simon
Júlia Rodeghiero – Engenheira Agrônoma
juliane blasco - BGV – Funcionaria de Telemarketing – Getulio Vargas
Juliano Farias Pureza – Técnico Eletromecânica
Júlio César Campello da Fonseca -
Júlio César Medina Madruga
Julio César Tavares de Souza
Karen Quadros – Ciências Sociais UFPel
Karina Weber – Design UFPel
Karine Ferreira - Pelotas
Katiúscia Fonseca dos Santos – Engenheira Agônoma
Katrine Pierzchalski de Souza
Laíne Jeske Wagner – Socióloga Pelotas
Lara de Borba Lopes – Estudante Pelotas
Lara Dias Diaz – Biologia FURG
Lasier Silveira Lima – Engenheiro Agrônomo
Leandro Colvara de Souza – Administrador Pelotas
Leandro Oliveira - Pelotas
Leandro Tabeleão -Pelotas
Leles Teresinna Lanes Lemões – Vila Nova Porto Alegre
Leonardo (Mano) Lotuffo - Pelotas
Letícia Bueno -
Livian Lino Netto - Socióloga
Louise Berndt Muller – História UFPel
Louise Gonçalves da Luz – Designer
Luã da Silveira Funari - estudante / Pelotas /UCPel
Luan Badia – Candidato a Vereador PSOL Pelotas2008
Luana Bassa – Estudante Museologia Pelotas
Lucas Agostini – Estudante IFSul Pelotas
Lucas Lemões – Estudante História/ Comerciário Pelotas
Lucia Helena Barbosa - Aposentada
Lúcia Pereira
Luciano Janecka – Professor Educação Física
Luciano Claro Bueno – Estudante Santa Maria
Luís Felipe Taborda –
Luís Fernando Folha – Advogado
Luis Henrique Furtado – Contador Sobradinho/RS
Luis Henrique Porto oliveira – Pelotas
Luis Rogério Borges da Silva
Luiza Crochemore Mohnsam da Silva – Estudante
Luiza Rodrigues – Estudante Pelotas
Maicon Volnei de Freitas das Neves – Direito UFPel
Marcel Alves – Jornalista
Marcela Ribeiro Vargas – Estudante Pelotas
Marcela Thoncke de Lima -
Marcelo Oliveira – Pelotas
Márcia chiabotto – Pensionista Pelotas
Márcio Gonçalves – Engenheiro Agrônomo
Marco Antonio Barbosa - pedreiro
Marcus Costa – Dentista
Marget woltr – secretária pelotas
Maria Anita Oliveira - Pelotas
Maria Conceição Souza da Luz – Agricultora Pelotas
Maria da Graça Naparo Chaves – Pelotas
Maria Luci Bandeira – Professora Estadual
Maria Nunes Lazada – Funcionária Pública Aposentada Pelotas
Maria Santos – Aposentada Pelotas
Marialda Costa Valle - Pelotas
Mariana Rosa - Estudante Pelotas
Marília rosa carvalho – secretária pelotas
Marilia Peixoto - Estudante Pelotas
Marlene Porto Oliveira – Manicure Pelotas
Marlon Diogo de Araújo - Administrador
Marlon Dutra – Meteorologia UFPel
Martha Davies Kraft Rovere –
Matheus Cruz – Museologo Pelotas
Matheus Genske Siqueira – Filósofo
Mauricio Vieira de Azevedo Neto – Gerente Pelotas
Mauro Ramis Ramos - Pelotas
Maycom Pereira Guex – Pelotas
Micaele Scheer - Estudante
Michael Marroni Pires – Estudante Pelotas
Michele Folha – Advogada
Michele Lessa Lima – Comerciaria Pelotas
Miguel Angelo – Designer Pelotas
Moisés Parada – Eletricista Pelotas
Monica Farias de Oliveira – Cabeleireira Pelotas
Morgana Lorenzato - Direito Atlantico Sul
Nadir Lisboa Santos – Pelotas
Nara Giovania das Neves - Pelotas
Natália Bartz – Secretária Pelotas
Natalia Carvalho da Rosa – Advogada Pelotas
Natália Couto – Estudante Pelotas
Natalia Fernandes Echevarria – Polícia Militar Piratini
Natálie Pacheco Oliveira –
Nathália Rosa Krüger - Estudante / Pelotas / UPEL
Nathalie Marlem Franco
Nathieli Lima Rodrigues - Estudante Pelotas
Niúra da Costa Pinheiro – Estudante Enfermagem
Otávio D’Ávila - odontólogo
Otávio Matos – Engenheiro Agrônomo
Pablo Soares Herzbera – Estudante Pelotas
Pamela Kurz
Paola Oliveira – Pelotas
Paola Polleti – Estudante Venancio Aires
Paula Wiener Reisser - estudante / Pelotas / UFPEL
Paulo Crochemore – Ciências Socias UFRGS
Paulo Eugenio Fernandes – estudante
Paulo Roberto Moreira Domingues – Taxista Pelotas
Patrícia Lameirão – Estudante Letras
Patrícia Paz Herrmel – Enfermagem UFPel
Patrick (cerquinha)
Patrick Santos
Paula Mello Oliveira Alquati
Paulo Sérgio Medeiros Baptista
Pedro Fernando da Silva – Eletricitário Pelotas
Peter Duarte – Rio Grande
Priscila Lopes - Estudante Pelotas
Priscila Tavares Brittes – Rio Grande
Rafael de Lima Petry – Cientista da Computação
Rafael Matarredona Netto – Engenheiro Agrônomo Músico
Rafael Vergara (Raul) – Filosofia UFPel
Raquel Pedrosos Rosa - recepcionista- Pelotas
Raquel Treiber – Filosofia UFPel
Rélber Gonçalves – Biologia UFPel
Renan Costa Valde Scarano – Estudante Pelotas
Renata Funari Barbosa – Arquitetura UFPel
Renato Vasconcelos de Salazar
Reni Steiernagel – Professora aposentado Sobradinho - RS
Ricardo Frascolla – Veterinário
Richard Betanzzos – Ciências Sociais UFPel
Richard Wagner - Letras ufpel
Richele Tejada - Pelotas
Rita Malaguez – Engenheira Agrônoma
Rita Oliveira - Pelotas
Riva’dávia Pereira –
Roberta Bandeira – Estudante Pelotas
Roberta Borges Mello – Assistente Social
Roberta Fonseca – Engenheira Agrônoma
Roberta Luzzardi – Engenheira Agrônoma
Roberta Rodeghiero Guex –
Roberto Escobar – Estudante Pelotas
Roberto Neves – Comunicação UCPel
Robledo Gonçalves – Técnico em Sistemas de Informação
Róbson Braz – Técnico Eletromecânica
Rodrigo (Baiano) Carvalho - Odontólogo
Rodrigo Lopes Ribeiro – Letras UNIPAMPA Jaguarão
Rodrigo Moreira – Estudante Sobradinho
Rodrigo Pereira – Pelotas
Rodrigo Pizarro - Designer
Róger Lemos Meireles – Odontólogo
Róger Mielke – Estudante Santa Cruz do Sul
Ronivon Svenson Smechel – Geógrafo
Rosemeri Gomes – Balconista Pelotas
Rui Barcelos da Silva - Sindicato da Alimentação Pelotas
Sabrina Rodrigues – Estudante Pelotas
Sabrine Gasperin – Estudante Pelotas
Sadi Bernardes – Técnico Elétrico – Capão da Canoa
Samira Audeh – Engenheira Agrônoma
Samuel Krolow – SANEP Pelotas
Sandralí Bueno – Servidora Pública Pelotas
Sarah Fiorelli de Carvalho – Agronomia UFPel
Scheila Nunes Meira - Estudante Caçapava do Sul
Sérgio Barum Cassal – Professor Aposentado UFPel
Sergio Fonseca – Vendedor Pelotas
Sílvia Carpenedo – Engenheira Agrônoma
Silvia Vargas Vasconcelos Escobar
Silvio Steiernagel – Agricultor Sobradinho RS
Simone da Paz Nunes – Comerciaria Pelotas
Síntia Fischer -
Talita Machado Wurdig – Engenheira Agrônoma
Tamara Oswald – História UFPel
Taiane santos - secretária pelotas
Tatiane Jorge Macedo
Tauê Cardoso Al-Alam – Professor Pelotas
Telmo Wurdig Júnior - Pelotas
Theresinha Rodrigues Oliveira – Pelotas
Thiago Garcia Rocha – Designer Pelotas
Thiago Henrique Morales – Funcionário Público Pelotas
Thiago Oleiro – Estudante FURG – Rio Grande
Thiago da Silva – Promotor de vendas Capão do Leão
Tiago Leal – Comerciário Pelotas
Tiago Lucas Maeron – Estudante Fisioterapia Sta. Cruz Do Sul
Tierre Canez
Ubiratan B. Velasques – Motoboy Pelotas
Ulisses Fernando Scanferla
Valdecir Neutzling da Luz – agricultor Pelotas
Vanessa Chevarria – Engenheira Agrônoma
Vanessa Gonçalves – Engenheira Agrônoma
Vani Letícia Fonseca dos Santos – Filósofa
Verina Buchweitz e Silva – Nutricionista Pelotas
Verônica Lisboa Santos – Engenheira Agrônoma
Vinícius Langort Nunes – Agronomia UFPel
Violeta Cavalheiro – Engenheira Agrônoma
Vivian Wrege – Professora Letras
Wagner Parada
Wagner Pedrotti – Advogado Pelotas
Walter Correa Martins
Winnie Campos Bueno – Candidata Deputada Federal PSOL Pelotas
Yimi Walter Premazzi da Silveira Júnior – Música UFPel
Zarlete Wurdig – Pelotas

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sobre a visita de Plínio a Pelotas


Plínio de Arruda Sampaio, nosso candidato à Presidência da República cumpriu roteiro em Pelotas e Rio Grande nesta quinta-feira. Foram excelentes atividades, visitas a imprensa, lançamento de candidaturas e comício.

Plínio é um homem de 80 anos recém completos, tem a disposição que falta a muitos jovens, para realizar modificações profundas na sociedade. É um exemplo de trajetória de vida e militância.





Nos acompanhou durante todo este roteiro o Professor Luiz Carlos Lucas, nosso Candidato ao Senado Federal, com que tive a honra de formar chapa para disputar a Prefeitura de Pelotas em 2008.

A visita de Plínio de Arruda Sampaio à nossa região foi muito importante para que possamos continuar nas ruas, conversando com o povo, falando e ouvindo. É o nosso jeito de fazer campanha! Rumo a uma nova política!!


terça-feira, 27 de julho de 2010

Plínio de Arruda Sampaio em Pelotas

Na próxima quinta-feira contaremos com a ilustre presença de nosso Candidato à Presidência da República Plínio de Arruda Sampaio em Pelotas.



Plínio é promotor público aposentado, já foi Deputado Federal por três vezes e aos 80 anos enfrenta a batalha das eleições para combater a falsa polarização entre PT e PSDB.

Na próxima quinta, Plínio cumpre agenda de imprensa na cidade, e a partir das 16 h estará no centro da cidade, participando de mini-comício com a militância do PSOL no chafariz do calçadão!

Convidamos todos a participarem da atividade!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

Relatos de campanha

No sábado, dia 10 de Julho, realizamos nossa Plenária de Arrancada, foi uma ótima atividade como já descrevi aqui no blog, assim como o lançamento do camarada Maicon Nachtigall na noite do mesmo dia 10.

No domingo já estávamos na rua. Foram inúmeras atividades em diversos lugares. Fomos a locais de grande concentração como as Avenidas Bento Gonçalves e Duque de Caxias, no centro, Chafariz do Calçadão e paradas de ônibus, diversas escolas.

Tivemos inúmeras conversas interessantíssimas. No final do segundo dia de atividades já havia relatado a alguns camaradas que eu tinha renovado a minha declaração de amor à humanidade por no mínimo mais uns dez anos. A campanha eleitoral possibilita um momento único de diálogo com as pessoas nas ruas, as coisas que vi e ouvi até aqui só reforçaram a necessidade de continuar lutando por uma sociedade diferente.

As paradas de ônibus me possibilitaram momentos marcantes. Numa delas encontrei uma moça completamente desiludida com a política, mas que foi muito educada e me ouviu, ao final da conversa ela disse que levaria nosso panfleto para casa, que leria com atenção e que admirava a nossa esperança de mudança, afirmando que se não ocorressem modificações na política, não teria coragem de colocar um filho no mundo.

Em outro ponto de ônibus conheci a Luciane, que de início disse que não queria nosso panfleto, pois não o leria e acabaria jogando no lixo, “colaborando” com o acúmulo de dejetos. Eu não desisti e resolvi apresentar nossas ideias verbalmente, falei e ouvi por aproximadamente 10 minutos, o ônibus da Luciane chegou, ela pediu um panfleto e me disse que tinha 41 anos e nunca, mesmo em período eleitoral, alguém tinha ficado 10 minutos conversando com ela sobre política.

Conversei também com o Fernando, do Sítio Floresta. Antenado na política, conhece os Vereadores de Pelotas por nome e sobrenome, já fez campanhas para alguns deles e se desiludiu. Continua discutindo política e se mobilizando, me relatou diversos problemas do seu bairro e me convidou para visitá-lo quando estiver por perto.

Recebi diversos depoimentos de jovens indignados com a falta de perspectiva de emprego na região, mesmo para quem teve a oportunidade de estudar. A maioria destes relatos comprova a necessidade de mudança no modelo de desenvolvimento regional.

Como já disse estas conversas foram extremamente motivadoras, a chuva no final de semana nos tirou provisoriamente das atividades de rua, tomara que não chova até quinta conforme informa a previsão do tempo. De qualquer forma vamos continuar lutando, a chuva só faz mudar o local, não o ânimo.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Arrancada

Este foi o final de semana de largada das nossas candidaturas. No sábado a tarde tivemos a Plenária de Arrancada de nossa Candidatura a Deputado Estadual, na Sede do Partido, reunimos mais de 40 militantes, filiados do PSOL, familiares, amigos, companheiros com os quais travamos inúmeras lutas lado a lado nos últimos anos.

Ainda no sábado ocorreu o lançamento da Candidatura de nosso camarada Maicon Nachtigall à Câmara Federal, mais de 100 pessoas se reuniram no Clube Caixeral para confraternizar, debater política e dar a largada na fundamental candidatura do Maicon.

Nas duas atividades contamos com a ilustre presença de nosso Candidato a Governador Pedro Ruas, que demonstrou todo o seu preparo e garra para enfrentar a batalha das eleições. Além de Ruas, tivemos a honra de contar nestas atividades com o nosso Candidato ao Senado, Professor Lucas, que apesar de estar aposentado a poucas semanas, já parece estar com saudades dos seus tempos de docência, dando aulas brilhantes de história, sociologia, política e humanismo em cada uma de suas falas e conversas.

No domingo tivemos nossas primeiras atividades de panfletagens. Estivemos na Avenida Bento Gonçalves no Centro e na Avenida Duque de Caxias no Bairro Fragata. Foram ótimas atividades em que podemos comprovar ao vivo todo o espaço que há para nosso Partido, para nossas ideias e para nossas candidaturas. Contamos nestas atividades com o apoio de nossa querida, jovem e vibrante Vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchionna.

Estamos recém começando esta jornada. Nestes primeiros dias ainda não vamos encontrar nas ruas as máquinas cheias de dinheiro dos partidos tradicionais que fazem o povo encher o saco de tanto receber panfletos. De nossa parte vamos passar toda a campanha nas ruas, com nossa militância, com nossa cara limpa, conversando com o povo. Nossa militância e nossa garra são nossos trunfos, que não serão comprados nem intimidados pelas grandes máquinas. A campanha esta começando, é incerto se teremos as vitórias eleitorais que aguardamos, no entanto, já podemos ter a certeza de que teremos vitórias políticas, continuando a construção de um Partido que pode sair às ruas de cabeça erguida para defender o seu programa.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Plenária de Arrancada

Nossa campanha está começando. Serão 3 meses de intensa atividade. Com muito orgulho construímos um Partido que não se envolve no jogo da velha política, da corrupção, da troca de favores com poderosos. Construímos o PSOL nas ruas, nas nossas plenárias, debatendo política com a população. Nossa campanha terá esta cara, com debates, construção coletiva e muita militância.

Neste sábado teremos nosso ponto de partida, é a plenária de arrancada de nossa candidatura à Deputado Estadual, às 15 h na Sede do Partido. Teremos um momento cultural com música e teatro, apresentação e debate de nosso programa político, contaremos com a presença de nosso Candidato ao Governo do Estado Pedro Ruas e da Vereadora de Porto Alegre Fernanda Melchiona.

Te convidamos a participar desta jornada. Do jeito que as coisas estão no Brasil, as eleições são dos poucos momentos em que temos a possibilidade de mudar algumas coisas, não podemos perder esta oportunidade, para avançar na construção de uma sociedade diferente, vamos juntos! Por uma nova política! Deputado Estadual Jurandir Silva 50800.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Breves considerações sobre o primeiro debate entre os candidatos ao Governo do RS

Estamos envolvidos em uma grande correria nesta largada de campanha. Ontem começamos oficialmente, com caminhada em Porto Alegre. Na parte da manhã ocorreu o primeiro debate entre os candidatos ao Governo. Participaram José Fogaça, Tarso Genro e o nosso candidato Pedro Ruas.

De última hora a atual Governadora Yeda Crusius anunciou que não iria ao debate, mesmo após sua assessoria ter participado das reuniões que definiram as regras do mesmo. A ausência de Yeda foi determinante, demonstrando a insegurança da Governadora em defender seu próprio desgoverno. Há quem afirme que Yeda não participará de debates em que Pedro Ruas seja convidado, um claro mecanismo de pressão para que os veículos promotores dos debates retirem o PSOL da disputa.

O fato é que Pedro Ruas, Luciana Genro e o conjunto do PSOL foram os principais opositores ao trágico Governo Yeda, nosso Partido vem se consolidando como uma alternativa para um conjunto da população e seria ridículo Ruas ficar de fora de qualquer debate. Se Yeda e sua turma pensam em tirar o PSOL dos principais momentos de enfrentamento entre os candidatos, é melhor mudarem de idéia, visto que até a colunista de ZH Rosane de Oliveira publicou em seu Twitter após o debate que não sabia quem havia ganhado o debate, mas que certamente Yeda havia perdido, visto que foi várias vezes atacada por Pedro Ruas e não estava lá para se defender.

Se Rosane de Oliveira não sabe quem ganhou o debate, podemos ajudá-la, afirmando que Pedro Ruas foi o vencedor. Nosso Candidato foi seguro ao apresentar o programa do PSOL, tratando de relacionar os eixos - combate a corrupção e a dívida do Estado com a União - com as necessidades básicas da população, como saúde, educação, segurança pública, melhorias nas estradas, entre outros.

Além de propor Pedro Ruas foi incisivo em colocar em xeque as demais candidaturas, questionando a corrida sem critérios por alianças eleitorais no período pré-campanha, as responsabilidades do PT de Tarso com a sangria dos cofres do RS para o pagamento da dívida com a União e o envolvimento da Prefeitura de Porto Alegre durante a gestão Fogaça em escândalos de corrupção na área da saúde.

Foi o primeiro debate e estamos apenas começando a campanha, mas como sempre, mostramos que não viemos “a passeio”, tenho o prazer de ter participado da construção do PSOL desde o início, de começar a batalha na campanha de Pedro Ruas e pela fundamental reeleição da Deputada Federal Luciana Genro. Começamos uma nova batalha, que é árdua, mas extremamente necessária e justa!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Entrevista com Pedro Ruas

O que diferencia o PSOL dos demais partidos?
30/06/2010
Confira a entrevista que nosso pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, vereador Pedro Ruas, concedeu ao jornal virtual Sul 21:


Entrevista: Rachel Dutra
O que diferencia o PSOL dos demais partidos de esquerda, que têm essências similares?

O PSOL não abre mão de ser socialista. Ser socialista, para nosso partido, não é uma estratégia, existe um projeto socialista. E cuidamos muito do método. Essa linha de ser absorvido pelo sistema é detestada pelo PSOL. Os partidos tradicionais, e infelizmente neste aspecto eu tenho que incluir o PT, acabam disputando o poder pelo poder. Não há coisa tão contraditória como essa busca do PT por aliança com o PTB, que aqui em Porto Alegre está envolvido nos escândalos da Secretaria Municipal de Saúde. Só no caso do Instituto Sollus, são quase 10 milhões desviados da Prefeitura de Porto Alegre. A empresa Reação tem várias irregularidades e tem todos os seus proprietários no Presídio Central acusados de homicídio do Secretário de Saúde. Então, a gente vê o PT procurando o PTB, o PMDB com o PDT. No plano nacional o PT e o PMDB juntos. Estes partidos não têm um programa de governo, eles tem um projeto de ganhar. E essas alianças esdrúxulas acabam tendo necessariamente o preço da repartição dos cargos. Ai é aquele horror que vemos por ai. Por que? Porque não há programa de governo. Tu não vês uma discussão sobre o plano de governo. Nós temos a pretensão de ter o melhor programa de governo desta eleição e isto não é difícil. O dinheiro público é sagrado. No nosso ponto de vista ele é intocável e todos aqueles que fugirem esta linha serão combatidos e por nós denunciados.

Qual o seu plano de governo?

Nós temos projetos para todas as áreas, mas dois eixos principais norteiam o nosso programa. O primeiro é a discussão quanto à dívida estadual. A dívida do RS consome 18% da receita líquida anual do RS. Em 2008 foram pagos R$ 2,638 bilhões de reais à União, dados da FEE e do Dieese. Este recurso, separadamente, é mais do que se gasta com segurança e saúde. E ai tem um problema sério na dívida: nenhum dos candidatos ao governo ou até mesmos os atuais governantes e antigos governantes sabem do que é composta a dívida. Essa divida é um mistério, ninguém sabe o que foi pago ou emprestado ao RS, quanto de multa tem ali. Eu garanto que ninguém sabe. Afirmo e explico. Há 20 anos esta dívida era de R$ 3,4 bilhões. Em 1998, quando o governador Antonio Britto fez o acordo, a dívida já era de R$ 13,8 bilhões. O ano passado ela já somava R$ 39 bilhões. Agora analisemos. Se em 2008 pagamos R$ 2,638 bilhões, a dívida já teria sido paga, mas essa dívida só aumenta. Tem alguma coisa errada. Então nós temos que ter uma auditoria para saber o que compõem essa dívida. Isso tem que ser levado à opinião pública, ai pode ter inclusive crime, responsabilidade pessoal.

A gente sabe que recentemente a governadora Yeda Crusius (PSDB) fez um empréstimo R$ 1,1 bilhão no exterior. O avalista é a União e essa dívida nem está incluída nos valores que mencionei antes, que já é outro absurdo. Então o primeiro eixo é isso. Combater essa dívida que para nós é irreal e fica sangrando o Estado todos os anos.

O segundo eixo é combater a corrupção. Tem estudos internacionais que dizem que nos países onde há corrupção, o prejuízo orçamentário é cerca de 30% do erário. Então, o combate permanente à corrupção, em qualquer escalão, em qualquer forma, em qualquer área, é imprescindível.

Nós temos propostas na área da educação que prioriza cumprir o piso nacional e que, para nossa vergonha, o governo atual está questionando junto ao Supremo Tribunal Federal. E nós defendemos também a escola de turno integral, nos conceitos de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola. Esta proposta de ensino é mais cara, mas é uma escola que contempla todas as refeições, opções de atividades contra turno e reforço escolar, liberando os pais e ocupando pedagogicamente as crianças. E não há melhor investimento que este, pensando nos resultados de longo prazo.

Na área da saúde nós temos esse escândalo do caso Sollus, que está ligado a um dos programas essenciais para o acesso à saúde entre as comunidades mais pobres, o Programa de Saúde da Família (PSF). Nós vamos investir neste programa.
O ex-prefeito José Fogaça (PMDB) e a governadora Yeda Crusius (PSDB) foram denunciados por corrupção pelo senhor. Como será sua atuação em relação a eles, agora seus adversários nesta eleição?

Eu acho uma oportunidade excelente. No caso da Yeda, nós podemos questionar tudo que nós já denunciamos em 2009. E no caso do Fogaça, perguntar tudo que aconteceu no município e o fato de ele ter influenciado para impedir assinaturas visando a abertura de uma CPI no caso Sollus.

Então esse será o tom da campanha do PSOL?

Sim. Nós vamos questionar. Nós vamos questionar o PTB, vamos questionar o PT. A questão, por exemplo, do apoio à candidatura da Roseana Sarney. A oligarquia mais corrupta é a do Sarney no Maranhão e esta é apoiada pelo PT. Isso não está diretamente ligado ao candidato Tarso Genro, mas é o partido dele e isso é uma questão complexa. E os mensaleiros nós também vamos questionar. Como José Dirceu volta com toda essa pompa, uma pessoa envolvida em delitos? Então é claro que vamos questionar. Este será um momento importante.

Como avalia a visão dos eleitores diante dessa postura mais agressiva do PSOL nos debates?

Eleitoralmente eu não sei esta resposta. Mas, isso não é uma opção eleitoreira, é uma posição política. É a missão do PSOL. Claro que tem uma motivação ideológica que justifica o posicionamento político. Eu acredito inclusive que a escolha da executiva nacional do partido, ao sugerir meu nome para a candidatura ao governo do Estado, é em razão desse tom. Eu tenho formação jurídica e posso fazer esse confronto.

Como está sendo organizada a campanha do PSOL?

O PSOL é um partido organicamente pequeno, apesar de termos propostas grandes. Nós não temos recursos, então vamos fazer uma campanha conforme as nossas possibilidades. Nós temos aqui no RS um mandato federal que é da Luciana Genro e dois municipais, um em Porto Alegre e outro em Viamão. Nós temos o fundo partidário e não temos financiadores. Mas é possível fazer um bom trabalho. Vamos apostar numa boa propaganda eleitoral no rádio e na TV, e utilizaremos os militantes para a produção da campanha e na militância das ruas. Vou dar um exemplo meu para ilustrar isso. Há 12 anos, o Centro de Pesquisas do Correio Povo era muito preciso. Na primeira pesquisa, quando eu concorri ao Senado, tinha 0,6% e cheguei a 12% do eleitorado gaúcho ao final da campanha. Só dentro de Porto Alegre eu fiz mais de 12 mil votos. E o que eu usei para a campanha foi a propaganda eleitoral gratuita e a militância. Então se o trabalho for sério e focado, dá para conseguir atingir uma fatia boa do eleitorado. Eu não sei qual é o limite, podemos variar de 5% a 25%.

Qual a sua expectativa com o segundo turno, já que as últimas pesquisas mostram os demais candidatos com bastante vantagem em relação aos partidos menores, como o PSOL?

No PSOL não há o debate do segundo turno. Há o debate forte sobre o primeiro turno. Do ponto de vista de chegar à população, não há nada mais importante na política do que as eleições. Então tu tens que viver a eleição pensando no primeiro turno. Discutir o segundo turno não tem sentido. Prefiro pensar quantos vamos eleger na proporcional. Isso é vital. Temos que reeleger a Luciana Genro, podemos fazer mais um ou dois deputados federais. Nós não temos nenhum deputado na Assembleia e quase derrubamos a Yeda, só nos faltou o flagrante.

O acesso ao material que foi utilizado em suas denúncias foi por intermédio de Lair Ferst?

Não posso dizer. Mas o processo está andando. Nós tivemos acesso ao material, mas nunca tivemos posse. E nós só divulgamos porque morreu Marcelo Cavalcanti, nós iríamos aguardar para divulgar. Mas como ele morreu, nós entendemos que era nossa obrigação. O que não está andando é a conclusão do inquérito sobre a morte do Cavalcanti em Brasília, não se sabe a causa da morte ainda. Como pode, depois de um ano e meio?

E como estão esses processos no Rio Grande do Sul, hoje?

Aqui no RS o processo está assim: o Ministério Público Federal denunciou, na fraude do DETRAN, nove pessoas, entre elas a governadora Yeda e seu marido. Depois houve um recurso em relação à governadora, que é um recurso questionando a competência da justiça federal – para ajudar a governadora. Nesta tese quem seria competente para julgar a governadora seria o Superior Tribunal de Justiça. O Tribunal Federal de recursos acolheu esta tese, suspendeu o processo e excluiu o nome da governadora, no ano passado. O MPF, a partir daí, também recorreu e o recurso foi admitido. Então, tem duas hipóteses: ou ela é julgada pela justiça federal, como originalmente começou, ou pelo STJ, que é a tese do recurso dela. É bom esclarecer que em nenhum dos casos existe uma alegação de inocência, é uma questão de ver quem vai julgar ou não, e isso demora realmente. E com isso, os demais acusados são beneficiados no tempo, em função da demora da situação da governadora Yeda, porque não tem como ouvir uma testemunha que não possa falar sobre ela. Então para esclarecer isso tudo a campanha também servirá. Nós do PSOL não temos dúvida que a governadora não é inocente. E o MP também não tem dúvida, tanto que ele fez a denúncia e pediu o afastamento dela do cargo por improbidade administrativa.

Em relação a alianças, por que a esquerda não se uniu, já que há outros partidos com programas semelhantes?

Nós conversamos, mas as siglas tinham uma orientação nacional, assim como nós. Então respeitamos. Até porque seria contraditório respeitarmos a nossa e não respeitarmos a deles. Então nossa chapa será puro-sangue, só o PSOL. A própria escolha do vice também foi algo escolhido no diálogo e no respeito às correntes do partido, porque o PSOL historicamente tem muitas correntes. A mesma coisa para escolha da chapa proporcional. Mas apesar de respeitarmos isso, o mais importante não são as chapas e sim o programa de governo. Os eleitores não querem saber quem as nossas correntes querem, querem saber o que nós vamos fazer. E eles estão certos, as correntes são questões internas.


Fonte: pedroruaspsol.wordpress.com

sábado, 26 de junho de 2010

parcial do manifesto - mais de 200 por uma nova política

Repasso aqui uma parcial do manifesto de lançamento da nossa Candidatura de Deputado Estadual. Abaixo o manifesto e parte da turma que assinou pela intenet.

POR UMA NOVA POLÍTICA
MANIFESTO DE APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE JURANDIR SILVA PARA DEPUTADO ESTADUAL

É necessária uma nova política. Com novos patamares programáticos e éticos, que contemplem a defesa de um novo modelo de desenvolvimento para a Zona Sul do Estado, desenvolvimento este, que deve ser sustentável economicamente, ecologicamente e socialmente. Resgatando perspectivas para a juventude e os trabalhadores em geral, combatendo intransigentemente a corrupção.
Nos processos eleitorais temos a oportunidade de demonstrar, através da campanha e do voto, nossa indignação com a política tradicional, com a corrupção, com as desigualdades sociais e todas as injustiças que vivenciamos cotidianamente.
Para quebrar o ciclo vicioso da velha política, apresentamos e apoiamos o nome de Jurandir Silva como pré-candidato à Deputado Estadual pelo PSOL. Jurandir tem 26 anos, é Engenheiro Agrônomo, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas. Militou no movimento estudantil, participando do Grêmio do CEFET-RS (hoje IFSUL) entre 2000 e 2002 e do DCE da UFPel, entre 2004 e 2006. É fundador do Partido Socialismo e Liberdade, Presidente do Partido em Pelotas e membro do Diretório Estadual.
A construção de uma nova sociedade e de uma nova política passa pelo fortalecimento de novas alternativas de poder. É neste sentido que apresentamos o nome de Jurandir Silva para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, para que, em conjunto com nomes como Luciana Genro e Heloísa Helena, o PSOL possa fortalecer um espaço político à esquerda na sociedade.


Adriana Prestes Dias – Nutricionista
Adriane Tejada – Pelotas
Alex Molina – Estudante Química de Alimentos UFPel
Alexandre Luna - Estudante
Aline Moura Gonçalves – Capão do Leão
Ana Carolina Buck Azevedo Torres – Engenheira Agrônoma
Ana Lucia Silva - Canoas
Anderson Vaz – Técnico Eletromecânica
André Kabke Bainy – Estudante Direito UFPel
André Samuel Strassburger – Engenheiro Agrônomo
Anne Caroline Motta Ferreira - Física
Aroldo Garcia dos Anjos - Professor São Leopoldo
Augusto Schimidt – DCE UCPel
Bernardo Reis da Silva - Arquiteto
Betina Zell – Médica Veterinária
Bruna da Silva Sassi – Estudante Biologia FURG
Bruna Obes Corrêa – Engenheira Agrônoma
Bruna Roxo – Presidente Grêmio IFSUL
Bruno Barboza - Pelotas
Camila Pegoraro – Engenheira Agrônoma
Carine Reckziegel - Bióloga
Carla Canto Bueno Lima -
Caroline de Paula Lopes - Bióloga
Caroline Moreira Rodrigues – Engenheira Agrônoma
Caroline Wincke - Socióloga Caxias do Sul
Ceni Rodrigues Borges – Servidora UFPel
César Lascano - Estudante
Clarice Silva de Ávila - Pelotas
Clarisse Silva Oliveira – Engenheira Agrônoma
Cláudia Vogel Ely - Física
Cláudio André Amaral – Técnico em Telecomunicações
Cláudio Ricardo Reinhardt – Sociólogo
Clomar Naparo Chaves - Pelotas
Cristiane Bonow Rodrigues - Pelotas
Cristiane Oliveira – Pelotas
Cristiano José Oliveira - Pelotas
Cristiano Naparo Chaves - Pelotas
Daiane Gonçalves - Bióloga
Daniel Barbier – Estudante História UFPel
Daniel Garcia - Pelotas
Daniel Vargas de Moura - Professor
Daniela Vergara - Pelotas
Daniele Marin – Engenharia Química UFSM
Daniele Robaina – Direito UFPel
Denise de Souza Martins – Engenheira Agrônoma
Diego (Titanic) Moura - Bancário
Diego - Agronomia UFPel
Diego Macedo Moraes - Design
Doglas Dias Paes – Letras FURG
Edgar Parobé – Téc Enfermagem Músico
Elisa Rondan Caetano – Biologia UCPel
Eva Oliveira - Pelotas
Fabiane Oliveira - Pelotas
Fabiano Mascarenhas – Agronomia UFPel
Fábio (Finno) Belém – Teatro UFPel
Fábio Heck – Bancário
Fabrício Lucas – Engenheiro Agrícola
Felipe Veiga – Engenharia de Automação FURG
Fernanda Ávila – Filosofia UFPel
Fernanda Bitencourt - Pelotas
Fernanda Fonseca da Fonseca – Assisente Social Rio Grande
Fernanda Luft – Engenharia Geológica UFPel
Fernando Gustavo Schneider – Odontologia UFPel
Gabriel Eicholz – São Lourenço do Sul
Gabriel Heidrich Medeiros – História UFPel Músico
Gabriel Rodrigues -
Gabriela Ferreira -
Gabriele Meirelles – Professora Educação Física
Gilles Tedesco - Bioquímico
Gilsane Mari da Costa Pinheiro – Servidora UFPel
Giovani Oliveira - Pelotas
Gisele Moura – Assistente Social
Graça Corrêa – Servidora UFPel
Greice de Almeida Schiavon - Ecóloga
Guilherme Azevedo – Técnico Eletrônica Bagé
Guilherme Backes – Relações Internacionais UFSM
Guilherme Gonçalves da Luz –Cinema e Animação UFPel
Gustavo Oliveira - Pelotas
Helder Porto Oliveira - Sociólogo
Igor Gallo - Gari
Inácio Crochemore Mohnsam da Silva – Professor Educação Física
Inês Ualt Nobre – São Leopoldo
Ismael Machado Pereira – Estudante FURG
Jaciara Vaz Lopes – Ciências Sociais UFPel
Jackes Douglas Manke dos Santos - Ecólogo
Jackson Silva - Advogado
Jáder Marjam Borges Vianna - Pelotas
Jamila Saleh - Bancária
Janaína Corrêa Moreira – Porto Pelotas
Jaqueline Tavares Schaefer – Engenheira Agrônoma
Jayaris Thayana Busanello
João Henrique Bazan de Moraes - Pelotas
João Luiz Xavier Carapeto - Designer
Joscelito Berneira – Educador Físico
José Henrique Oliveira – Soldador Pelotas
José Joaquim Mais Martins - Turismólogo
José Mário Benitez – Contabilista Bagé
Josiele Cardoso Carneiro – Engenheira Agrônoma Uruguaiana
Juan Sampaio Neitzke – Pres Grêmio Alfredo Simon
Júlia Rodeghiero – Engenheira Agrônoma
Juliano Farias Pureza – Técnico Eletromecânica
Júlio César Campello da Fonseca - Pelotas
Júlio César Medina Madruga - Pelotas
Karen Quadros – Ciências Sociais UFPel
Karina Weber – Design UFPel
Karine Ferreira - Pelotas
Katiúscia Fonseca dos Santos – Engenheira Agônoma
Lara Dias Diaz – Biologia FURG
Lasier Silveira Lima – Engenheiro Agrônomo
Leandro Oliveira - Pelotas
Leandro Tabeleão -Pelotas
Leonardo (Mano) Lotuffo - Pelotas
Letícia Bueno -
Livian Lino Netto - Socióloga
Louise Berndt Muller – História UFPel
Louise Gonçalves da Luz - Designer
Luan Badia – Candidato a Vereador PSOL Pelotas2008
Lúcia Pereira - Pelotas
Luciano Janecka – Professor Educação Física
Luís Felipe Taborda - Pelotas
Luís Fernando Folha - Advogado
Luis Henrique Porto Oliveira - Pelotas
Luiza Crochemore Mohnsam da Silva - Estudante
Maicon Volnei de Freitas das Neves – Direito UFPel
Marcel Alves - Jornalista
Marcela Thoncke de Lima -
Marcelo Oliveira - Pelotas
Márcio Gonçalves – Engenheiro Agrônomo
Maria Anita Oliveira - Pelotas
Maria da Graça Naparo Chaves - Pelotas
Marlene Porto Oliveira – Manicure Pelotas
Marlon Diogo de Araújo - Administrador
Marlon Dutra – Meteorologia UFPel
Martha Davies Kraft Rovere -
Matheus Genske Siqueira - Filósofo
Mauro Ramis Ramos - Pelotas
Maycom Pereira Guex - Pelotas
Michele Folha - Advogada
Nadir Lisboa Santos - Pelotas
Natalia Carvalho da Rosa – Advogada Pelotas
Natálie Pacheco Oliveira -
Nathalie Marlem Franco
Niúra da Costa Pinheiro – Estudante Enfermagem
Otávio D’Ávila - odontólogo
Otávio Matos – Engenheiro Agrônomo
Pamela Kurz
Paola Oliveira - Pelotas
Patrícia Lameirão – Estudante Letras
Patrícia Paz Herrmel – Enfermagem UFPel
Patrick (cerquinha)
Patrick Santos
Paula Mello Oliveira Alquati - Arquiteta
Paulo Sérgio Medeiros Baptista
Peter Duarte – Rio Grande
Priscila Tavares Brittes – Rio Grande
Rafael de Lima Petry – Cientista da Computação
Rafael Matarredona Netto – Engenheiro Agrônomo Músico
Rafael Vergara (Raul) – Filosofia UFPel
Rélber Gonçalves – Biologia UFPel
Renata Funari Barbosa – Arquitetura UFPel
Ricardo Frascolla – Veterinário
Richard Betanzzos – Ciências Sociais UFPel
Richele Tejada - Pelotas
Rita Malaguez – Engenheira Agrônoma
Rita Oliveira - Pelotas
Riva’dávia Pereira - Canoas
Roberta Borges Mello – Assistente Social
Roberta Fonseca – Engenheira Agrônoma
Roberta Luzzardi – Engenheira Agrônoma
Roberta Rodeghiero Guex -
Roberto Neves – Comunicação UCPel
Robledo Gonçalves – Técnico em Sistemas de Informação
Róbson Braz – Técnico Eletromecânica
Rodrigo (Baiano) Carvalho - Odontólogo
Rodrigo Lopes Ribeiro – Letras UNIPAMPA Jaguarão
Rodrigo Pereira - Pelotas
Róger Lemos Meireles - Odontólogo
Ronivon Svenson Smechel - Geógrafo
Samira Audeh – Engenheira Agrônoma
Sarah Fiorelli de Carvalho – Agronomia UFPel
Sílvia Carpenedo – Engenheira Agrônoma
Síntia Fischer -
Talita Machado Wurdig – Engenheira Agrônoma
Tamara Oswald – História UFPel
Tatiane Jorge Macedo
Theresinha Rodrigues Oliveira - Pelotas
Thiago Oleiro - Professor Rio Grande
Ulisses Fernando Scanferla - Pelotas
Vanessa Chevarria – Engenheira Agrônoma
Vanessa Gonçalves – Engenheira Agrônoma
Vani Letícia Fonseca dos Santos - Filósofa
Verônica Lisboa Santos – Engenheira Agrônoma
Vinícius Langort Nunes – Agronomia UFPel
Violeta Cavalheiro – Engenheira Agrônoma
Vivian Wrege – Professora Letras
Wagner Pedrotti – Advogado Pelotas
Yimi Walter Premazzi da Silveira Júnior – Música UFPel
Zarlete Wurdig – Pelotas

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E se o Lenin tivesse Twitter?

O país está novamente paralisado assistindo a Copa do Mundo de futebol. Nada de diferente, a cada 4 anos é assim. Mesmo com a tragédia no Nordeste causada pelas chuvas e pela irresponsabilidade dos governantes, o máximo que ocorreu foi um divisão no tempo do noticiário entre a Copa e o Nordeste.

Há no entanto uma diferença interessante na cobertura da Copa da África. A relação entre o técnico da Seleção Brasileira Dunga e a Rede Globo é bastante conturbada, o pico da briga foi no último domingo a noite, após o jogo do Brasil com a Costa do Marfim, o técnico se desentendeu com um jornalista da Globo, dizendo-lhe diversos palavrões.

A resposta da Rede Globo foi imediata: no Programa Fantástico o jornalista Tadeu Schmidt (um dos mais carismáticos da emissora) foi ao ataque contra Dunga, tratando de afirmar que tal comportamento não era compatível com o de um técnico da seleção e que a situação não poderia continuar.

Quem conhece um pouco a influência da Rede Globo no Brasil pode ter pensado que começava ali o “ataque final” contra o técnico, tudo indicava que já na segunda feira pela manhã Dunga sofreria ataques até nos programas sobre culinária.

Não foi assim. Depois do Programa Fantástico, a Rede Globo pouco ou nada comentou sobre o episódio. Fui procurar alguma resposta para isso e encontrei uma hipótese, que me parece bem razoável. No mesmo domingo à noite, minutos depois de acabar o programa que tinha atacado o técnico, o tópico mais comentado no Twitter Brasil era “Cala a boca Tadeu Schimidt”. Tinha se formado uma clara rede de apoio ao técnico, um contra-ataque imediato à emissora mais assistida no país.

Talvez a minha hipótese esteja errada, pode a Rede Globo não ter continuado a briga porque não quis confundir uma briga com o técnico com uma briga com a seleção – um patrimônio nacional – ou por qualquer outro motivo. Mas o “Cala a boca Tadeu Schimidt” é realmente algo forte, “articulado” no Twitter, que nas últimas semanas já se mostrou um excelente mecanismo de pressão nos parlamentares para a aprovação do Projeto Ficha Limpa.

Em tempos de poucas mobilizações nas ruas, o Twitter parece ter substituído a forma como a classe média se manifesta. Não creio que a internet e as inúmeras redes sociais possam servir de padrão para as mobilizações, a maioria da população não tem acesso à rede mundial de computadores, e ainda acredito que o bom e velho “bafo na nuca” seja mais eficiente. Por outro lado, é inegável que as ferramentas virtuais podem ser interessantes. Neste momento por exemplo, o PSOL está organizando através no Twitter doações para as vítimas da tragédia no Nordeste, o que pode dar bons resultados.

Ainda sobre a Copa do mundo, a Rede Globo e o Twitter: está sendo organizado pela internet o “Dia sem Globo” para esta sexta feira. É um convite para que o povo assista ao jogo contra Portugal em outra emissora, mais uma parte da rede de apoio ao Dunga. Se der certo será muito mais Fantástico que o programa de domingo à noite, um golpe na emissora que controla a comunicação no Brasil. Numa dessas, só consigo me perguntar: e se o Lenin tivesse Twitter?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

PRONTO SOCORRa-me senão morro no SUSto

A idéia deste texto é um simples retrato, ou melhor, uma descrição de momentos vividos dentro de um pronto socorro em Pelotas, e uma relação com uma notícia preocupante vinculada no jornal de maior circulação da cidade.

Esse relato é pertinente porque mesmo com as particularidades do sistema de saúde local, certamente em outras cidades o quadro não difere muito do nosso. Não é “achismo” (arte de achar) da minha parte, pois esporadicamente vê-se nos noticiários brasileiros a vida por entre os corredores de nossos hospitais públicos. Em geral são imagens desfocadas, frutos de câmeras escondidas (por que afinal de contas não se pode filmar a parte interna de um hospital), mas mesmo estas podem captar angustiantes momentos como a ultrajante permanência nos corredores do hospital, nada mais absurdo do que receber atendimento em uma maca, cadeira escolar ou até mesmo em pé.

A regra das disposições por paciente é conforme a gravidade da situação, ou seja, paciente grave deitado, nada mais obvio, mas o corredor é o leito por tempo incerto, tempo esse que quanto mais você passa mais angustiante lhe é, a começar pela sala de espera. Em situação recente tive “bom” tempo de espera, o que me oportunizou ver suntuosos lances como: pernas quebradas, de tal forma que eu não consiga imaginar que um dia será reconstituída, homenzarrão com ferimento na cabeça escondendo-se para não o verem chorar, ou ainda mães em desespero com seus filhos convalescendo em seus braços.

É, e a espera continua... Porque a lógica de atendimento é por ordem de desgraça (ou melhor, gravidade) e não por ordem de chegada. Nada mais justo, mas isso traz em mim (q fui ao PS por simples problema alérgico) um sentimento de culpa por estar ocupando tempo e espaço de outra pessoa com problema pior. Sentimento reforçado pelo médico, orientando que eu deveria ter procurado o posto de saúde do meu bairro.

Bom! Minha resposta é única: Se a alergia tivesse me avisado de sua chegada eu teria agendado uma consulta – com duas semanas de antecedência - para este referido dia. Pois no Postinho do meu bairro é assim: consulta, só agendando com no mínimo duas semanas de antecedência. Cabe lembrar que o atual Prefeito se elegeu dizendo que teria um posto em cada esquina, lógico que ninguém acreditou, mas é promessa de campanha, e tem de ser cobrada.

Depois de mais um “quando for assim não venha ao PS,” - afirmativa do profissional da saúde, que eu entendo e concordo perfeitamente - veio o diagnostico e a receita, e me resta trilhar corredores até a saída em que observo cenas que certamente ocorrem diariamente nos corredores: o paciente que reclama da demora em seu atendimento e o médico e/ou enfermeiro que justifica “estou fazendo o trabalho de 3”.

E a situação é exatamente esta, é difícil fazer milagre. Tenho a ligeira impressão que deve ser difícil trabalhar num espaço insuficiente, com menos profissionais que o necessário, escassez de material, reclamações constantes e ainda executar com agilidade, destreza e eficiência as tarefas que dizem respeito a nada mais nada menos que a vida de seres humanos. Que profissão difícil!!!

Ao ver os profissionais da saúde em um Pronto Socorro, me lembrei daquele personagem de seriado norte-americano, o “Magaiver”. Ele realizava sozinho tarefas das mais absurdas e perigosas com um mínimo de material. No entanto, até o Magaiver para construir uma bomba, por exemplo, precisava de uma mola, um parafuso e um chiclete. No caso dos nossos “Magaivers” da saúde, falta-lhes o mínimo de material, sendo assim muito mais difícil realizar as tarefas absurdas e perigosas do dia-a-dia de um Pronto-Socorro.

Talvez analogia com bomba não seja das melhores porque a idéia não é destruir, não se defende aqui a destruição do Sistema Único de Saúde. Muito pelo contrario, construir, ampliar, e urgentemente melhor administrar.

Aliás, em noticia do Diário Popular de sexta (18 de Junho) fomos informados que a Prefeitura de Pelotas deixou de repassar para Santa Casa 4,2 milhões de reais. O que obviamente acarreta em danos imediatos no atendimento.

O Excelentíssimo Secretário da Saúde enfrenta a situação afirmando que tudo pode ser resolvido mediante conversa. Conversa?! Pois é, mas que conversa fiada... hein? Esse dinheiro tem de ser repassado logo, imediatamente, pois a população não merece sofrer os reflexos.

O sistema já tem problemas, levando em conta a verba que é repassada pelo governo federal (que é insuficiente e consegue ser reduzida ano após ano). Pior ainda, se os administradores municipais não gerenciarem a saúde com a concepção de prioridade que o tema precisa, nossos corredores estarão mais cheios e nossos Magaivers estarão trabalhando por 10 e não por 3.

Júlio César Pinto Domingues - Professor de Sociologia e morador do Bairro Areal

domingo, 20 de junho de 2010

PSOL apresenta Candidatos

No sábado, dia 19 de Junho, o PSOL realizou Convenção no Rio Grande do Sul. Foi referendado o nome de Pedro Ruas, Vereador de Porto Alegre, como Candidato ao Governo do Estado. Completa a chapa ao Palácio Piratini a educadora Marliane dos Santos, Candidata à Vice. Para o Senado foram apresentados os nomes de Bernadete Menezes, servidora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Luiz Carlos Lucas, professor aposentado da Universidade Federal de Pelotas.

Na convenção também foi aprovada a chapa proporcional, 39 Candidatos à Deputado Estadual e 37 á Deputado Federal. O destaque e prioridade do Partido na chapa proporcional é certamente Luciana Genro, que concorre à reeleição como Deputada Federal, para continuar realizando o trabalho fundamental de combater a corrupção e os privilégios dos mais ricos.

O PSOL da Zona Sul do Estado contribui significativamente na construção da Convenção. Na chapa majoritária a região estará muito bem representada pelo professor aposentado Luiz Carlos Lucas, ex-Presidente do ANDES, candidato à Prefeito pelo PSOL de Pelotas no ano de 2008. O Professor Lucas é o único Candidato ao Senado da Zona Sul do Estado.

Dentre os nomes do Partido para a disputa de vagas na Câmara Federal o PSOL apresentou também uma chapa qualificada. Maicon Nachtigall, natural do Capão do Leão, Policial Rodoviário Federal e militante dos direitos humanos, em especial da luta pela livre expressão sexual. Também vinculada à luta pelos direitos humanos o partido apresentou o nome de Winnie Bueno, 22 anos, estudante de Direito da UFPel, militante das lutas do movimento negro e do movimento estudantil.

O PSOL de Rio Grande também contará com um nome na disputa por vaga na Câmara Federal, Paulo Roberto Martins, o Paulo Mano, é funcionário da CORSAN, foi o candidato a Vereador mais votado pelo PSOL na cidade em 2008, tem longa trajetória na luta por transporte público de qualidade e na defesa do meio ambiente. O Partido apresenta ainda o professor de História Mário San Segundo, natural de Bagé, com trajetória no movimento estudantil em Pelotas e na luta dos educadores em todo o Estado.

Para a disputa de vagas na Assembléia Legislativa Estadual o Partido lançou Candidaturas em três cidades. De Dom Pedrito vem o advogado Fabrício Nunes, fundador do PSOL e militante histórico da esquerda na região da campanha. A luta dos camponeses pela reforma agrária estará também representada na chapa proporcional do PSOL, Pedro Stein, assentado no Município de Piratini, e lutador histórico do MST. Ainda na disputa por vagas na Assembléia Legislativa está Jurandir Silva, Engenheiro Agrônomo, Presidente do PSOL Pelotas, candidato à Vice-Prefeito na cidade em 2008.

No dia 30 de Junho, em São Paulo-SP, o PSOL realiza sua Convenção Nacional Eleitoral, onde será referendado o nome de Plínio de Arruda Sampaio como pré-candidato à Presidência da República, buscando romper com a falsa polarização entre PT e PSDB. A Presidente Nacional do PSOL Heloísa Helena disputará uma vaga no Senado pelo Estado de Alagoas, buscando a representação do Partido para lutar pelos direitos do povo em uma casa legislativa tomada por escândalos de corrupção.

A campanha eleitoral começa no dia 6 de Julho, o PSOL buscará realizar os debates políticos fundamentais para a sociedade Brasileira, que contemplam a luta contra a corrupção e os privilégios dos latifundiários e grandes empresários, na luta por uma sociedade justa, fraterna e igualitária.

sábado, 19 de junho de 2010

Convenção PSOL - RS

PSOL oficializa Pedro Ruas como candidato ao Piratini
A educadora Marliane Santos comporá a chapa como vice

A militância do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade do Rio Grande do Sul, reunida neste sábado, 19 de junho, no salão da Igreja N. Sra. da Pompeia, em Porto Alegre, homologou suas candidaturas aos cargos executivos e legislativos para as eleições de 2010. O advogado trabalhista e vereador da Capital Pedro Ruas foi escolhido por unanimidade como candidato a governador, e compõe a chapa como vice a educadora e dirigente do Cpers/Sindicato Marliane Ferreira dos Santos, primeira mulher negra a disputar o Piratini.


"Temos uma chapa que vai crescer, inclusive, pelos erros dos nossos adversários, que são muitos e que caem cada vez mais em contradição", disse Ruas. "O voto no PSOL é o voto na esquerda. Não 'um' voto na esquerda, mas 'o' voto na esquerda. Quero ir para o debate com Yeda Crusius - com os outros candidatos também, é claro, mas especialmente com Yeda. Para cobrar diretamente dela a corrupção que denunciamos neste governo. O combate à corrupção é obrigação de um partido popular e social como o PSOL!" Ruas também defendeu uma revisão da dívida do Estado com a União: "Eu acredito que ela já tenha sido paga várias vezes. Que dívida é essa que enquanto mais se paga mais aumenta? Temos que mostrar quem sempre ganha enquanto há miseráveis no Rio Grande do Sul. É nosso papel mostrar que isso não é destino e denunciar por que isso acontece."


Concorrem ao Senado o professor da UFPel Luiz Carlos Lucas e a funcionária da Ufrgs Bernardete Menezes, a Berna. Na disputa pela primeira cadeira do PSOL na Assembleia Legislativa, estão 39 candidatos, entre eles, o presidente regional do partido, Roberto Robaina. Disputam a Câmara Federal 37 candidatos: Luciana Genro busca à reeleição, assim como seu suplente Geraldinho, que assumiu o mandato durante quatro meses, em 2009.


Na eleição nacional, Plínio de Arruda Sampaio é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República.


Fonte lucianagenro.com.br

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lula veta fim do fator previdenciário

O esperado veto presidencial à emenda que acaba com o fator previdenciário foi anunciado nesta terça-feira, 15, horas antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol. O assunto, é claro, acabou não ganhando a atenção merecida da grande imprensa ou do grande público. Já o reajuste de 7,7% para os aposentados – que antes de ser aprovado pelo Congresso, e mesmo depois, era considerado nefasto pelo governo, com os ministros da área econômica dizendo que a medida levaria o país à falência – foi sancionado por Lula. Não é para menos: em ano eleitoral, com sua candidata em plena campanha, o governo não pode bancar esse desgaste com os aposentados, grande parte eleitores.

A Câmara começa agora a trabalhar uma alternativa à extinção do fator. O presidente interino, Marco Maia, sugeriu à noite como proposta alternativa o texto do então relator do Projeto de Lei 3299/2008 na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, que, segundo ele, “coloca a discussão em outro patamar”.

Com informações da Agência Câmara

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas

14/06/2010
Leo Lince

O reajuste de 7,7% para os aposentados com rendimentos acima do salário mínimo, depois de muita pressão, foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional. Alvíssaras! Em véspera de eleições o parlamento é sempre mais permeável. A decisão, no entanto, continua na gaveta do chefe do Executivo. Em dúvida sobre o risco eleitoral de sua propensão ao veto, ele empurra com a barriga.
Enquanto isso e até por conta de tal hesitação e demora, o oligopólio midiático sintonizado com o modelo dominante aciona seus tentáculos. Todo santo dia o cidadão é bombardeado pelo chumbo grosso de uma propaganda contrária ao aumento dos aposentados. A disputa pelos recursos do orçamento público, normal nas condições de um maior equilíbrio democrático, ganha uma vestimenta ideológica marcada por uma impressionante agressividade.
Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação nacional, cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas, sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública, uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.
Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como resultante de um suposto “clamor técnico”. Mentira. Não há “clamor técnico” algum, nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1 bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não se ouviu falar em “clamor técnico” ou “poderoso fator de desequilíbrio”.
Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, chamou de estorvo. Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$ 2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudesse garantir empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades. Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.
A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas.
Leo Lince é sociólogo e mestre em ciência social
Fonte: Fundação Lauro Campos

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Lições em um jogo de abertura da Copa do Mundo

Nesta sexta-feira, dia 11 de Junho, começa a Copa do Mundo de Futebol. O jogo de abertura é entre a anfitriã África do Sul e o México. Esta é uma das situações da vida que me fazem lembrar um episódio da minha infância que teve enorme conseqüência na minha formação pessoal.

A primeira Copa do Mundo que assisti foi em 1990, disputada na Itália. Na época morávamos no Bairro Simões Lopes e assistiríamos à Copa em nossa primeira televisão a cores.

Naquele tempo quem abria a Copa não era a seleção anfitriã, mas a seleção campeã da edição anterior. O jogo de abertura foi entre Argentina e Camarões. A primeira, campeã em 1986, contava com o craque Diego Maradona, era amplamente favorita para aquela partida e candidatíssima ao título, já a seleção de Camarões era uma incógnita, uma zebra, como todas as seleções africanas. Até a Copa de 90.

Estávamos lá, eu e a minha irmã Janaína (6 e 10 anos, respectivamente) assistindo o jogo. Passados uns 10 ou 15 minutos o nosso pai chegou do trabalho. Fomos correndo avisá-lo de que estava passando o jogo de abertura, perguntamos se queria assistir com a gente.

Ele não gostava de ver jogos de futebol, menos ainda lhe agradava ficar parado na frente de uma televisão, por aí, não deu muita bola pro nosso convite. Apenas nos perguntou quem estava jogando e para quem estávamos torcendo.

Ingenuamente, como qualquer criança, dissemos que o jogo era entre Argentina e Camarões e que estávamos torcendo para a Argentina. Ele nos perguntou o motivo da torcida e explicamos que obviamente a Argentina era mais forte e venceria o jogo.

Foi então que ele resolveu nos dar uma lição. Ficou sério e começou a nos interrogar sobre o porquê de torcermos para “o mais forte” e porque o mais forte “sempre tinha que ganhar”. Ficamos ali pensativos, e um pouco por respeito outro pouco por vontade passamos a torcer para Camarões.

A “virada de casaca” nos deu uma grande alegria. Para a surpresa da maioria absoluta das pessoas que assistiam àquela partida, o atacante Omam Biyik fez o gol da vitória de Camarões. Lembro até hoje da imagem da zebrinha passando na TV e da nossa comemoração pelo gol e pela vitória da seleção africana.

Poderia ter sido um simples jogo de futebol, um episódio esquecível, no entanto ficou marcado como uma lição: não precisamos torcer pelos mais fortes e os mais fortes nem sempre vão ganhar. Os “mais fracos” podem vencer e vão vencer, e vamos comemorar, como comemoramos o gol do Omam Biyik.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A necessidade de um programa para a Zona Sul do RS

No início desta semana fomos convidados para participar do lançamento da campanha “Acorda Zona Sul”, organizada pela Associação dos Municípios da Zona Sul do Estado. O objetivo da campanha é convencer os eleitores da Região a votarem em candidatos daqui nas eleições de Outubro.

Fomos até lá, eu e o camarada Maicon Nachtigall, pré-candidato à Deputado Federal pelo PSOL, para observar a atividade e compreender melhor seus objetivos. Quando recebi o convite logo me questionei sobre a existência de um programa político para a ZS defendido pelos organizadores do evento.

Durante a atividade me pareceu nítido que o objetivo é exatamente eleger parlamentares vinculados às cidades da ZS, anulando o debate programático ou partidário. Os números de fato demonstram que a região tem uma sub-representação na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, nas eleições de 2006, um total de 600 mil eleitores elegeu apenas dois Deputados Estaduais.

O que não me parece possível e debater a necessidade de a região ter representação política e se desenvolver, sem relacionar este debate com a necessidade de um programa, afinal de conta há diversos projetos e possibilidades neste campo, muita delas completamente contraditórias.

Tenho absoluta certeza de que em um pequeno texto não seja possível esgotar o conjunto de necessidades da região, nem as possíveis propostas para a retomada do desenvolvimento da Zona Sul do RS. No entanto, tenho convicção de que os postulantes a cargos legislativos ou executivos têm a obrigação de apresentar suas idéias sobre o tema.

É neste sentido que o PSOL tem se debruçado no debate sobre a estagnação da Zona Sul do Estado. Nas eleições de 2008 em Pelotas apresentamos posição contundente contra a instalação da monocultura de eucalipto e das empresas de celulose na Região. Empresas estas que aos primeiros sinais da crise econômica mundial em 2008 abandonaram seus projetos na região, deixando apenas a monocultura instalada anteriormente e seus impactos ambientais e sociais, sem gerar um décimo das oportunidades de emprego prometidas.

Esta experiência deve nos fazer refletir sobre o modelo de desenvolvimento historicamente proposto pelos setores tradicionais e as suas claras limitações. Há muito tempo vende-se a idéia de que o desenvolvimento da região passa pela atração de grandes empresas, que vão gerar muitos empregos e resolver em definitivo o problema da estagnação.

Ora, nem precisamos de uma análise histórica muito profunda para perceber o fracasso desta linha de raciocínio. Além do exemplo das empresas de celulose temos nas últimas décadas o das indústrias de conserva. Tais indústrias geraram empregos durante uma etapa, tanto diretos, quanto indiretos, em especial na agricultura, que tinha grande parte de sua produção voltada para abastecer estas empresas. Quando a atividade deixou de ser rentável para os empresários, estes simplesmente migraram para outras regiões.

A saída para a região é justamente a diversificação de atividades econômicas, sem que tenhamos uma extrema dependência de um ou outro ramo da indústria ou empresário. Temos aqui inúmeras potencialidades a serem exploradas.

O fortalecimento da pequena agricultura, com o desenvolvimento de pequenas agroindústrias e do comércio local é um caminho inicial, tais atividades geram muito mais empregos do que a agricultura latifundiária e grandes empresas. É dever de um parlamentar da região cobrar dos governos políticas públicas que contemplem este tema. Incentivos fiscais para tais atividades e assistência técnica pública a partir de uma EMATER redimensionada são passos iniciais urgentes.

A realização de auditoria séria nas dívidas do Estado com a União e o combate implacável à corrupção permitiriam que o Estado realizasse um investimento pesado em serviços públicos essenciais como saúde e educação. Desta forma poderíamos caminhar no sentido de solucionar a situação caótica da saúde pública, que afeta a grande maioria da população, desprovida de plano de saúde ou possibilidade de consultas e procedimentos médicos particulares. Nesta mesma medida, estaríamos gerando empregos nas áreas médica e educacional, em que temos abundância de formação profissional na região.

O fortalecimento do potencial cultural da região é também uma ferramenta de desenvolvimento. Podemos citar os exemplos do Carnaval Pelotense e do Grupo Tholl, como referências sob este aspecto. Tais iniciativas alcançaram reconhecimento nacional e a partir do envolvimento da comunidade possibilitam a existência de perspectivas para um grande número de pessoas, por méritos daqueles que idealizaram e se esforçaram em sua construção. As iniciativas culturais consagradas da região devem ser tratadas com o seu devido respeito, e não como um mero palanque eleitoral, sendo apoiadas às vésperas de eleições.

Temos muito o que tratar sobre o programa e as possibilidades de desenvolvimento da Zona Sul do Estado. De nossa parte colocamos alguns pilares, que passam pela diversificação de atividades e pela necessária sustentabilidade econômica, social e ecológica das mesmas. O que não aceitamos é a mera disputa eleitoreira, sem programa ou comprometimento político com absolutamente nada, permitindo que o “estelionato eleitoral”corra solto e alegre.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Do ambientalismo utópico ao ambientalismo científico

Repasso aqui texto do camarada Edilson Silva, Presidente do PSOL de Pernambuco.

Do ambientalismo utópico ao ambientalismo científico
07/06/2010
Edilson Silva

Em tempos de keynesianismo neoliberal, ou neoliberalismo de estado, que são simultaneamente tempos de brutal crise ambiental, torna-se inevitável o aparecimento de um amplo sentimento ambientalista que se pode chamar de utópico. Este ambientalismo acha possível combinar capitalismo em crise terminal com práticas “verdes”. Nada mais progressivo, mas ingênuo, quando se trata de uma suposta consciência que brota honestamente na sociedade. Quando se trata de discurso político em período eleitoral, esta ingenuidade pode dar lugar ao mais puro oportunismo, tamanha as contradições que a realidade impõe.

Há tempos o sistema capitalista já não consegue compatibilizar seu crescimento econômico com desenvolvimento social, com avanço e ampliação do processo civilizatório. Suas crises sistêmicas vêm sendo contornadas com artifícios os mais variados e “inteligentes” na última metade de século: intervenção estatal para garantir demanda; revoluções tecnológicas nas telecomunicações, na informática, nas áreas de farmácia e medicina, criando novas e indispensáveis mercadorias de consumo de massa; mercados futuros para ampliar virtualmente o tamanho das economias; obsolescência perceptiva e real de mercadorias, construindo padrões frenéticos de consumo na sociedade; transformação de tudo o que é possível em mercadoria a serviço do funcionamento do mercado, com privatizações na educação, saúde, previdência, segurança, água, energia elétrica, comunicação, transportes, etc. Tudo isto sempre combinado com um processo constante de intensificação da exploração do trabalho humano, produzindo cada vez mais e com menos trabalhadores, portanto, com cada vez mais desemprego.

Neste quadro, que mais há de fazer a elite do capital para manter a taxa de lucro médio no sistema, após a acumulação simultânea de todos estes artifícios? Que tal Copas do Mundo em países cuja república possui fissuras do tamanho da lua, como África do Sul e Brasil? Sim, nestes países pode-se construir estádios e todos os tipos de equipamentos esportivos, tudo novo, sem reformar nada, consumindo os recursos públicos para engordar o milionário negócio dos esportes mixados com entretenimento de massa e turismo. Depois dos eventos, tudo que foi construído fica lá, perdido, como aconteceu com o Pan do Rio de Janeiro. Desperdício de recursos naturais, materiais e humanos.

Ou então, que tal construir a terceira maior usina hidroelétrica do mundo, Belo Monte, destruindo a reserva do Xingu, mesmo sabendo que há outras formas mais baratas e racionais de se produzir e usar a energia elétrica? Ou ainda, que tal fazer a transposição das águas de um dos maiores rios do Brasil, o Velho Chico, para atender a interesses industriais de poucos, sabendo-se que para matar a sede do povo do semi-árido há formas mais baratas e que não agridem aquele bioma? E destruir mais de 600 hectares de mata nativa em Suape para dar mais vazão ao garimpo em que se transformou aquele lugar?

Vamos além. Que tal liberar a transgenia na agricultura para garantir superávits numa balança comercial que visa robustecer uma reserva cambial que atende majoritariamente aos interesses do capital especulativo, outra faceta burguesa para manter a remuneração de seu capital parasitário e improdutivo?

A devastação ambiental, com seu conseqüente aquecimento global e todos os males daí derivados, não é fruto somente da estupidez de governos e empresários perversos. É fruto natural da irracionalidade presente na lógica sistêmica do capitalismo agonizante, que se materializa na gestão pública na forma de políticas econômicas e de suposto crescimento econômico que se submetem a esta lógica.

Portanto, não há que se falar em ambientalismo sério que não critique duramente as políticas que viabilizam a presidência da lógica destrutiva do capital sobre o conjunto da sociedade. Este ambientalismo é, na melhor das hipóteses, utópico. Um ambientalismo sério, coerente, combina-se inevitavelmente com a proposta do socialismo, em que o planejamento democrático e solidário se sobrepõe ao mercado, e no qual o crescimento econômico está necessariamente vinculado ao desenvolvimento social.

Edilson Silva