sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sobre o debate entre os candidatos ao Governo do RS

Me atrevo a escrever algumas palavras sobre o debate de ontem a noite na TV Bandeirantes. Pelo pouco que consegui acompanhar da repercussão dos debates entre os governadores de todo o país, o PSOL teve presença marcante em vários deles, foi assim com Edilson em Pernambuco, Marcos Mendes na Bahia, Paulo Bufalo em São Paulo, Jeferson no Rio de Janeiro, entre outros.

No primeiro debate entre os presidenciáveis, semana passada na mesma emissora, Plínio de Arruda Sampaio fez uma afirmação que explica o porquê do protagonismo do PSOL: todos dizem que vão fazer o bem e que não vão fazer o mal, e isto é óbvio, é necessário superar esta obviedade e tratar os problemas como eles realmente são.

No debate entre os candidatos ao Governo do Rio Grande do Sul ontem, Pedro Ruas foi o diferencial exatamente por isso. A urgência de maiores investimentos em saúde, o combate às desigualdades sociais, a retomada de uma educação de qualidade no Estado, o ataque ao crime organizado, a redução das desigualdades regionais e mais alguns temas são absolutamente óbvios.

A superação da obviedade por parte de Pedro Ruas se dá justamente a partir da exposição dos dois eixos programáticos do PSOL: o combate à corrupção e a auditoria na dívida do Estado com o Governo Federal. É exatamente daí que seriam disponibilizados os recursos para os investimentos tão urgentes no Estado. (veja o programa do PSOL-RS em http://tinyurl.com/3agbgnb)

A partir da exposição dos eixos programáticos, é necessário chamar os demais candidatos a este debate, e foi exatamente o que fez Pedro Ruas. Ao contrário dos desejos mais íntimos da Governadora Yeda Crusius, se depender do PSOL, não passará um debate em que esta não terá de se explicar sobre o rombo nos cofres públicos durante seu governo, comprovado por operações da Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Assim como não passará ileso José Fogaça, sem ser perguntado sobre o motivo de sua negativa em instalar a CPI da saúde em Porto Alegre, visto que é obrigação de um Governante combater a corrupção, defendendo as investigações, principalmente em casos como este, com inúmeros indícios de fraude e a suspeita de assassinato do Secretário de Saúde.

Ainda sobre a saúde Pedro Ruas trouxe ao debate o tema da regulamentação da emenda 29, que obriga os Governos a aplicarem 12 % do orçamento na saúde, perguntando a Tarso Genro porque o Governo de Lula, do PT de Tarso, do PMDB de Fogaça e do PP da chapa de Yeda esta impedindo a regulamentação da emenda. Tarso fugiu pela velha desculpa da correlação de forças entre os Partidos no Congresso Nacional, que “curiosamente” só serve para explicar os casos em que o povo é prejudicado.

Ruas aproveitou também o debate para demonstrar as contradições das alianças inexplicáveis nos processos eleitorais, que nada tem de confluência de idéias, realizadas apenas para garantir mais tempo de rádio e TV e partilhar os cargos em um futuro Governo.

Pedro Ruas foi a cara do PSOL, o diferencial do debate, como tem sido desde o início do processo eleitoral e continuará sendo até o final. O voto da esquerda é 50! 50 é PSOL!

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