O que diferencia o PSOL dos demais partidos?
30/06/2010
Confira a entrevista que nosso pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul, vereador Pedro Ruas, concedeu ao jornal virtual Sul 21:
Entrevista: Rachel Dutra
O que diferencia o PSOL dos demais partidos de esquerda, que têm essências similares?
O PSOL não abre mão de ser socialista. Ser socialista, para nosso partido, não é uma estratégia, existe um projeto socialista. E cuidamos muito do método. Essa linha de ser absorvido pelo sistema é detestada pelo PSOL. Os partidos tradicionais, e infelizmente neste aspecto eu tenho que incluir o PT, acabam disputando o poder pelo poder. Não há coisa tão contraditória como essa busca do PT por aliança com o PTB, que aqui em Porto Alegre está envolvido nos escândalos da Secretaria Municipal de Saúde. Só no caso do Instituto Sollus, são quase 10 milhões desviados da Prefeitura de Porto Alegre. A empresa Reação tem várias irregularidades e tem todos os seus proprietários no Presídio Central acusados de homicídio do Secretário de Saúde. Então, a gente vê o PT procurando o PTB, o PMDB com o PDT. No plano nacional o PT e o PMDB juntos. Estes partidos não têm um programa de governo, eles tem um projeto de ganhar. E essas alianças esdrúxulas acabam tendo necessariamente o preço da repartição dos cargos. Ai é aquele horror que vemos por ai. Por que? Porque não há programa de governo. Tu não vês uma discussão sobre o plano de governo. Nós temos a pretensão de ter o melhor programa de governo desta eleição e isto não é difícil. O dinheiro público é sagrado. No nosso ponto de vista ele é intocável e todos aqueles que fugirem esta linha serão combatidos e por nós denunciados.
Qual o seu plano de governo?
Nós temos projetos para todas as áreas, mas dois eixos principais norteiam o nosso programa. O primeiro é a discussão quanto à dívida estadual. A dívida do RS consome 18% da receita líquida anual do RS. Em 2008 foram pagos R$ 2,638 bilhões de reais à União, dados da FEE e do Dieese. Este recurso, separadamente, é mais do que se gasta com segurança e saúde. E ai tem um problema sério na dívida: nenhum dos candidatos ao governo ou até mesmos os atuais governantes e antigos governantes sabem do que é composta a dívida. Essa divida é um mistério, ninguém sabe o que foi pago ou emprestado ao RS, quanto de multa tem ali. Eu garanto que ninguém sabe. Afirmo e explico. Há 20 anos esta dívida era de R$ 3,4 bilhões. Em 1998, quando o governador Antonio Britto fez o acordo, a dívida já era de R$ 13,8 bilhões. O ano passado ela já somava R$ 39 bilhões. Agora analisemos. Se em 2008 pagamos R$ 2,638 bilhões, a dívida já teria sido paga, mas essa dívida só aumenta. Tem alguma coisa errada. Então nós temos que ter uma auditoria para saber o que compõem essa dívida. Isso tem que ser levado à opinião pública, ai pode ter inclusive crime, responsabilidade pessoal.
A gente sabe que recentemente a governadora Yeda Crusius (PSDB) fez um empréstimo R$ 1,1 bilhão no exterior. O avalista é a União e essa dívida nem está incluída nos valores que mencionei antes, que já é outro absurdo. Então o primeiro eixo é isso. Combater essa dívida que para nós é irreal e fica sangrando o Estado todos os anos.
O segundo eixo é combater a corrupção. Tem estudos internacionais que dizem que nos países onde há corrupção, o prejuízo orçamentário é cerca de 30% do erário. Então, o combate permanente à corrupção, em qualquer escalão, em qualquer forma, em qualquer área, é imprescindível.
Nós temos propostas na área da educação que prioriza cumprir o piso nacional e que, para nossa vergonha, o governo atual está questionando junto ao Supremo Tribunal Federal. E nós defendemos também a escola de turno integral, nos conceitos de Darcy Ribeiro e Leonel Brizola. Esta proposta de ensino é mais cara, mas é uma escola que contempla todas as refeições, opções de atividades contra turno e reforço escolar, liberando os pais e ocupando pedagogicamente as crianças. E não há melhor investimento que este, pensando nos resultados de longo prazo.
Na área da saúde nós temos esse escândalo do caso Sollus, que está ligado a um dos programas essenciais para o acesso à saúde entre as comunidades mais pobres, o Programa de Saúde da Família (PSF). Nós vamos investir neste programa.
O ex-prefeito José Fogaça (PMDB) e a governadora Yeda Crusius (PSDB) foram denunciados por corrupção pelo senhor. Como será sua atuação em relação a eles, agora seus adversários nesta eleição?
Eu acho uma oportunidade excelente. No caso da Yeda, nós podemos questionar tudo que nós já denunciamos em 2009. E no caso do Fogaça, perguntar tudo que aconteceu no município e o fato de ele ter influenciado para impedir assinaturas visando a abertura de uma CPI no caso Sollus.
Então esse será o tom da campanha do PSOL?
Sim. Nós vamos questionar. Nós vamos questionar o PTB, vamos questionar o PT. A questão, por exemplo, do apoio à candidatura da Roseana Sarney. A oligarquia mais corrupta é a do Sarney no Maranhão e esta é apoiada pelo PT. Isso não está diretamente ligado ao candidato Tarso Genro, mas é o partido dele e isso é uma questão complexa. E os mensaleiros nós também vamos questionar. Como José Dirceu volta com toda essa pompa, uma pessoa envolvida em delitos? Então é claro que vamos questionar. Este será um momento importante.
Como avalia a visão dos eleitores diante dessa postura mais agressiva do PSOL nos debates?
Eleitoralmente eu não sei esta resposta. Mas, isso não é uma opção eleitoreira, é uma posição política. É a missão do PSOL. Claro que tem uma motivação ideológica que justifica o posicionamento político. Eu acredito inclusive que a escolha da executiva nacional do partido, ao sugerir meu nome para a candidatura ao governo do Estado, é em razão desse tom. Eu tenho formação jurídica e posso fazer esse confronto.
Como está sendo organizada a campanha do PSOL?
O PSOL é um partido organicamente pequeno, apesar de termos propostas grandes. Nós não temos recursos, então vamos fazer uma campanha conforme as nossas possibilidades. Nós temos aqui no RS um mandato federal que é da Luciana Genro e dois municipais, um em Porto Alegre e outro em Viamão. Nós temos o fundo partidário e não temos financiadores. Mas é possível fazer um bom trabalho. Vamos apostar numa boa propaganda eleitoral no rádio e na TV, e utilizaremos os militantes para a produção da campanha e na militância das ruas. Vou dar um exemplo meu para ilustrar isso. Há 12 anos, o Centro de Pesquisas do Correio Povo era muito preciso. Na primeira pesquisa, quando eu concorri ao Senado, tinha 0,6% e cheguei a 12% do eleitorado gaúcho ao final da campanha. Só dentro de Porto Alegre eu fiz mais de 12 mil votos. E o que eu usei para a campanha foi a propaganda eleitoral gratuita e a militância. Então se o trabalho for sério e focado, dá para conseguir atingir uma fatia boa do eleitorado. Eu não sei qual é o limite, podemos variar de 5% a 25%.
Qual a sua expectativa com o segundo turno, já que as últimas pesquisas mostram os demais candidatos com bastante vantagem em relação aos partidos menores, como o PSOL?
No PSOL não há o debate do segundo turno. Há o debate forte sobre o primeiro turno. Do ponto de vista de chegar à população, não há nada mais importante na política do que as eleições. Então tu tens que viver a eleição pensando no primeiro turno. Discutir o segundo turno não tem sentido. Prefiro pensar quantos vamos eleger na proporcional. Isso é vital. Temos que reeleger a Luciana Genro, podemos fazer mais um ou dois deputados federais. Nós não temos nenhum deputado na Assembleia e quase derrubamos a Yeda, só nos faltou o flagrante.
O acesso ao material que foi utilizado em suas denúncias foi por intermédio de Lair Ferst?
Não posso dizer. Mas o processo está andando. Nós tivemos acesso ao material, mas nunca tivemos posse. E nós só divulgamos porque morreu Marcelo Cavalcanti, nós iríamos aguardar para divulgar. Mas como ele morreu, nós entendemos que era nossa obrigação. O que não está andando é a conclusão do inquérito sobre a morte do Cavalcanti em Brasília, não se sabe a causa da morte ainda. Como pode, depois de um ano e meio?
E como estão esses processos no Rio Grande do Sul, hoje?
Aqui no RS o processo está assim: o Ministério Público Federal denunciou, na fraude do DETRAN, nove pessoas, entre elas a governadora Yeda e seu marido. Depois houve um recurso em relação à governadora, que é um recurso questionando a competência da justiça federal – para ajudar a governadora. Nesta tese quem seria competente para julgar a governadora seria o Superior Tribunal de Justiça. O Tribunal Federal de recursos acolheu esta tese, suspendeu o processo e excluiu o nome da governadora, no ano passado. O MPF, a partir daí, também recorreu e o recurso foi admitido. Então, tem duas hipóteses: ou ela é julgada pela justiça federal, como originalmente começou, ou pelo STJ, que é a tese do recurso dela. É bom esclarecer que em nenhum dos casos existe uma alegação de inocência, é uma questão de ver quem vai julgar ou não, e isso demora realmente. E com isso, os demais acusados são beneficiados no tempo, em função da demora da situação da governadora Yeda, porque não tem como ouvir uma testemunha que não possa falar sobre ela. Então para esclarecer isso tudo a campanha também servirá. Nós do PSOL não temos dúvida que a governadora não é inocente. E o MP também não tem dúvida, tanto que ele fez a denúncia e pediu o afastamento dela do cargo por improbidade administrativa.
Em relação a alianças, por que a esquerda não se uniu, já que há outros partidos com programas semelhantes?
Nós conversamos, mas as siglas tinham uma orientação nacional, assim como nós. Então respeitamos. Até porque seria contraditório respeitarmos a nossa e não respeitarmos a deles. Então nossa chapa será puro-sangue, só o PSOL. A própria escolha do vice também foi algo escolhido no diálogo e no respeito às correntes do partido, porque o PSOL historicamente tem muitas correntes. A mesma coisa para escolha da chapa proporcional. Mas apesar de respeitarmos isso, o mais importante não são as chapas e sim o programa de governo. Os eleitores não querem saber quem as nossas correntes querem, querem saber o que nós vamos fazer. E eles estão certos, as correntes são questões internas.
Fonte: pedroruaspsol.wordpress.com
"Vários irmãos se recolhem e vão em frente. Vários também escravizam sua mente. Eu sei bem, quebro a corrente onde passo, e planto a minha semente. Gafanhotos nunca roubam de que tem. Predadores, senhores que mentem, esperem sentados, a rendição, nossa vitória não será por acidente." Stab, de Planet Hemp.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
sábado, 26 de junho de 2010
parcial do manifesto - mais de 200 por uma nova política
Repasso aqui uma parcial do manifesto de lançamento da nossa Candidatura de Deputado Estadual. Abaixo o manifesto e parte da turma que assinou pela intenet.
POR UMA NOVA POLÍTICA
MANIFESTO DE APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE JURANDIR SILVA PARA DEPUTADO ESTADUAL
É necessária uma nova política. Com novos patamares programáticos e éticos, que contemplem a defesa de um novo modelo de desenvolvimento para a Zona Sul do Estado, desenvolvimento este, que deve ser sustentável economicamente, ecologicamente e socialmente. Resgatando perspectivas para a juventude e os trabalhadores em geral, combatendo intransigentemente a corrupção.
Nos processos eleitorais temos a oportunidade de demonstrar, através da campanha e do voto, nossa indignação com a política tradicional, com a corrupção, com as desigualdades sociais e todas as injustiças que vivenciamos cotidianamente.
Para quebrar o ciclo vicioso da velha política, apresentamos e apoiamos o nome de Jurandir Silva como pré-candidato à Deputado Estadual pelo PSOL. Jurandir tem 26 anos, é Engenheiro Agrônomo, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas. Militou no movimento estudantil, participando do Grêmio do CEFET-RS (hoje IFSUL) entre 2000 e 2002 e do DCE da UFPel, entre 2004 e 2006. É fundador do Partido Socialismo e Liberdade, Presidente do Partido em Pelotas e membro do Diretório Estadual.
A construção de uma nova sociedade e de uma nova política passa pelo fortalecimento de novas alternativas de poder. É neste sentido que apresentamos o nome de Jurandir Silva para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, para que, em conjunto com nomes como Luciana Genro e Heloísa Helena, o PSOL possa fortalecer um espaço político à esquerda na sociedade.
Adriana Prestes Dias – Nutricionista
Adriane Tejada – Pelotas
Alex Molina – Estudante Química de Alimentos UFPel
Alexandre Luna - Estudante
Aline Moura Gonçalves – Capão do Leão
Ana Carolina Buck Azevedo Torres – Engenheira Agrônoma
Ana Lucia Silva - Canoas
Anderson Vaz – Técnico Eletromecânica
André Kabke Bainy – Estudante Direito UFPel
André Samuel Strassburger – Engenheiro Agrônomo
Anne Caroline Motta Ferreira - Física
Aroldo Garcia dos Anjos - Professor São Leopoldo
Augusto Schimidt – DCE UCPel
Bernardo Reis da Silva - Arquiteto
Betina Zell – Médica Veterinária
Bruna da Silva Sassi – Estudante Biologia FURG
Bruna Obes Corrêa – Engenheira Agrônoma
Bruna Roxo – Presidente Grêmio IFSUL
Bruno Barboza - Pelotas
Camila Pegoraro – Engenheira Agrônoma
Carine Reckziegel - Bióloga
Carla Canto Bueno Lima -
Caroline de Paula Lopes - Bióloga
Caroline Moreira Rodrigues – Engenheira Agrônoma
Caroline Wincke - Socióloga Caxias do Sul
Ceni Rodrigues Borges – Servidora UFPel
César Lascano - Estudante
Clarice Silva de Ávila - Pelotas
Clarisse Silva Oliveira – Engenheira Agrônoma
Cláudia Vogel Ely - Física
Cláudio André Amaral – Técnico em Telecomunicações
Cláudio Ricardo Reinhardt – Sociólogo
Clomar Naparo Chaves - Pelotas
Cristiane Bonow Rodrigues - Pelotas
Cristiane Oliveira – Pelotas
Cristiano José Oliveira - Pelotas
Cristiano Naparo Chaves - Pelotas
Daiane Gonçalves - Bióloga
Daniel Barbier – Estudante História UFPel
Daniel Garcia - Pelotas
Daniel Vargas de Moura - Professor
Daniela Vergara - Pelotas
Daniele Marin – Engenharia Química UFSM
Daniele Robaina – Direito UFPel
Denise de Souza Martins – Engenheira Agrônoma
Diego (Titanic) Moura - Bancário
Diego - Agronomia UFPel
Diego Macedo Moraes - Design
Doglas Dias Paes – Letras FURG
Edgar Parobé – Téc Enfermagem Músico
Elisa Rondan Caetano – Biologia UCPel
Eva Oliveira - Pelotas
Fabiane Oliveira - Pelotas
Fabiano Mascarenhas – Agronomia UFPel
Fábio (Finno) Belém – Teatro UFPel
Fábio Heck – Bancário
Fabrício Lucas – Engenheiro Agrícola
Felipe Veiga – Engenharia de Automação FURG
Fernanda Ávila – Filosofia UFPel
Fernanda Bitencourt - Pelotas
Fernanda Fonseca da Fonseca – Assisente Social Rio Grande
Fernanda Luft – Engenharia Geológica UFPel
Fernando Gustavo Schneider – Odontologia UFPel
Gabriel Eicholz – São Lourenço do Sul
Gabriel Heidrich Medeiros – História UFPel Músico
Gabriel Rodrigues -
Gabriela Ferreira -
Gabriele Meirelles – Professora Educação Física
Gilles Tedesco - Bioquímico
Gilsane Mari da Costa Pinheiro – Servidora UFPel
Giovani Oliveira - Pelotas
Gisele Moura – Assistente Social
Graça Corrêa – Servidora UFPel
Greice de Almeida Schiavon - Ecóloga
Guilherme Azevedo – Técnico Eletrônica Bagé
Guilherme Backes – Relações Internacionais UFSM
Guilherme Gonçalves da Luz –Cinema e Animação UFPel
Gustavo Oliveira - Pelotas
Helder Porto Oliveira - Sociólogo
Igor Gallo - Gari
Inácio Crochemore Mohnsam da Silva – Professor Educação Física
Inês Ualt Nobre – São Leopoldo
Ismael Machado Pereira – Estudante FURG
Jaciara Vaz Lopes – Ciências Sociais UFPel
Jackes Douglas Manke dos Santos - Ecólogo
Jackson Silva - Advogado
Jáder Marjam Borges Vianna - Pelotas
Jamila Saleh - Bancária
Janaína Corrêa Moreira – Porto Pelotas
Jaqueline Tavares Schaefer – Engenheira Agrônoma
Jayaris Thayana Busanello
João Henrique Bazan de Moraes - Pelotas
João Luiz Xavier Carapeto - Designer
Joscelito Berneira – Educador Físico
José Henrique Oliveira – Soldador Pelotas
José Joaquim Mais Martins - Turismólogo
José Mário Benitez – Contabilista Bagé
Josiele Cardoso Carneiro – Engenheira Agrônoma Uruguaiana
Juan Sampaio Neitzke – Pres Grêmio Alfredo Simon
Júlia Rodeghiero – Engenheira Agrônoma
Juliano Farias Pureza – Técnico Eletromecânica
Júlio César Campello da Fonseca - Pelotas
Júlio César Medina Madruga - Pelotas
Karen Quadros – Ciências Sociais UFPel
Karina Weber – Design UFPel
Karine Ferreira - Pelotas
Katiúscia Fonseca dos Santos – Engenheira Agônoma
Lara Dias Diaz – Biologia FURG
Lasier Silveira Lima – Engenheiro Agrônomo
Leandro Oliveira - Pelotas
Leandro Tabeleão -Pelotas
Leonardo (Mano) Lotuffo - Pelotas
Letícia Bueno -
Livian Lino Netto - Socióloga
Louise Berndt Muller – História UFPel
Louise Gonçalves da Luz - Designer
Luan Badia – Candidato a Vereador PSOL Pelotas2008
Lúcia Pereira - Pelotas
Luciano Janecka – Professor Educação Física
Luís Felipe Taborda - Pelotas
Luís Fernando Folha - Advogado
Luis Henrique Porto Oliveira - Pelotas
Luiza Crochemore Mohnsam da Silva - Estudante
Maicon Volnei de Freitas das Neves – Direito UFPel
Marcel Alves - Jornalista
Marcela Thoncke de Lima -
Marcelo Oliveira - Pelotas
Márcio Gonçalves – Engenheiro Agrônomo
Maria Anita Oliveira - Pelotas
Maria da Graça Naparo Chaves - Pelotas
Marlene Porto Oliveira – Manicure Pelotas
Marlon Diogo de Araújo - Administrador
Marlon Dutra – Meteorologia UFPel
Martha Davies Kraft Rovere -
Matheus Genske Siqueira - Filósofo
Mauro Ramis Ramos - Pelotas
Maycom Pereira Guex - Pelotas
Michele Folha - Advogada
Nadir Lisboa Santos - Pelotas
Natalia Carvalho da Rosa – Advogada Pelotas
Natálie Pacheco Oliveira -
Nathalie Marlem Franco
Niúra da Costa Pinheiro – Estudante Enfermagem
Otávio D’Ávila - odontólogo
Otávio Matos – Engenheiro Agrônomo
Pamela Kurz
Paola Oliveira - Pelotas
Patrícia Lameirão – Estudante Letras
Patrícia Paz Herrmel – Enfermagem UFPel
Patrick (cerquinha)
Patrick Santos
Paula Mello Oliveira Alquati - Arquiteta
Paulo Sérgio Medeiros Baptista
Peter Duarte – Rio Grande
Priscila Tavares Brittes – Rio Grande
Rafael de Lima Petry – Cientista da Computação
Rafael Matarredona Netto – Engenheiro Agrônomo Músico
Rafael Vergara (Raul) – Filosofia UFPel
Rélber Gonçalves – Biologia UFPel
Renata Funari Barbosa – Arquitetura UFPel
Ricardo Frascolla – Veterinário
Richard Betanzzos – Ciências Sociais UFPel
Richele Tejada - Pelotas
Rita Malaguez – Engenheira Agrônoma
Rita Oliveira - Pelotas
Riva’dávia Pereira - Canoas
Roberta Borges Mello – Assistente Social
Roberta Fonseca – Engenheira Agrônoma
Roberta Luzzardi – Engenheira Agrônoma
Roberta Rodeghiero Guex -
Roberto Neves – Comunicação UCPel
Robledo Gonçalves – Técnico em Sistemas de Informação
Róbson Braz – Técnico Eletromecânica
Rodrigo (Baiano) Carvalho - Odontólogo
Rodrigo Lopes Ribeiro – Letras UNIPAMPA Jaguarão
Rodrigo Pereira - Pelotas
Róger Lemos Meireles - Odontólogo
Ronivon Svenson Smechel - Geógrafo
Samira Audeh – Engenheira Agrônoma
Sarah Fiorelli de Carvalho – Agronomia UFPel
Sílvia Carpenedo – Engenheira Agrônoma
Síntia Fischer -
Talita Machado Wurdig – Engenheira Agrônoma
Tamara Oswald – História UFPel
Tatiane Jorge Macedo
Theresinha Rodrigues Oliveira - Pelotas
Thiago Oleiro - Professor Rio Grande
Ulisses Fernando Scanferla - Pelotas
Vanessa Chevarria – Engenheira Agrônoma
Vanessa Gonçalves – Engenheira Agrônoma
Vani Letícia Fonseca dos Santos - Filósofa
Verônica Lisboa Santos – Engenheira Agrônoma
Vinícius Langort Nunes – Agronomia UFPel
Violeta Cavalheiro – Engenheira Agrônoma
Vivian Wrege – Professora Letras
Wagner Pedrotti – Advogado Pelotas
Yimi Walter Premazzi da Silveira Júnior – Música UFPel
Zarlete Wurdig – Pelotas
POR UMA NOVA POLÍTICA
MANIFESTO DE APOIO À PRÉ-CANDIDATURA DE JURANDIR SILVA PARA DEPUTADO ESTADUAL
É necessária uma nova política. Com novos patamares programáticos e éticos, que contemplem a defesa de um novo modelo de desenvolvimento para a Zona Sul do Estado, desenvolvimento este, que deve ser sustentável economicamente, ecologicamente e socialmente. Resgatando perspectivas para a juventude e os trabalhadores em geral, combatendo intransigentemente a corrupção.
Nos processos eleitorais temos a oportunidade de demonstrar, através da campanha e do voto, nossa indignação com a política tradicional, com a corrupção, com as desigualdades sociais e todas as injustiças que vivenciamos cotidianamente.
Para quebrar o ciclo vicioso da velha política, apresentamos e apoiamos o nome de Jurandir Silva como pré-candidato à Deputado Estadual pelo PSOL. Jurandir tem 26 anos, é Engenheiro Agrônomo, Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas. Militou no movimento estudantil, participando do Grêmio do CEFET-RS (hoje IFSUL) entre 2000 e 2002 e do DCE da UFPel, entre 2004 e 2006. É fundador do Partido Socialismo e Liberdade, Presidente do Partido em Pelotas e membro do Diretório Estadual.
A construção de uma nova sociedade e de uma nova política passa pelo fortalecimento de novas alternativas de poder. É neste sentido que apresentamos o nome de Jurandir Silva para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, para que, em conjunto com nomes como Luciana Genro e Heloísa Helena, o PSOL possa fortalecer um espaço político à esquerda na sociedade.
Adriana Prestes Dias – Nutricionista
Adriane Tejada – Pelotas
Alex Molina – Estudante Química de Alimentos UFPel
Alexandre Luna - Estudante
Aline Moura Gonçalves – Capão do Leão
Ana Carolina Buck Azevedo Torres – Engenheira Agrônoma
Ana Lucia Silva - Canoas
Anderson Vaz – Técnico Eletromecânica
André Kabke Bainy – Estudante Direito UFPel
André Samuel Strassburger – Engenheiro Agrônomo
Anne Caroline Motta Ferreira - Física
Aroldo Garcia dos Anjos - Professor São Leopoldo
Augusto Schimidt – DCE UCPel
Bernardo Reis da Silva - Arquiteto
Betina Zell – Médica Veterinária
Bruna da Silva Sassi – Estudante Biologia FURG
Bruna Obes Corrêa – Engenheira Agrônoma
Bruna Roxo – Presidente Grêmio IFSUL
Bruno Barboza - Pelotas
Camila Pegoraro – Engenheira Agrônoma
Carine Reckziegel - Bióloga
Carla Canto Bueno Lima -
Caroline de Paula Lopes - Bióloga
Caroline Moreira Rodrigues – Engenheira Agrônoma
Caroline Wincke - Socióloga Caxias do Sul
Ceni Rodrigues Borges – Servidora UFPel
César Lascano - Estudante
Clarice Silva de Ávila - Pelotas
Clarisse Silva Oliveira – Engenheira Agrônoma
Cláudia Vogel Ely - Física
Cláudio André Amaral – Técnico em Telecomunicações
Cláudio Ricardo Reinhardt – Sociólogo
Clomar Naparo Chaves - Pelotas
Cristiane Bonow Rodrigues - Pelotas
Cristiane Oliveira – Pelotas
Cristiano José Oliveira - Pelotas
Cristiano Naparo Chaves - Pelotas
Daiane Gonçalves - Bióloga
Daniel Barbier – Estudante História UFPel
Daniel Garcia - Pelotas
Daniel Vargas de Moura - Professor
Daniela Vergara - Pelotas
Daniele Marin – Engenharia Química UFSM
Daniele Robaina – Direito UFPel
Denise de Souza Martins – Engenheira Agrônoma
Diego (Titanic) Moura - Bancário
Diego - Agronomia UFPel
Diego Macedo Moraes - Design
Doglas Dias Paes – Letras FURG
Edgar Parobé – Téc Enfermagem Músico
Elisa Rondan Caetano – Biologia UCPel
Eva Oliveira - Pelotas
Fabiane Oliveira - Pelotas
Fabiano Mascarenhas – Agronomia UFPel
Fábio (Finno) Belém – Teatro UFPel
Fábio Heck – Bancário
Fabrício Lucas – Engenheiro Agrícola
Felipe Veiga – Engenharia de Automação FURG
Fernanda Ávila – Filosofia UFPel
Fernanda Bitencourt - Pelotas
Fernanda Fonseca da Fonseca – Assisente Social Rio Grande
Fernanda Luft – Engenharia Geológica UFPel
Fernando Gustavo Schneider – Odontologia UFPel
Gabriel Eicholz – São Lourenço do Sul
Gabriel Heidrich Medeiros – História UFPel Músico
Gabriel Rodrigues -
Gabriela Ferreira -
Gabriele Meirelles – Professora Educação Física
Gilles Tedesco - Bioquímico
Gilsane Mari da Costa Pinheiro – Servidora UFPel
Giovani Oliveira - Pelotas
Gisele Moura – Assistente Social
Graça Corrêa – Servidora UFPel
Greice de Almeida Schiavon - Ecóloga
Guilherme Azevedo – Técnico Eletrônica Bagé
Guilherme Backes – Relações Internacionais UFSM
Guilherme Gonçalves da Luz –Cinema e Animação UFPel
Gustavo Oliveira - Pelotas
Helder Porto Oliveira - Sociólogo
Igor Gallo - Gari
Inácio Crochemore Mohnsam da Silva – Professor Educação Física
Inês Ualt Nobre – São Leopoldo
Ismael Machado Pereira – Estudante FURG
Jaciara Vaz Lopes – Ciências Sociais UFPel
Jackes Douglas Manke dos Santos - Ecólogo
Jackson Silva - Advogado
Jáder Marjam Borges Vianna - Pelotas
Jamila Saleh - Bancária
Janaína Corrêa Moreira – Porto Pelotas
Jaqueline Tavares Schaefer – Engenheira Agrônoma
Jayaris Thayana Busanello
João Henrique Bazan de Moraes - Pelotas
João Luiz Xavier Carapeto - Designer
Joscelito Berneira – Educador Físico
José Henrique Oliveira – Soldador Pelotas
José Joaquim Mais Martins - Turismólogo
José Mário Benitez – Contabilista Bagé
Josiele Cardoso Carneiro – Engenheira Agrônoma Uruguaiana
Juan Sampaio Neitzke – Pres Grêmio Alfredo Simon
Júlia Rodeghiero – Engenheira Agrônoma
Juliano Farias Pureza – Técnico Eletromecânica
Júlio César Campello da Fonseca - Pelotas
Júlio César Medina Madruga - Pelotas
Karen Quadros – Ciências Sociais UFPel
Karina Weber – Design UFPel
Karine Ferreira - Pelotas
Katiúscia Fonseca dos Santos – Engenheira Agônoma
Lara Dias Diaz – Biologia FURG
Lasier Silveira Lima – Engenheiro Agrônomo
Leandro Oliveira - Pelotas
Leandro Tabeleão -Pelotas
Leonardo (Mano) Lotuffo - Pelotas
Letícia Bueno -
Livian Lino Netto - Socióloga
Louise Berndt Muller – História UFPel
Louise Gonçalves da Luz - Designer
Luan Badia – Candidato a Vereador PSOL Pelotas2008
Lúcia Pereira - Pelotas
Luciano Janecka – Professor Educação Física
Luís Felipe Taborda - Pelotas
Luís Fernando Folha - Advogado
Luis Henrique Porto Oliveira - Pelotas
Luiza Crochemore Mohnsam da Silva - Estudante
Maicon Volnei de Freitas das Neves – Direito UFPel
Marcel Alves - Jornalista
Marcela Thoncke de Lima -
Marcelo Oliveira - Pelotas
Márcio Gonçalves – Engenheiro Agrônomo
Maria Anita Oliveira - Pelotas
Maria da Graça Naparo Chaves - Pelotas
Marlene Porto Oliveira – Manicure Pelotas
Marlon Diogo de Araújo - Administrador
Marlon Dutra – Meteorologia UFPel
Martha Davies Kraft Rovere -
Matheus Genske Siqueira - Filósofo
Mauro Ramis Ramos - Pelotas
Maycom Pereira Guex - Pelotas
Michele Folha - Advogada
Nadir Lisboa Santos - Pelotas
Natalia Carvalho da Rosa – Advogada Pelotas
Natálie Pacheco Oliveira -
Nathalie Marlem Franco
Niúra da Costa Pinheiro – Estudante Enfermagem
Otávio D’Ávila - odontólogo
Otávio Matos – Engenheiro Agrônomo
Pamela Kurz
Paola Oliveira - Pelotas
Patrícia Lameirão – Estudante Letras
Patrícia Paz Herrmel – Enfermagem UFPel
Patrick (cerquinha)
Patrick Santos
Paula Mello Oliveira Alquati - Arquiteta
Paulo Sérgio Medeiros Baptista
Peter Duarte – Rio Grande
Priscila Tavares Brittes – Rio Grande
Rafael de Lima Petry – Cientista da Computação
Rafael Matarredona Netto – Engenheiro Agrônomo Músico
Rafael Vergara (Raul) – Filosofia UFPel
Rélber Gonçalves – Biologia UFPel
Renata Funari Barbosa – Arquitetura UFPel
Ricardo Frascolla – Veterinário
Richard Betanzzos – Ciências Sociais UFPel
Richele Tejada - Pelotas
Rita Malaguez – Engenheira Agrônoma
Rita Oliveira - Pelotas
Riva’dávia Pereira - Canoas
Roberta Borges Mello – Assistente Social
Roberta Fonseca – Engenheira Agrônoma
Roberta Luzzardi – Engenheira Agrônoma
Roberta Rodeghiero Guex -
Roberto Neves – Comunicação UCPel
Robledo Gonçalves – Técnico em Sistemas de Informação
Róbson Braz – Técnico Eletromecânica
Rodrigo (Baiano) Carvalho - Odontólogo
Rodrigo Lopes Ribeiro – Letras UNIPAMPA Jaguarão
Rodrigo Pereira - Pelotas
Róger Lemos Meireles - Odontólogo
Ronivon Svenson Smechel - Geógrafo
Samira Audeh – Engenheira Agrônoma
Sarah Fiorelli de Carvalho – Agronomia UFPel
Sílvia Carpenedo – Engenheira Agrônoma
Síntia Fischer -
Talita Machado Wurdig – Engenheira Agrônoma
Tamara Oswald – História UFPel
Tatiane Jorge Macedo
Theresinha Rodrigues Oliveira - Pelotas
Thiago Oleiro - Professor Rio Grande
Ulisses Fernando Scanferla - Pelotas
Vanessa Chevarria – Engenheira Agrônoma
Vanessa Gonçalves – Engenheira Agrônoma
Vani Letícia Fonseca dos Santos - Filósofa
Verônica Lisboa Santos – Engenheira Agrônoma
Vinícius Langort Nunes – Agronomia UFPel
Violeta Cavalheiro – Engenheira Agrônoma
Vivian Wrege – Professora Letras
Wagner Pedrotti – Advogado Pelotas
Yimi Walter Premazzi da Silveira Júnior – Música UFPel
Zarlete Wurdig – Pelotas
sexta-feira, 25 de junho de 2010
E se o Lenin tivesse Twitter?
O país está novamente paralisado assistindo a Copa do Mundo de futebol. Nada de diferente, a cada 4 anos é assim. Mesmo com a tragédia no Nordeste causada pelas chuvas e pela irresponsabilidade dos governantes, o máximo que ocorreu foi um divisão no tempo do noticiário entre a Copa e o Nordeste.
Há no entanto uma diferença interessante na cobertura da Copa da África. A relação entre o técnico da Seleção Brasileira Dunga e a Rede Globo é bastante conturbada, o pico da briga foi no último domingo a noite, após o jogo do Brasil com a Costa do Marfim, o técnico se desentendeu com um jornalista da Globo, dizendo-lhe diversos palavrões.
A resposta da Rede Globo foi imediata: no Programa Fantástico o jornalista Tadeu Schmidt (um dos mais carismáticos da emissora) foi ao ataque contra Dunga, tratando de afirmar que tal comportamento não era compatível com o de um técnico da seleção e que a situação não poderia continuar.
Quem conhece um pouco a influência da Rede Globo no Brasil pode ter pensado que começava ali o “ataque final” contra o técnico, tudo indicava que já na segunda feira pela manhã Dunga sofreria ataques até nos programas sobre culinária.
Não foi assim. Depois do Programa Fantástico, a Rede Globo pouco ou nada comentou sobre o episódio. Fui procurar alguma resposta para isso e encontrei uma hipótese, que me parece bem razoável. No mesmo domingo à noite, minutos depois de acabar o programa que tinha atacado o técnico, o tópico mais comentado no Twitter Brasil era “Cala a boca Tadeu Schimidt”. Tinha se formado uma clara rede de apoio ao técnico, um contra-ataque imediato à emissora mais assistida no país.
Talvez a minha hipótese esteja errada, pode a Rede Globo não ter continuado a briga porque não quis confundir uma briga com o técnico com uma briga com a seleção – um patrimônio nacional – ou por qualquer outro motivo. Mas o “Cala a boca Tadeu Schimidt” é realmente algo forte, “articulado” no Twitter, que nas últimas semanas já se mostrou um excelente mecanismo de pressão nos parlamentares para a aprovação do Projeto Ficha Limpa.
Em tempos de poucas mobilizações nas ruas, o Twitter parece ter substituído a forma como a classe média se manifesta. Não creio que a internet e as inúmeras redes sociais possam servir de padrão para as mobilizações, a maioria da população não tem acesso à rede mundial de computadores, e ainda acredito que o bom e velho “bafo na nuca” seja mais eficiente. Por outro lado, é inegável que as ferramentas virtuais podem ser interessantes. Neste momento por exemplo, o PSOL está organizando através no Twitter doações para as vítimas da tragédia no Nordeste, o que pode dar bons resultados.
Ainda sobre a Copa do mundo, a Rede Globo e o Twitter: está sendo organizado pela internet o “Dia sem Globo” para esta sexta feira. É um convite para que o povo assista ao jogo contra Portugal em outra emissora, mais uma parte da rede de apoio ao Dunga. Se der certo será muito mais Fantástico que o programa de domingo à noite, um golpe na emissora que controla a comunicação no Brasil. Numa dessas, só consigo me perguntar: e se o Lenin tivesse Twitter?
Há no entanto uma diferença interessante na cobertura da Copa da África. A relação entre o técnico da Seleção Brasileira Dunga e a Rede Globo é bastante conturbada, o pico da briga foi no último domingo a noite, após o jogo do Brasil com a Costa do Marfim, o técnico se desentendeu com um jornalista da Globo, dizendo-lhe diversos palavrões.
A resposta da Rede Globo foi imediata: no Programa Fantástico o jornalista Tadeu Schmidt (um dos mais carismáticos da emissora) foi ao ataque contra Dunga, tratando de afirmar que tal comportamento não era compatível com o de um técnico da seleção e que a situação não poderia continuar.
Quem conhece um pouco a influência da Rede Globo no Brasil pode ter pensado que começava ali o “ataque final” contra o técnico, tudo indicava que já na segunda feira pela manhã Dunga sofreria ataques até nos programas sobre culinária.
Não foi assim. Depois do Programa Fantástico, a Rede Globo pouco ou nada comentou sobre o episódio. Fui procurar alguma resposta para isso e encontrei uma hipótese, que me parece bem razoável. No mesmo domingo à noite, minutos depois de acabar o programa que tinha atacado o técnico, o tópico mais comentado no Twitter Brasil era “Cala a boca Tadeu Schimidt”. Tinha se formado uma clara rede de apoio ao técnico, um contra-ataque imediato à emissora mais assistida no país.
Talvez a minha hipótese esteja errada, pode a Rede Globo não ter continuado a briga porque não quis confundir uma briga com o técnico com uma briga com a seleção – um patrimônio nacional – ou por qualquer outro motivo. Mas o “Cala a boca Tadeu Schimidt” é realmente algo forte, “articulado” no Twitter, que nas últimas semanas já se mostrou um excelente mecanismo de pressão nos parlamentares para a aprovação do Projeto Ficha Limpa.
Em tempos de poucas mobilizações nas ruas, o Twitter parece ter substituído a forma como a classe média se manifesta. Não creio que a internet e as inúmeras redes sociais possam servir de padrão para as mobilizações, a maioria da população não tem acesso à rede mundial de computadores, e ainda acredito que o bom e velho “bafo na nuca” seja mais eficiente. Por outro lado, é inegável que as ferramentas virtuais podem ser interessantes. Neste momento por exemplo, o PSOL está organizando através no Twitter doações para as vítimas da tragédia no Nordeste, o que pode dar bons resultados.
Ainda sobre a Copa do mundo, a Rede Globo e o Twitter: está sendo organizado pela internet o “Dia sem Globo” para esta sexta feira. É um convite para que o povo assista ao jogo contra Portugal em outra emissora, mais uma parte da rede de apoio ao Dunga. Se der certo será muito mais Fantástico que o programa de domingo à noite, um golpe na emissora que controla a comunicação no Brasil. Numa dessas, só consigo me perguntar: e se o Lenin tivesse Twitter?
quarta-feira, 23 de junho de 2010
PRONTO SOCORRa-me senão morro no SUSto
A idéia deste texto é um simples retrato, ou melhor, uma descrição de momentos vividos dentro de um pronto socorro em Pelotas, e uma relação com uma notícia preocupante vinculada no jornal de maior circulação da cidade.
Esse relato é pertinente porque mesmo com as particularidades do sistema de saúde local, certamente em outras cidades o quadro não difere muito do nosso. Não é “achismo” (arte de achar) da minha parte, pois esporadicamente vê-se nos noticiários brasileiros a vida por entre os corredores de nossos hospitais públicos. Em geral são imagens desfocadas, frutos de câmeras escondidas (por que afinal de contas não se pode filmar a parte interna de um hospital), mas mesmo estas podem captar angustiantes momentos como a ultrajante permanência nos corredores do hospital, nada mais absurdo do que receber atendimento em uma maca, cadeira escolar ou até mesmo em pé.
A regra das disposições por paciente é conforme a gravidade da situação, ou seja, paciente grave deitado, nada mais obvio, mas o corredor é o leito por tempo incerto, tempo esse que quanto mais você passa mais angustiante lhe é, a começar pela sala de espera. Em situação recente tive “bom” tempo de espera, o que me oportunizou ver suntuosos lances como: pernas quebradas, de tal forma que eu não consiga imaginar que um dia será reconstituída, homenzarrão com ferimento na cabeça escondendo-se para não o verem chorar, ou ainda mães em desespero com seus filhos convalescendo em seus braços.
É, e a espera continua... Porque a lógica de atendimento é por ordem de desgraça (ou melhor, gravidade) e não por ordem de chegada. Nada mais justo, mas isso traz em mim (q fui ao PS por simples problema alérgico) um sentimento de culpa por estar ocupando tempo e espaço de outra pessoa com problema pior. Sentimento reforçado pelo médico, orientando que eu deveria ter procurado o posto de saúde do meu bairro.
Bom! Minha resposta é única: Se a alergia tivesse me avisado de sua chegada eu teria agendado uma consulta – com duas semanas de antecedência - para este referido dia. Pois no Postinho do meu bairro é assim: consulta, só agendando com no mínimo duas semanas de antecedência. Cabe lembrar que o atual Prefeito se elegeu dizendo que teria um posto em cada esquina, lógico que ninguém acreditou, mas é promessa de campanha, e tem de ser cobrada.
Depois de mais um “quando for assim não venha ao PS,” - afirmativa do profissional da saúde, que eu entendo e concordo perfeitamente - veio o diagnostico e a receita, e me resta trilhar corredores até a saída em que observo cenas que certamente ocorrem diariamente nos corredores: o paciente que reclama da demora em seu atendimento e o médico e/ou enfermeiro que justifica “estou fazendo o trabalho de 3”.
E a situação é exatamente esta, é difícil fazer milagre. Tenho a ligeira impressão que deve ser difícil trabalhar num espaço insuficiente, com menos profissionais que o necessário, escassez de material, reclamações constantes e ainda executar com agilidade, destreza e eficiência as tarefas que dizem respeito a nada mais nada menos que a vida de seres humanos. Que profissão difícil!!!
Ao ver os profissionais da saúde em um Pronto Socorro, me lembrei daquele personagem de seriado norte-americano, o “Magaiver”. Ele realizava sozinho tarefas das mais absurdas e perigosas com um mínimo de material. No entanto, até o Magaiver para construir uma bomba, por exemplo, precisava de uma mola, um parafuso e um chiclete. No caso dos nossos “Magaivers” da saúde, falta-lhes o mínimo de material, sendo assim muito mais difícil realizar as tarefas absurdas e perigosas do dia-a-dia de um Pronto-Socorro.
Talvez analogia com bomba não seja das melhores porque a idéia não é destruir, não se defende aqui a destruição do Sistema Único de Saúde. Muito pelo contrario, construir, ampliar, e urgentemente melhor administrar.
Aliás, em noticia do Diário Popular de sexta (18 de Junho) fomos informados que a Prefeitura de Pelotas deixou de repassar para Santa Casa 4,2 milhões de reais. O que obviamente acarreta em danos imediatos no atendimento.
O Excelentíssimo Secretário da Saúde enfrenta a situação afirmando que tudo pode ser resolvido mediante conversa. Conversa?! Pois é, mas que conversa fiada... hein? Esse dinheiro tem de ser repassado logo, imediatamente, pois a população não merece sofrer os reflexos.
O sistema já tem problemas, levando em conta a verba que é repassada pelo governo federal (que é insuficiente e consegue ser reduzida ano após ano). Pior ainda, se os administradores municipais não gerenciarem a saúde com a concepção de prioridade que o tema precisa, nossos corredores estarão mais cheios e nossos Magaivers estarão trabalhando por 10 e não por 3.
Júlio César Pinto Domingues - Professor de Sociologia e morador do Bairro Areal
Esse relato é pertinente porque mesmo com as particularidades do sistema de saúde local, certamente em outras cidades o quadro não difere muito do nosso. Não é “achismo” (arte de achar) da minha parte, pois esporadicamente vê-se nos noticiários brasileiros a vida por entre os corredores de nossos hospitais públicos. Em geral são imagens desfocadas, frutos de câmeras escondidas (por que afinal de contas não se pode filmar a parte interna de um hospital), mas mesmo estas podem captar angustiantes momentos como a ultrajante permanência nos corredores do hospital, nada mais absurdo do que receber atendimento em uma maca, cadeira escolar ou até mesmo em pé.
A regra das disposições por paciente é conforme a gravidade da situação, ou seja, paciente grave deitado, nada mais obvio, mas o corredor é o leito por tempo incerto, tempo esse que quanto mais você passa mais angustiante lhe é, a começar pela sala de espera. Em situação recente tive “bom” tempo de espera, o que me oportunizou ver suntuosos lances como: pernas quebradas, de tal forma que eu não consiga imaginar que um dia será reconstituída, homenzarrão com ferimento na cabeça escondendo-se para não o verem chorar, ou ainda mães em desespero com seus filhos convalescendo em seus braços.
É, e a espera continua... Porque a lógica de atendimento é por ordem de desgraça (ou melhor, gravidade) e não por ordem de chegada. Nada mais justo, mas isso traz em mim (q fui ao PS por simples problema alérgico) um sentimento de culpa por estar ocupando tempo e espaço de outra pessoa com problema pior. Sentimento reforçado pelo médico, orientando que eu deveria ter procurado o posto de saúde do meu bairro.
Bom! Minha resposta é única: Se a alergia tivesse me avisado de sua chegada eu teria agendado uma consulta – com duas semanas de antecedência - para este referido dia. Pois no Postinho do meu bairro é assim: consulta, só agendando com no mínimo duas semanas de antecedência. Cabe lembrar que o atual Prefeito se elegeu dizendo que teria um posto em cada esquina, lógico que ninguém acreditou, mas é promessa de campanha, e tem de ser cobrada.
Depois de mais um “quando for assim não venha ao PS,” - afirmativa do profissional da saúde, que eu entendo e concordo perfeitamente - veio o diagnostico e a receita, e me resta trilhar corredores até a saída em que observo cenas que certamente ocorrem diariamente nos corredores: o paciente que reclama da demora em seu atendimento e o médico e/ou enfermeiro que justifica “estou fazendo o trabalho de 3”.
E a situação é exatamente esta, é difícil fazer milagre. Tenho a ligeira impressão que deve ser difícil trabalhar num espaço insuficiente, com menos profissionais que o necessário, escassez de material, reclamações constantes e ainda executar com agilidade, destreza e eficiência as tarefas que dizem respeito a nada mais nada menos que a vida de seres humanos. Que profissão difícil!!!
Ao ver os profissionais da saúde em um Pronto Socorro, me lembrei daquele personagem de seriado norte-americano, o “Magaiver”. Ele realizava sozinho tarefas das mais absurdas e perigosas com um mínimo de material. No entanto, até o Magaiver para construir uma bomba, por exemplo, precisava de uma mola, um parafuso e um chiclete. No caso dos nossos “Magaivers” da saúde, falta-lhes o mínimo de material, sendo assim muito mais difícil realizar as tarefas absurdas e perigosas do dia-a-dia de um Pronto-Socorro.
Talvez analogia com bomba não seja das melhores porque a idéia não é destruir, não se defende aqui a destruição do Sistema Único de Saúde. Muito pelo contrario, construir, ampliar, e urgentemente melhor administrar.
Aliás, em noticia do Diário Popular de sexta (18 de Junho) fomos informados que a Prefeitura de Pelotas deixou de repassar para Santa Casa 4,2 milhões de reais. O que obviamente acarreta em danos imediatos no atendimento.
O Excelentíssimo Secretário da Saúde enfrenta a situação afirmando que tudo pode ser resolvido mediante conversa. Conversa?! Pois é, mas que conversa fiada... hein? Esse dinheiro tem de ser repassado logo, imediatamente, pois a população não merece sofrer os reflexos.
O sistema já tem problemas, levando em conta a verba que é repassada pelo governo federal (que é insuficiente e consegue ser reduzida ano após ano). Pior ainda, se os administradores municipais não gerenciarem a saúde com a concepção de prioridade que o tema precisa, nossos corredores estarão mais cheios e nossos Magaivers estarão trabalhando por 10 e não por 3.
Júlio César Pinto Domingues - Professor de Sociologia e morador do Bairro Areal
domingo, 20 de junho de 2010
PSOL apresenta Candidatos
No sábado, dia 19 de Junho, o PSOL realizou Convenção no Rio Grande do Sul. Foi referendado o nome de Pedro Ruas, Vereador de Porto Alegre, como Candidato ao Governo do Estado. Completa a chapa ao Palácio Piratini a educadora Marliane dos Santos, Candidata à Vice. Para o Senado foram apresentados os nomes de Bernadete Menezes, servidora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Luiz Carlos Lucas, professor aposentado da Universidade Federal de Pelotas.
Na convenção também foi aprovada a chapa proporcional, 39 Candidatos à Deputado Estadual e 37 á Deputado Federal. O destaque e prioridade do Partido na chapa proporcional é certamente Luciana Genro, que concorre à reeleição como Deputada Federal, para continuar realizando o trabalho fundamental de combater a corrupção e os privilégios dos mais ricos.
O PSOL da Zona Sul do Estado contribui significativamente na construção da Convenção. Na chapa majoritária a região estará muito bem representada pelo professor aposentado Luiz Carlos Lucas, ex-Presidente do ANDES, candidato à Prefeito pelo PSOL de Pelotas no ano de 2008. O Professor Lucas é o único Candidato ao Senado da Zona Sul do Estado.
Dentre os nomes do Partido para a disputa de vagas na Câmara Federal o PSOL apresentou também uma chapa qualificada. Maicon Nachtigall, natural do Capão do Leão, Policial Rodoviário Federal e militante dos direitos humanos, em especial da luta pela livre expressão sexual. Também vinculada à luta pelos direitos humanos o partido apresentou o nome de Winnie Bueno, 22 anos, estudante de Direito da UFPel, militante das lutas do movimento negro e do movimento estudantil.
O PSOL de Rio Grande também contará com um nome na disputa por vaga na Câmara Federal, Paulo Roberto Martins, o Paulo Mano, é funcionário da CORSAN, foi o candidato a Vereador mais votado pelo PSOL na cidade em 2008, tem longa trajetória na luta por transporte público de qualidade e na defesa do meio ambiente. O Partido apresenta ainda o professor de História Mário San Segundo, natural de Bagé, com trajetória no movimento estudantil em Pelotas e na luta dos educadores em todo o Estado.
Para a disputa de vagas na Assembléia Legislativa Estadual o Partido lançou Candidaturas em três cidades. De Dom Pedrito vem o advogado Fabrício Nunes, fundador do PSOL e militante histórico da esquerda na região da campanha. A luta dos camponeses pela reforma agrária estará também representada na chapa proporcional do PSOL, Pedro Stein, assentado no Município de Piratini, e lutador histórico do MST. Ainda na disputa por vagas na Assembléia Legislativa está Jurandir Silva, Engenheiro Agrônomo, Presidente do PSOL Pelotas, candidato à Vice-Prefeito na cidade em 2008.
No dia 30 de Junho, em São Paulo-SP, o PSOL realiza sua Convenção Nacional Eleitoral, onde será referendado o nome de Plínio de Arruda Sampaio como pré-candidato à Presidência da República, buscando romper com a falsa polarização entre PT e PSDB. A Presidente Nacional do PSOL Heloísa Helena disputará uma vaga no Senado pelo Estado de Alagoas, buscando a representação do Partido para lutar pelos direitos do povo em uma casa legislativa tomada por escândalos de corrupção.
A campanha eleitoral começa no dia 6 de Julho, o PSOL buscará realizar os debates políticos fundamentais para a sociedade Brasileira, que contemplam a luta contra a corrupção e os privilégios dos latifundiários e grandes empresários, na luta por uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
Na convenção também foi aprovada a chapa proporcional, 39 Candidatos à Deputado Estadual e 37 á Deputado Federal. O destaque e prioridade do Partido na chapa proporcional é certamente Luciana Genro, que concorre à reeleição como Deputada Federal, para continuar realizando o trabalho fundamental de combater a corrupção e os privilégios dos mais ricos.
O PSOL da Zona Sul do Estado contribui significativamente na construção da Convenção. Na chapa majoritária a região estará muito bem representada pelo professor aposentado Luiz Carlos Lucas, ex-Presidente do ANDES, candidato à Prefeito pelo PSOL de Pelotas no ano de 2008. O Professor Lucas é o único Candidato ao Senado da Zona Sul do Estado.
Dentre os nomes do Partido para a disputa de vagas na Câmara Federal o PSOL apresentou também uma chapa qualificada. Maicon Nachtigall, natural do Capão do Leão, Policial Rodoviário Federal e militante dos direitos humanos, em especial da luta pela livre expressão sexual. Também vinculada à luta pelos direitos humanos o partido apresentou o nome de Winnie Bueno, 22 anos, estudante de Direito da UFPel, militante das lutas do movimento negro e do movimento estudantil.
O PSOL de Rio Grande também contará com um nome na disputa por vaga na Câmara Federal, Paulo Roberto Martins, o Paulo Mano, é funcionário da CORSAN, foi o candidato a Vereador mais votado pelo PSOL na cidade em 2008, tem longa trajetória na luta por transporte público de qualidade e na defesa do meio ambiente. O Partido apresenta ainda o professor de História Mário San Segundo, natural de Bagé, com trajetória no movimento estudantil em Pelotas e na luta dos educadores em todo o Estado.
Para a disputa de vagas na Assembléia Legislativa Estadual o Partido lançou Candidaturas em três cidades. De Dom Pedrito vem o advogado Fabrício Nunes, fundador do PSOL e militante histórico da esquerda na região da campanha. A luta dos camponeses pela reforma agrária estará também representada na chapa proporcional do PSOL, Pedro Stein, assentado no Município de Piratini, e lutador histórico do MST. Ainda na disputa por vagas na Assembléia Legislativa está Jurandir Silva, Engenheiro Agrônomo, Presidente do PSOL Pelotas, candidato à Vice-Prefeito na cidade em 2008.
No dia 30 de Junho, em São Paulo-SP, o PSOL realiza sua Convenção Nacional Eleitoral, onde será referendado o nome de Plínio de Arruda Sampaio como pré-candidato à Presidência da República, buscando romper com a falsa polarização entre PT e PSDB. A Presidente Nacional do PSOL Heloísa Helena disputará uma vaga no Senado pelo Estado de Alagoas, buscando a representação do Partido para lutar pelos direitos do povo em uma casa legislativa tomada por escândalos de corrupção.
A campanha eleitoral começa no dia 6 de Julho, o PSOL buscará realizar os debates políticos fundamentais para a sociedade Brasileira, que contemplam a luta contra a corrupção e os privilégios dos latifundiários e grandes empresários, na luta por uma sociedade justa, fraterna e igualitária.
sábado, 19 de junho de 2010
Convenção PSOL - RS
PSOL oficializa Pedro Ruas como candidato ao Piratini
A educadora Marliane Santos comporá a chapa como vice
A militância do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade do Rio Grande do Sul, reunida neste sábado, 19 de junho, no salão da Igreja N. Sra. da Pompeia, em Porto Alegre, homologou suas candidaturas aos cargos executivos e legislativos para as eleições de 2010. O advogado trabalhista e vereador da Capital Pedro Ruas foi escolhido por unanimidade como candidato a governador, e compõe a chapa como vice a educadora e dirigente do Cpers/Sindicato Marliane Ferreira dos Santos, primeira mulher negra a disputar o Piratini.
"Temos uma chapa que vai crescer, inclusive, pelos erros dos nossos adversários, que são muitos e que caem cada vez mais em contradição", disse Ruas. "O voto no PSOL é o voto na esquerda. Não 'um' voto na esquerda, mas 'o' voto na esquerda. Quero ir para o debate com Yeda Crusius - com os outros candidatos também, é claro, mas especialmente com Yeda. Para cobrar diretamente dela a corrupção que denunciamos neste governo. O combate à corrupção é obrigação de um partido popular e social como o PSOL!" Ruas também defendeu uma revisão da dívida do Estado com a União: "Eu acredito que ela já tenha sido paga várias vezes. Que dívida é essa que enquanto mais se paga mais aumenta? Temos que mostrar quem sempre ganha enquanto há miseráveis no Rio Grande do Sul. É nosso papel mostrar que isso não é destino e denunciar por que isso acontece."
Concorrem ao Senado o professor da UFPel Luiz Carlos Lucas e a funcionária da Ufrgs Bernardete Menezes, a Berna. Na disputa pela primeira cadeira do PSOL na Assembleia Legislativa, estão 39 candidatos, entre eles, o presidente regional do partido, Roberto Robaina. Disputam a Câmara Federal 37 candidatos: Luciana Genro busca à reeleição, assim como seu suplente Geraldinho, que assumiu o mandato durante quatro meses, em 2009.
Na eleição nacional, Plínio de Arruda Sampaio é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República.
Fonte lucianagenro.com.br
A educadora Marliane Santos comporá a chapa como vice
A militância do PSOL - Partido Socialismo e Liberdade do Rio Grande do Sul, reunida neste sábado, 19 de junho, no salão da Igreja N. Sra. da Pompeia, em Porto Alegre, homologou suas candidaturas aos cargos executivos e legislativos para as eleições de 2010. O advogado trabalhista e vereador da Capital Pedro Ruas foi escolhido por unanimidade como candidato a governador, e compõe a chapa como vice a educadora e dirigente do Cpers/Sindicato Marliane Ferreira dos Santos, primeira mulher negra a disputar o Piratini.
"Temos uma chapa que vai crescer, inclusive, pelos erros dos nossos adversários, que são muitos e que caem cada vez mais em contradição", disse Ruas. "O voto no PSOL é o voto na esquerda. Não 'um' voto na esquerda, mas 'o' voto na esquerda. Quero ir para o debate com Yeda Crusius - com os outros candidatos também, é claro, mas especialmente com Yeda. Para cobrar diretamente dela a corrupção que denunciamos neste governo. O combate à corrupção é obrigação de um partido popular e social como o PSOL!" Ruas também defendeu uma revisão da dívida do Estado com a União: "Eu acredito que ela já tenha sido paga várias vezes. Que dívida é essa que enquanto mais se paga mais aumenta? Temos que mostrar quem sempre ganha enquanto há miseráveis no Rio Grande do Sul. É nosso papel mostrar que isso não é destino e denunciar por que isso acontece."
Concorrem ao Senado o professor da UFPel Luiz Carlos Lucas e a funcionária da Ufrgs Bernardete Menezes, a Berna. Na disputa pela primeira cadeira do PSOL na Assembleia Legislativa, estão 39 candidatos, entre eles, o presidente regional do partido, Roberto Robaina. Disputam a Câmara Federal 37 candidatos: Luciana Genro busca à reeleição, assim como seu suplente Geraldinho, que assumiu o mandato durante quatro meses, em 2009.
Na eleição nacional, Plínio de Arruda Sampaio é o pré-candidato do PSOL à Presidência da República.
Fonte lucianagenro.com.br
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Lula veta fim do fator previdenciário
O esperado veto presidencial à emenda que acaba com o fator previdenciário foi anunciado nesta terça-feira, 15, horas antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo de Futebol. O assunto, é claro, acabou não ganhando a atenção merecida da grande imprensa ou do grande público. Já o reajuste de 7,7% para os aposentados – que antes de ser aprovado pelo Congresso, e mesmo depois, era considerado nefasto pelo governo, com os ministros da área econômica dizendo que a medida levaria o país à falência – foi sancionado por Lula. Não é para menos: em ano eleitoral, com sua candidata em plena campanha, o governo não pode bancar esse desgaste com os aposentados, grande parte eleitores.
A Câmara começa agora a trabalhar uma alternativa à extinção do fator. O presidente interino, Marco Maia, sugeriu à noite como proposta alternativa o texto do então relator do Projeto de Lei 3299/2008 na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, que, segundo ele, “coloca a discussão em outro patamar”.
Com informações da Agência Câmara
A Câmara começa agora a trabalhar uma alternativa à extinção do fator. O presidente interino, Marco Maia, sugeriu à noite como proposta alternativa o texto do então relator do Projeto de Lei 3299/2008 na Comissão de Finanças e Tributação, deputado Pepe Vargas, que, segundo ele, “coloca a discussão em outro patamar”.
Com informações da Agência Câmara
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas
14/06/2010
Leo Lince
O reajuste de 7,7% para os aposentados com rendimentos acima do salário mínimo, depois de muita pressão, foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional. Alvíssaras! Em véspera de eleições o parlamento é sempre mais permeável. A decisão, no entanto, continua na gaveta do chefe do Executivo. Em dúvida sobre o risco eleitoral de sua propensão ao veto, ele empurra com a barriga.
Enquanto isso e até por conta de tal hesitação e demora, o oligopólio midiático sintonizado com o modelo dominante aciona seus tentáculos. Todo santo dia o cidadão é bombardeado pelo chumbo grosso de uma propaganda contrária ao aumento dos aposentados. A disputa pelos recursos do orçamento público, normal nas condições de um maior equilíbrio democrático, ganha uma vestimenta ideológica marcada por uma impressionante agressividade.
Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação nacional, cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas, sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública, uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.
Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como resultante de um suposto “clamor técnico”. Mentira. Não há “clamor técnico” algum, nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1 bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não se ouviu falar em “clamor técnico” ou “poderoso fator de desequilíbrio”.
Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, chamou de estorvo. Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$ 2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudesse garantir empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades. Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.
A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas.
Leo Lince é sociólogo e mestre em ciência social
Fonte: Fundação Lauro Campos
Leo Lince
O reajuste de 7,7% para os aposentados com rendimentos acima do salário mínimo, depois de muita pressão, foi aprovado nas duas casas do Congresso Nacional. Alvíssaras! Em véspera de eleições o parlamento é sempre mais permeável. A decisão, no entanto, continua na gaveta do chefe do Executivo. Em dúvida sobre o risco eleitoral de sua propensão ao veto, ele empurra com a barriga.
Enquanto isso e até por conta de tal hesitação e demora, o oligopólio midiático sintonizado com o modelo dominante aciona seus tentáculos. Todo santo dia o cidadão é bombardeado pelo chumbo grosso de uma propaganda contrária ao aumento dos aposentados. A disputa pelos recursos do orçamento público, normal nas condições de um maior equilíbrio democrático, ganha uma vestimenta ideológica marcada por uma impressionante agressividade.
Rádios, revistas, televisões e, principalmente, os jornalões de circulação nacional, cerram fileiras em torno de uma campanha feroz. Editoriais, articulistas adestrados, economistas de banco, matérias e pesquisas ideologicamente orientadas, sempre batendo na mesma tecla. ‘Não pode, é febre de gastança’. ‘Projeto demagógico, poderoso fator de desequilíbrio’. ‘Ruinoso para a contabilidade pública, uma hemorragia de gastos’. ‘Populismo anacrônico, fora de contexto, tumultua a gestão fiscal’. São alguns dos petardos da guerra ideológica contra os aposentados.
Querem o veto ao reajuste dos aposentados e apresentam tal decisão como resultante de um suposto “clamor técnico”. Mentira. Não há “clamor técnico” algum, nem sangria desatada. A diferença entre a proposta original do Executivo e o que resultou da votação no Parlamento, como despesa orçamentária, equivale a R$ 1,1 bilhão anual. Quantia bem menor do que os R$ 13,8 bilhões anuais resultantes do aumento de 0.75% na taxa Selic, decretado na mesma época pelo Banco Central. E não se ouviu falar em “clamor técnico” ou “poderoso fator de desequilíbrio”.
Em 2009, os juros e amortizações da dívida pública consumiram 36% do orçamento federal. Um absurdo. Nenhum jornal, no entanto, chamou de estorvo. Um sumidouro de recursos que não merece campanha na mídia grande e nem parece preocupar os titulares da República. Os que se declaram estarrecidos com o aumento de 7,7% dos aposentados não se incomodam o mais mínimo com os inacreditáveis R$ 2,2 trilhões da dívida pública.
Dilma Rousseff, candidata oficial do sistema, forneceu explicações muito esclarecedoras sobre a aceleração vertiginosa do endividamento. Em entrevista recente na rádio CBN, ela afirmou que a dívida cresceu porque, na crise, o governo teve que liberar US$ 100 bilhões do compulsório para os banqueiros. Cresceu também porque o governo teve que injetar US$ 180 bilhões no BNDES para que se pudesse garantir empréstimos e patrocinar fusões e incorporações de grandes empresas em dificuldades. Além de, para tranqüilizar os investidores estrangeiros, bancar reservas internacionais da ordem de US$ 250 bilhões. Tudo muito claro.
A campanha cerrada contra o reajuste dos aposentados, neste quadro, faz sentido. Ela é uma contrapartida lógica do vergonhoso tributo ao grande capital, que trata com naturalidade a dívida monstruosa. São elementos de uma ideologia dominante que faz do Brasil o que ele é hoje: inferno dos aposentados e paraíso dos rentistas.
Leo Lince é sociólogo e mestre em ciência social
Fonte: Fundação Lauro Campos
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Lições em um jogo de abertura da Copa do Mundo
Nesta sexta-feira, dia 11 de Junho, começa a Copa do Mundo de Futebol. O jogo de abertura é entre a anfitriã África do Sul e o México. Esta é uma das situações da vida que me fazem lembrar um episódio da minha infância que teve enorme conseqüência na minha formação pessoal.
A primeira Copa do Mundo que assisti foi em 1990, disputada na Itália. Na época morávamos no Bairro Simões Lopes e assistiríamos à Copa em nossa primeira televisão a cores.
Naquele tempo quem abria a Copa não era a seleção anfitriã, mas a seleção campeã da edição anterior. O jogo de abertura foi entre Argentina e Camarões. A primeira, campeã em 1986, contava com o craque Diego Maradona, era amplamente favorita para aquela partida e candidatíssima ao título, já a seleção de Camarões era uma incógnita, uma zebra, como todas as seleções africanas. Até a Copa de 90.
Estávamos lá, eu e a minha irmã Janaína (6 e 10 anos, respectivamente) assistindo o jogo. Passados uns 10 ou 15 minutos o nosso pai chegou do trabalho. Fomos correndo avisá-lo de que estava passando o jogo de abertura, perguntamos se queria assistir com a gente.
Ele não gostava de ver jogos de futebol, menos ainda lhe agradava ficar parado na frente de uma televisão, por aí, não deu muita bola pro nosso convite. Apenas nos perguntou quem estava jogando e para quem estávamos torcendo.
Ingenuamente, como qualquer criança, dissemos que o jogo era entre Argentina e Camarões e que estávamos torcendo para a Argentina. Ele nos perguntou o motivo da torcida e explicamos que obviamente a Argentina era mais forte e venceria o jogo.
Foi então que ele resolveu nos dar uma lição. Ficou sério e começou a nos interrogar sobre o porquê de torcermos para “o mais forte” e porque o mais forte “sempre tinha que ganhar”. Ficamos ali pensativos, e um pouco por respeito outro pouco por vontade passamos a torcer para Camarões.
A “virada de casaca” nos deu uma grande alegria. Para a surpresa da maioria absoluta das pessoas que assistiam àquela partida, o atacante Omam Biyik fez o gol da vitória de Camarões. Lembro até hoje da imagem da zebrinha passando na TV e da nossa comemoração pelo gol e pela vitória da seleção africana.
Poderia ter sido um simples jogo de futebol, um episódio esquecível, no entanto ficou marcado como uma lição: não precisamos torcer pelos mais fortes e os mais fortes nem sempre vão ganhar. Os “mais fracos” podem vencer e vão vencer, e vamos comemorar, como comemoramos o gol do Omam Biyik.
A primeira Copa do Mundo que assisti foi em 1990, disputada na Itália. Na época morávamos no Bairro Simões Lopes e assistiríamos à Copa em nossa primeira televisão a cores.
Naquele tempo quem abria a Copa não era a seleção anfitriã, mas a seleção campeã da edição anterior. O jogo de abertura foi entre Argentina e Camarões. A primeira, campeã em 1986, contava com o craque Diego Maradona, era amplamente favorita para aquela partida e candidatíssima ao título, já a seleção de Camarões era uma incógnita, uma zebra, como todas as seleções africanas. Até a Copa de 90.
Estávamos lá, eu e a minha irmã Janaína (6 e 10 anos, respectivamente) assistindo o jogo. Passados uns 10 ou 15 minutos o nosso pai chegou do trabalho. Fomos correndo avisá-lo de que estava passando o jogo de abertura, perguntamos se queria assistir com a gente.
Ele não gostava de ver jogos de futebol, menos ainda lhe agradava ficar parado na frente de uma televisão, por aí, não deu muita bola pro nosso convite. Apenas nos perguntou quem estava jogando e para quem estávamos torcendo.
Ingenuamente, como qualquer criança, dissemos que o jogo era entre Argentina e Camarões e que estávamos torcendo para a Argentina. Ele nos perguntou o motivo da torcida e explicamos que obviamente a Argentina era mais forte e venceria o jogo.
Foi então que ele resolveu nos dar uma lição. Ficou sério e começou a nos interrogar sobre o porquê de torcermos para “o mais forte” e porque o mais forte “sempre tinha que ganhar”. Ficamos ali pensativos, e um pouco por respeito outro pouco por vontade passamos a torcer para Camarões.
A “virada de casaca” nos deu uma grande alegria. Para a surpresa da maioria absoluta das pessoas que assistiam àquela partida, o atacante Omam Biyik fez o gol da vitória de Camarões. Lembro até hoje da imagem da zebrinha passando na TV e da nossa comemoração pelo gol e pela vitória da seleção africana.
Poderia ter sido um simples jogo de futebol, um episódio esquecível, no entanto ficou marcado como uma lição: não precisamos torcer pelos mais fortes e os mais fortes nem sempre vão ganhar. Os “mais fracos” podem vencer e vão vencer, e vamos comemorar, como comemoramos o gol do Omam Biyik.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
A necessidade de um programa para a Zona Sul do RS
No início desta semana fomos convidados para participar do lançamento da campanha “Acorda Zona Sul”, organizada pela Associação dos Municípios da Zona Sul do Estado. O objetivo da campanha é convencer os eleitores da Região a votarem em candidatos daqui nas eleições de Outubro.
Fomos até lá, eu e o camarada Maicon Nachtigall, pré-candidato à Deputado Federal pelo PSOL, para observar a atividade e compreender melhor seus objetivos. Quando recebi o convite logo me questionei sobre a existência de um programa político para a ZS defendido pelos organizadores do evento.
Durante a atividade me pareceu nítido que o objetivo é exatamente eleger parlamentares vinculados às cidades da ZS, anulando o debate programático ou partidário. Os números de fato demonstram que a região tem uma sub-representação na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, nas eleições de 2006, um total de 600 mil eleitores elegeu apenas dois Deputados Estaduais.
O que não me parece possível e debater a necessidade de a região ter representação política e se desenvolver, sem relacionar este debate com a necessidade de um programa, afinal de conta há diversos projetos e possibilidades neste campo, muita delas completamente contraditórias.
Tenho absoluta certeza de que em um pequeno texto não seja possível esgotar o conjunto de necessidades da região, nem as possíveis propostas para a retomada do desenvolvimento da Zona Sul do RS. No entanto, tenho convicção de que os postulantes a cargos legislativos ou executivos têm a obrigação de apresentar suas idéias sobre o tema.
É neste sentido que o PSOL tem se debruçado no debate sobre a estagnação da Zona Sul do Estado. Nas eleições de 2008 em Pelotas apresentamos posição contundente contra a instalação da monocultura de eucalipto e das empresas de celulose na Região. Empresas estas que aos primeiros sinais da crise econômica mundial em 2008 abandonaram seus projetos na região, deixando apenas a monocultura instalada anteriormente e seus impactos ambientais e sociais, sem gerar um décimo das oportunidades de emprego prometidas.
Esta experiência deve nos fazer refletir sobre o modelo de desenvolvimento historicamente proposto pelos setores tradicionais e as suas claras limitações. Há muito tempo vende-se a idéia de que o desenvolvimento da região passa pela atração de grandes empresas, que vão gerar muitos empregos e resolver em definitivo o problema da estagnação.
Ora, nem precisamos de uma análise histórica muito profunda para perceber o fracasso desta linha de raciocínio. Além do exemplo das empresas de celulose temos nas últimas décadas o das indústrias de conserva. Tais indústrias geraram empregos durante uma etapa, tanto diretos, quanto indiretos, em especial na agricultura, que tinha grande parte de sua produção voltada para abastecer estas empresas. Quando a atividade deixou de ser rentável para os empresários, estes simplesmente migraram para outras regiões.
A saída para a região é justamente a diversificação de atividades econômicas, sem que tenhamos uma extrema dependência de um ou outro ramo da indústria ou empresário. Temos aqui inúmeras potencialidades a serem exploradas.
O fortalecimento da pequena agricultura, com o desenvolvimento de pequenas agroindústrias e do comércio local é um caminho inicial, tais atividades geram muito mais empregos do que a agricultura latifundiária e grandes empresas. É dever de um parlamentar da região cobrar dos governos políticas públicas que contemplem este tema. Incentivos fiscais para tais atividades e assistência técnica pública a partir de uma EMATER redimensionada são passos iniciais urgentes.
A realização de auditoria séria nas dívidas do Estado com a União e o combate implacável à corrupção permitiriam que o Estado realizasse um investimento pesado em serviços públicos essenciais como saúde e educação. Desta forma poderíamos caminhar no sentido de solucionar a situação caótica da saúde pública, que afeta a grande maioria da população, desprovida de plano de saúde ou possibilidade de consultas e procedimentos médicos particulares. Nesta mesma medida, estaríamos gerando empregos nas áreas médica e educacional, em que temos abundância de formação profissional na região.
O fortalecimento do potencial cultural da região é também uma ferramenta de desenvolvimento. Podemos citar os exemplos do Carnaval Pelotense e do Grupo Tholl, como referências sob este aspecto. Tais iniciativas alcançaram reconhecimento nacional e a partir do envolvimento da comunidade possibilitam a existência de perspectivas para um grande número de pessoas, por méritos daqueles que idealizaram e se esforçaram em sua construção. As iniciativas culturais consagradas da região devem ser tratadas com o seu devido respeito, e não como um mero palanque eleitoral, sendo apoiadas às vésperas de eleições.
Temos muito o que tratar sobre o programa e as possibilidades de desenvolvimento da Zona Sul do Estado. De nossa parte colocamos alguns pilares, que passam pela diversificação de atividades e pela necessária sustentabilidade econômica, social e ecológica das mesmas. O que não aceitamos é a mera disputa eleitoreira, sem programa ou comprometimento político com absolutamente nada, permitindo que o “estelionato eleitoral”corra solto e alegre.
Fomos até lá, eu e o camarada Maicon Nachtigall, pré-candidato à Deputado Federal pelo PSOL, para observar a atividade e compreender melhor seus objetivos. Quando recebi o convite logo me questionei sobre a existência de um programa político para a ZS defendido pelos organizadores do evento.
Durante a atividade me pareceu nítido que o objetivo é exatamente eleger parlamentares vinculados às cidades da ZS, anulando o debate programático ou partidário. Os números de fato demonstram que a região tem uma sub-representação na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, nas eleições de 2006, um total de 600 mil eleitores elegeu apenas dois Deputados Estaduais.
O que não me parece possível e debater a necessidade de a região ter representação política e se desenvolver, sem relacionar este debate com a necessidade de um programa, afinal de conta há diversos projetos e possibilidades neste campo, muita delas completamente contraditórias.
Tenho absoluta certeza de que em um pequeno texto não seja possível esgotar o conjunto de necessidades da região, nem as possíveis propostas para a retomada do desenvolvimento da Zona Sul do RS. No entanto, tenho convicção de que os postulantes a cargos legislativos ou executivos têm a obrigação de apresentar suas idéias sobre o tema.
É neste sentido que o PSOL tem se debruçado no debate sobre a estagnação da Zona Sul do Estado. Nas eleições de 2008 em Pelotas apresentamos posição contundente contra a instalação da monocultura de eucalipto e das empresas de celulose na Região. Empresas estas que aos primeiros sinais da crise econômica mundial em 2008 abandonaram seus projetos na região, deixando apenas a monocultura instalada anteriormente e seus impactos ambientais e sociais, sem gerar um décimo das oportunidades de emprego prometidas.
Esta experiência deve nos fazer refletir sobre o modelo de desenvolvimento historicamente proposto pelos setores tradicionais e as suas claras limitações. Há muito tempo vende-se a idéia de que o desenvolvimento da região passa pela atração de grandes empresas, que vão gerar muitos empregos e resolver em definitivo o problema da estagnação.
Ora, nem precisamos de uma análise histórica muito profunda para perceber o fracasso desta linha de raciocínio. Além do exemplo das empresas de celulose temos nas últimas décadas o das indústrias de conserva. Tais indústrias geraram empregos durante uma etapa, tanto diretos, quanto indiretos, em especial na agricultura, que tinha grande parte de sua produção voltada para abastecer estas empresas. Quando a atividade deixou de ser rentável para os empresários, estes simplesmente migraram para outras regiões.
A saída para a região é justamente a diversificação de atividades econômicas, sem que tenhamos uma extrema dependência de um ou outro ramo da indústria ou empresário. Temos aqui inúmeras potencialidades a serem exploradas.
O fortalecimento da pequena agricultura, com o desenvolvimento de pequenas agroindústrias e do comércio local é um caminho inicial, tais atividades geram muito mais empregos do que a agricultura latifundiária e grandes empresas. É dever de um parlamentar da região cobrar dos governos políticas públicas que contemplem este tema. Incentivos fiscais para tais atividades e assistência técnica pública a partir de uma EMATER redimensionada são passos iniciais urgentes.
A realização de auditoria séria nas dívidas do Estado com a União e o combate implacável à corrupção permitiriam que o Estado realizasse um investimento pesado em serviços públicos essenciais como saúde e educação. Desta forma poderíamos caminhar no sentido de solucionar a situação caótica da saúde pública, que afeta a grande maioria da população, desprovida de plano de saúde ou possibilidade de consultas e procedimentos médicos particulares. Nesta mesma medida, estaríamos gerando empregos nas áreas médica e educacional, em que temos abundância de formação profissional na região.
O fortalecimento do potencial cultural da região é também uma ferramenta de desenvolvimento. Podemos citar os exemplos do Carnaval Pelotense e do Grupo Tholl, como referências sob este aspecto. Tais iniciativas alcançaram reconhecimento nacional e a partir do envolvimento da comunidade possibilitam a existência de perspectivas para um grande número de pessoas, por méritos daqueles que idealizaram e se esforçaram em sua construção. As iniciativas culturais consagradas da região devem ser tratadas com o seu devido respeito, e não como um mero palanque eleitoral, sendo apoiadas às vésperas de eleições.
Temos muito o que tratar sobre o programa e as possibilidades de desenvolvimento da Zona Sul do Estado. De nossa parte colocamos alguns pilares, que passam pela diversificação de atividades e pela necessária sustentabilidade econômica, social e ecológica das mesmas. O que não aceitamos é a mera disputa eleitoreira, sem programa ou comprometimento político com absolutamente nada, permitindo que o “estelionato eleitoral”corra solto e alegre.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Do ambientalismo utópico ao ambientalismo científico
Repasso aqui texto do camarada Edilson Silva, Presidente do PSOL de Pernambuco.
Do ambientalismo utópico ao ambientalismo científico
07/06/2010
Edilson Silva
Em tempos de keynesianismo neoliberal, ou neoliberalismo de estado, que são simultaneamente tempos de brutal crise ambiental, torna-se inevitável o aparecimento de um amplo sentimento ambientalista que se pode chamar de utópico. Este ambientalismo acha possível combinar capitalismo em crise terminal com práticas “verdes”. Nada mais progressivo, mas ingênuo, quando se trata de uma suposta consciência que brota honestamente na sociedade. Quando se trata de discurso político em período eleitoral, esta ingenuidade pode dar lugar ao mais puro oportunismo, tamanha as contradições que a realidade impõe.
Há tempos o sistema capitalista já não consegue compatibilizar seu crescimento econômico com desenvolvimento social, com avanço e ampliação do processo civilizatório. Suas crises sistêmicas vêm sendo contornadas com artifícios os mais variados e “inteligentes” na última metade de século: intervenção estatal para garantir demanda; revoluções tecnológicas nas telecomunicações, na informática, nas áreas de farmácia e medicina, criando novas e indispensáveis mercadorias de consumo de massa; mercados futuros para ampliar virtualmente o tamanho das economias; obsolescência perceptiva e real de mercadorias, construindo padrões frenéticos de consumo na sociedade; transformação de tudo o que é possível em mercadoria a serviço do funcionamento do mercado, com privatizações na educação, saúde, previdência, segurança, água, energia elétrica, comunicação, transportes, etc. Tudo isto sempre combinado com um processo constante de intensificação da exploração do trabalho humano, produzindo cada vez mais e com menos trabalhadores, portanto, com cada vez mais desemprego.
Neste quadro, que mais há de fazer a elite do capital para manter a taxa de lucro médio no sistema, após a acumulação simultânea de todos estes artifícios? Que tal Copas do Mundo em países cuja república possui fissuras do tamanho da lua, como África do Sul e Brasil? Sim, nestes países pode-se construir estádios e todos os tipos de equipamentos esportivos, tudo novo, sem reformar nada, consumindo os recursos públicos para engordar o milionário negócio dos esportes mixados com entretenimento de massa e turismo. Depois dos eventos, tudo que foi construído fica lá, perdido, como aconteceu com o Pan do Rio de Janeiro. Desperdício de recursos naturais, materiais e humanos.
Ou então, que tal construir a terceira maior usina hidroelétrica do mundo, Belo Monte, destruindo a reserva do Xingu, mesmo sabendo que há outras formas mais baratas e racionais de se produzir e usar a energia elétrica? Ou ainda, que tal fazer a transposição das águas de um dos maiores rios do Brasil, o Velho Chico, para atender a interesses industriais de poucos, sabendo-se que para matar a sede do povo do semi-árido há formas mais baratas e que não agridem aquele bioma? E destruir mais de 600 hectares de mata nativa em Suape para dar mais vazão ao garimpo em que se transformou aquele lugar?
Vamos além. Que tal liberar a transgenia na agricultura para garantir superávits numa balança comercial que visa robustecer uma reserva cambial que atende majoritariamente aos interesses do capital especulativo, outra faceta burguesa para manter a remuneração de seu capital parasitário e improdutivo?
A devastação ambiental, com seu conseqüente aquecimento global e todos os males daí derivados, não é fruto somente da estupidez de governos e empresários perversos. É fruto natural da irracionalidade presente na lógica sistêmica do capitalismo agonizante, que se materializa na gestão pública na forma de políticas econômicas e de suposto crescimento econômico que se submetem a esta lógica.
Portanto, não há que se falar em ambientalismo sério que não critique duramente as políticas que viabilizam a presidência da lógica destrutiva do capital sobre o conjunto da sociedade. Este ambientalismo é, na melhor das hipóteses, utópico. Um ambientalismo sério, coerente, combina-se inevitavelmente com a proposta do socialismo, em que o planejamento democrático e solidário se sobrepõe ao mercado, e no qual o crescimento econômico está necessariamente vinculado ao desenvolvimento social.
Edilson Silva
Do ambientalismo utópico ao ambientalismo científico
07/06/2010
Edilson Silva
Em tempos de keynesianismo neoliberal, ou neoliberalismo de estado, que são simultaneamente tempos de brutal crise ambiental, torna-se inevitável o aparecimento de um amplo sentimento ambientalista que se pode chamar de utópico. Este ambientalismo acha possível combinar capitalismo em crise terminal com práticas “verdes”. Nada mais progressivo, mas ingênuo, quando se trata de uma suposta consciência que brota honestamente na sociedade. Quando se trata de discurso político em período eleitoral, esta ingenuidade pode dar lugar ao mais puro oportunismo, tamanha as contradições que a realidade impõe.
Há tempos o sistema capitalista já não consegue compatibilizar seu crescimento econômico com desenvolvimento social, com avanço e ampliação do processo civilizatório. Suas crises sistêmicas vêm sendo contornadas com artifícios os mais variados e “inteligentes” na última metade de século: intervenção estatal para garantir demanda; revoluções tecnológicas nas telecomunicações, na informática, nas áreas de farmácia e medicina, criando novas e indispensáveis mercadorias de consumo de massa; mercados futuros para ampliar virtualmente o tamanho das economias; obsolescência perceptiva e real de mercadorias, construindo padrões frenéticos de consumo na sociedade; transformação de tudo o que é possível em mercadoria a serviço do funcionamento do mercado, com privatizações na educação, saúde, previdência, segurança, água, energia elétrica, comunicação, transportes, etc. Tudo isto sempre combinado com um processo constante de intensificação da exploração do trabalho humano, produzindo cada vez mais e com menos trabalhadores, portanto, com cada vez mais desemprego.
Neste quadro, que mais há de fazer a elite do capital para manter a taxa de lucro médio no sistema, após a acumulação simultânea de todos estes artifícios? Que tal Copas do Mundo em países cuja república possui fissuras do tamanho da lua, como África do Sul e Brasil? Sim, nestes países pode-se construir estádios e todos os tipos de equipamentos esportivos, tudo novo, sem reformar nada, consumindo os recursos públicos para engordar o milionário negócio dos esportes mixados com entretenimento de massa e turismo. Depois dos eventos, tudo que foi construído fica lá, perdido, como aconteceu com o Pan do Rio de Janeiro. Desperdício de recursos naturais, materiais e humanos.
Ou então, que tal construir a terceira maior usina hidroelétrica do mundo, Belo Monte, destruindo a reserva do Xingu, mesmo sabendo que há outras formas mais baratas e racionais de se produzir e usar a energia elétrica? Ou ainda, que tal fazer a transposição das águas de um dos maiores rios do Brasil, o Velho Chico, para atender a interesses industriais de poucos, sabendo-se que para matar a sede do povo do semi-árido há formas mais baratas e que não agridem aquele bioma? E destruir mais de 600 hectares de mata nativa em Suape para dar mais vazão ao garimpo em que se transformou aquele lugar?
Vamos além. Que tal liberar a transgenia na agricultura para garantir superávits numa balança comercial que visa robustecer uma reserva cambial que atende majoritariamente aos interesses do capital especulativo, outra faceta burguesa para manter a remuneração de seu capital parasitário e improdutivo?
A devastação ambiental, com seu conseqüente aquecimento global e todos os males daí derivados, não é fruto somente da estupidez de governos e empresários perversos. É fruto natural da irracionalidade presente na lógica sistêmica do capitalismo agonizante, que se materializa na gestão pública na forma de políticas econômicas e de suposto crescimento econômico que se submetem a esta lógica.
Portanto, não há que se falar em ambientalismo sério que não critique duramente as políticas que viabilizam a presidência da lógica destrutiva do capital sobre o conjunto da sociedade. Este ambientalismo é, na melhor das hipóteses, utópico. Um ambientalismo sério, coerente, combina-se inevitavelmente com a proposta do socialismo, em que o planejamento democrático e solidário se sobrepõe ao mercado, e no qual o crescimento econômico está necessariamente vinculado ao desenvolvimento social.
Edilson Silva
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Bancada do PSOL condena ataque israelense a tropa humanitária
04/06/2010
A bancada do PSOL criticou, em discursos na Câmara, a ação terrorista e brutal do governo israelense contra navios que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O ataque a seis navios da Frota da Liberdade, ocorrido na madrugada de segunda-feira, 31, resultou na morte de nove civis e provocou declarações condenatórias de várias partes do mundo. O PSOL apresentou uma moção de repúdio criticando o ato criminoso e brutal contra civis que iriam prestar ajuda humanitária.
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente, classificou a ação da marinha israelense como “atrocidade” e afirmou que o Parlamento brasileiro tem a obrigação de condenar essa ação de violência inusitada, um ato de terrorismo de Estado, de pirataria em águas internacionais. Ele criticou também o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Ele anunciou que protocolou na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional requerimento para a realização de audiência pública com presença da cineasta brasileira Iara Lee, que estava numa das embarcações atacadas.
Segundo a deputada Luciana Genro, o ato terrorista do Estado israelense não é o primeiro cometido por aquele país. “É preciso questionar quando a comunidade internacional vai parar de passar a mão na cabeça de Israel, particularmente os Estados Unidos, e exigir que aquele país cumpra as resoluções da ONU, respeite o Estado palestino e os direitos dos palestinos, que lutam pelo direito humano básico de ter seu próprio país e de viver em paz na sua própria terra”, afirmou.
O deputado Chico Alencar criticou a posição do PSDB em somente assinar a moção conjunta da Câmara caso houvesse menção à Cuba. Ele lembrou que Cuba não tem nenhuma área sob domínio, nem faz bloqueio a nenhum território que não seja seu, que não consta que a marinha de Cuba tenha atacado qualquer navio em águas internacionais e que é inaceitável que embarcações com ajuda humanitária sejam invadidas por forças militares. “É bom sabermos que a própria população de Israel repudia esse tipo de ofensiva inaceitável. E temos sempre o dever de separar povos de governos. Muitas vezes, os governos não estão à altura dos povos que querem governar.”
Leia a Moção de Repúdio do PSOL:
Moção de repúdio contra o ataque de Israel à Frota da Liberdade e o bloqueio na Faixa de Gaza
A Câmara dos Deputados manifesta seu repúdio ao ataque das forças militares de Israel contra a Frota da Liberdade e ao bloqueio imposto por este país à Faixa de Gaza. Na madrugada do dia 31 de maio, o Exército israelense abriu fogo contra um comboio de seis embarcações integrantes de uma missão humanitária internacional, que levava dez mil toneladas de mantimentos, remédios e produtos de assistência emergencial para a Faixa de Gaza. Não havia armas a bordo. Pelo menos nove ativistas da chamada Frota da Liberdade – como é conhecida a iniciativa – foram mortos a tiros e dezenas ficaram feridos.
Os choques ocorreram a bordo da maior embarcação, Mari Marmara, onde havia cerca de 500 ativistas, quando a frota ainda se encontrava em águas internacionais, a pouco mais de 70 km da costa de Israel. O país se antecipou à chegada dos ativistas, no que chamou de “ação preventiva”. A tripulação teria erguido, em vão, uma bandeira branca.
Uma das sobreviventes do ataque à frota é a brasileira Iara Lee, cineasta, que se encontra sob tutela das autoridades israelenses e deve ser deportada. Iara Lee declarou ter decidido participar desta missão por “acreditar de uma forma resoluta que ações não violentas são vitais para educar o público sobre o que está ocorrendo”. A brasileira já havia denunciado pela internet o cerco imposto por Israel às embarcações da Frota da Liberdade, uma ação que viola integralmente as leis e tratados internacionais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ser “vital investigação para determinar como esse derramamento de sangue teve lugar”. Governos como o da Turquia e da Grécia já retiraram seus embaixadores de Israel. O governo brasileiro manifestou consternação diante da notícia e chamou o embaixador israelense no Brasil para dar explicações. Em nota, o Itamaraty disse que “não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário”.
A Câmara dos Deputados soma-se a este protesto contra esta atitude brutal do governo de Israel contra civis desarmados, uma postura contrária aos princípios mais elementares de humanidade. Manifestamos ainda nossa posição contrária ao bloqueio da Faixa de Gaza, que transformou-se numa punição coletiva aos habitantes do território, violando também tratados e acordos internacionais sobre regiões de conflito.
Brasília, 1 de junho de 2010.
Fonte: Liderança do PSOL
A bancada do PSOL criticou, em discursos na Câmara, a ação terrorista e brutal do governo israelense contra navios que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza. O ataque a seis navios da Frota da Liberdade, ocorrido na madrugada de segunda-feira, 31, resultou na morte de nove civis e provocou declarações condenatórias de várias partes do mundo. O PSOL apresentou uma moção de repúdio criticando o ato criminoso e brutal contra civis que iriam prestar ajuda humanitária.
O líder do PSOL, deputado Ivan Valente, classificou a ação da marinha israelense como “atrocidade” e afirmou que o Parlamento brasileiro tem a obrigação de condenar essa ação de violência inusitada, um ato de terrorismo de Estado, de pirataria em águas internacionais. Ele criticou também o bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza. Ele anunciou que protocolou na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional requerimento para a realização de audiência pública com presença da cineasta brasileira Iara Lee, que estava numa das embarcações atacadas.
Segundo a deputada Luciana Genro, o ato terrorista do Estado israelense não é o primeiro cometido por aquele país. “É preciso questionar quando a comunidade internacional vai parar de passar a mão na cabeça de Israel, particularmente os Estados Unidos, e exigir que aquele país cumpra as resoluções da ONU, respeite o Estado palestino e os direitos dos palestinos, que lutam pelo direito humano básico de ter seu próprio país e de viver em paz na sua própria terra”, afirmou.
O deputado Chico Alencar criticou a posição do PSDB em somente assinar a moção conjunta da Câmara caso houvesse menção à Cuba. Ele lembrou que Cuba não tem nenhuma área sob domínio, nem faz bloqueio a nenhum território que não seja seu, que não consta que a marinha de Cuba tenha atacado qualquer navio em águas internacionais e que é inaceitável que embarcações com ajuda humanitária sejam invadidas por forças militares. “É bom sabermos que a própria população de Israel repudia esse tipo de ofensiva inaceitável. E temos sempre o dever de separar povos de governos. Muitas vezes, os governos não estão à altura dos povos que querem governar.”
Leia a Moção de Repúdio do PSOL:
Moção de repúdio contra o ataque de Israel à Frota da Liberdade e o bloqueio na Faixa de Gaza
A Câmara dos Deputados manifesta seu repúdio ao ataque das forças militares de Israel contra a Frota da Liberdade e ao bloqueio imposto por este país à Faixa de Gaza. Na madrugada do dia 31 de maio, o Exército israelense abriu fogo contra um comboio de seis embarcações integrantes de uma missão humanitária internacional, que levava dez mil toneladas de mantimentos, remédios e produtos de assistência emergencial para a Faixa de Gaza. Não havia armas a bordo. Pelo menos nove ativistas da chamada Frota da Liberdade – como é conhecida a iniciativa – foram mortos a tiros e dezenas ficaram feridos.
Os choques ocorreram a bordo da maior embarcação, Mari Marmara, onde havia cerca de 500 ativistas, quando a frota ainda se encontrava em águas internacionais, a pouco mais de 70 km da costa de Israel. O país se antecipou à chegada dos ativistas, no que chamou de “ação preventiva”. A tripulação teria erguido, em vão, uma bandeira branca.
Uma das sobreviventes do ataque à frota é a brasileira Iara Lee, cineasta, que se encontra sob tutela das autoridades israelenses e deve ser deportada. Iara Lee declarou ter decidido participar desta missão por “acreditar de uma forma resoluta que ações não violentas são vitais para educar o público sobre o que está ocorrendo”. A brasileira já havia denunciado pela internet o cerco imposto por Israel às embarcações da Frota da Liberdade, uma ação que viola integralmente as leis e tratados internacionais.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ser “vital investigação para determinar como esse derramamento de sangue teve lugar”. Governos como o da Turquia e da Grécia já retiraram seus embaixadores de Israel. O governo brasileiro manifestou consternação diante da notícia e chamou o embaixador israelense no Brasil para dar explicações. Em nota, o Itamaraty disse que “não há justificativa para intervenção militar em comboio pacífico, de caráter estritamente humanitário”.
A Câmara dos Deputados soma-se a este protesto contra esta atitude brutal do governo de Israel contra civis desarmados, uma postura contrária aos princípios mais elementares de humanidade. Manifestamos ainda nossa posição contrária ao bloqueio da Faixa de Gaza, que transformou-se numa punição coletiva aos habitantes do território, violando também tratados e acordos internacionais sobre regiões de conflito.
Brasília, 1 de junho de 2010.
Fonte: Liderança do PSOL
PT - PSDB: Diferenças?
Em 2010, o PT e o PSDB disputarão pela quinta vez consecutiva a Presidência da República. Em duas delas (1994 e 1998), o PSDB levou a melhor; nas duas seguintes (2002 e 2006), ganhou o PT. Os dois partidos perdem em tamanho para o PMDB, partido que reúne o maior número de parlamentares no Congresso e mandatos no executivo em âmbito municipal e estadual, porém, PT e PSDB, já há algum tempo polarizam a política nacional. Os demais partidos, com poucas exceções, gravitam em torno de ambos.
Em que pese à intensa e já histórica disputa que travam os ataques verbais e acusações que trocam mutuamente e permanentemente, as diferenças dos partidos, principalmente programática e de método - o jeito de se fazer política - são menores do que se pensa. A afirmação pode parecer pouco compreensível e anacrônica ainda mais às vésperas das eleições e, sobretudo, quando se ouve reiteradamente que as eleições colocarão em disputa diferentes projetos políticos.
Nos últimos anos, entretanto, mais do que projetos políticos, PT e PSDB disputam o poder. O PT quando assumiu o governo não rompeu com a política econômico-financeira do PSDB e tratou de juntar à ortodoxia econômica políticas sociais de forte incidência junto aos mais pobres; agora tampouco, o PSDB romperá com as políticas sociais do PT.
Faz algum tempo circulam análises de que PT e PSDB são estampas da matriz paulista - o "motor" do capitalismo brasileiro - e com o advento da nova ordem econômica internacional, a globalização, a representação financista (PSDB) e produtivista (PT) fizeram com que os mesmos se aproximassem programaticamente.
A partir dessa perspectiva, Fernando Henrique Cardoso (FHC) teria governado oito anos a partir dos interesses paulistas articulados aos interesses do capital financeiro internacional, e Lula a partir do capital produtivo sem, entretanto, afrontar os interesses do capital financeiro.
O governo Lula passou a ser o grande modelo de governo mundial, um governo capaz de unir o que antes era impensável: o mercado com o social. Por um lado, preservam-se os interesses da banca financeira, e por outro, atende-se os pobres com o Bolsa-Família - um vigoroso programa social que distribui renda para mais de 12 milhões de famílias brasileiras. A síntese dessa singularidade é manifesta pelo livre trânsito de Lula no Fórum Social Mundial e no Fórum Econômico Mundial. Em ambos, Lula é aplaudido.
Para além da semelhança programática, PT e PSDB se parecem cada vez mais iguais no jeito de fazer política. A ruptura prometida com a 'Velha República' e inclusive com a 'Nova República', através do surgimento do PT que arrombou a política nacional pela 'porta dos fundos' e se apresentou com a grande novidade na política brasileira não se efetivou. O PT e o governo Lula repetem os velhos métodos condenáveis da política nacional, ou seja, o clientelismo e o fisiologismo como regra justificável para se manter a governabilidade.
Se o PSDB tinha o PFL como grande aliado, o PT tem o PMDB. Ambos, PFL e PMDB em seus respectivos momentos de partilha do poder arrancam o que podem - cargos e recursos - para dar sustentação política aos "titulares" do poder. Foi o governo de coalizão que fez ressurgir no cenário nacional figuras que julgavam-se superadas como José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Geddel Oliveira, Collor de Mello, entre outras. Tudo passou a ser justificado pela governabilidade.
Tristemente o PT foi também aos poucos sucumbindo ao centralismo, caciquismo e personalismo. A defendida tese de que os partidos é que devem ser valorizados e não as pessoas, foi sendo deixada de lado. A realidade é que o PT foi engolido por Lula. É Lula quem decide, arbitra, define. Tudo passa por ele, do presidente do partido ao candidato à sucessão presidencial.
*Cesar Sanson é pesquisador do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores e doutor em sociologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Fonte: Fundação Lauro Campos
Em que pese à intensa e já histórica disputa que travam os ataques verbais e acusações que trocam mutuamente e permanentemente, as diferenças dos partidos, principalmente programática e de método - o jeito de se fazer política - são menores do que se pensa. A afirmação pode parecer pouco compreensível e anacrônica ainda mais às vésperas das eleições e, sobretudo, quando se ouve reiteradamente que as eleições colocarão em disputa diferentes projetos políticos.
Nos últimos anos, entretanto, mais do que projetos políticos, PT e PSDB disputam o poder. O PT quando assumiu o governo não rompeu com a política econômico-financeira do PSDB e tratou de juntar à ortodoxia econômica políticas sociais de forte incidência junto aos mais pobres; agora tampouco, o PSDB romperá com as políticas sociais do PT.
Faz algum tempo circulam análises de que PT e PSDB são estampas da matriz paulista - o "motor" do capitalismo brasileiro - e com o advento da nova ordem econômica internacional, a globalização, a representação financista (PSDB) e produtivista (PT) fizeram com que os mesmos se aproximassem programaticamente.
A partir dessa perspectiva, Fernando Henrique Cardoso (FHC) teria governado oito anos a partir dos interesses paulistas articulados aos interesses do capital financeiro internacional, e Lula a partir do capital produtivo sem, entretanto, afrontar os interesses do capital financeiro.
O governo Lula passou a ser o grande modelo de governo mundial, um governo capaz de unir o que antes era impensável: o mercado com o social. Por um lado, preservam-se os interesses da banca financeira, e por outro, atende-se os pobres com o Bolsa-Família - um vigoroso programa social que distribui renda para mais de 12 milhões de famílias brasileiras. A síntese dessa singularidade é manifesta pelo livre trânsito de Lula no Fórum Social Mundial e no Fórum Econômico Mundial. Em ambos, Lula é aplaudido.
Para além da semelhança programática, PT e PSDB se parecem cada vez mais iguais no jeito de fazer política. A ruptura prometida com a 'Velha República' e inclusive com a 'Nova República', através do surgimento do PT que arrombou a política nacional pela 'porta dos fundos' e se apresentou com a grande novidade na política brasileira não se efetivou. O PT e o governo Lula repetem os velhos métodos condenáveis da política nacional, ou seja, o clientelismo e o fisiologismo como regra justificável para se manter a governabilidade.
Se o PSDB tinha o PFL como grande aliado, o PT tem o PMDB. Ambos, PFL e PMDB em seus respectivos momentos de partilha do poder arrancam o que podem - cargos e recursos - para dar sustentação política aos "titulares" do poder. Foi o governo de coalizão que fez ressurgir no cenário nacional figuras que julgavam-se superadas como José Sarney, Jader Barbalho, Romero Jucá, Geddel Oliveira, Collor de Mello, entre outras. Tudo passou a ser justificado pela governabilidade.
Tristemente o PT foi também aos poucos sucumbindo ao centralismo, caciquismo e personalismo. A defendida tese de que os partidos é que devem ser valorizados e não as pessoas, foi sendo deixada de lado. A realidade é que o PT foi engolido por Lula. É Lula quem decide, arbitra, define. Tudo passa por ele, do presidente do partido ao candidato à sucessão presidencial.
*Cesar Sanson é pesquisador do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores e doutor em sociologia pela UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Fonte: Fundação Lauro Campos
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Repudiar a agressão covarde do terror sionista
O ataque que resultou na morte de 19 civis, com centenas de feridos, foi mais do que uma provocação. Ao atacar o comboio humanitário, conhecido como Frota da Liberdade, que pretendia entregar 10 mil tonadas de alimentos na Faixa de Gaza, o Estado de Israel reafirma seu caráter terrorista.
Esse é um dos piores episódios recentes da política belicosa perpetrada pelo Estado sionista. Significa uma agressão covarde e um ataque não apenas aos missionários e ao povo palestino, senão um ataque a todos os povos e democratas do mundo.
O dever de todos os governos, independentemente de sua visão política e ideológica, é a ruptura imediata das relações diplomáticas e comerciais com esse Estado assassino.
O PSOL reafirma seu compromisso com todas as iniciativas de solidariedade com o povo palestino. Vamos a participar do repúdio com os milhões que saíram às ruas nos cinco continentes para repudiar o terrorismo do Estado de Israel.
Esse é um dos piores episódios recentes da política belicosa perpetrada pelo Estado sionista. Significa uma agressão covarde e um ataque não apenas aos missionários e ao povo palestino, senão um ataque a todos os povos e democratas do mundo.
O dever de todos os governos, independentemente de sua visão política e ideológica, é a ruptura imediata das relações diplomáticas e comerciais com esse Estado assassino.
O PSOL reafirma seu compromisso com todas as iniciativas de solidariedade com o povo palestino. Vamos a participar do repúdio com os milhões que saíram às ruas nos cinco continentes para repudiar o terrorismo do Estado de Israel.
terça-feira, 1 de junho de 2010
CARAS NOVAS. NOMES NOVOS OU VELHOS, MAS A POLÍTICA CONTINUA A MESMA
O Vereador Pelotense Eduardo Macluf do PP acaba de colocar seu nome à disposição do Partido para disputar a vaga de Vice-Governador na chapa de Yeda Crusius. Eduardo é parte da “nova geração” da política na cidade, filho de Mansur Macluf, que ocupou o cargo de Vereador em Pelotas por mais de 35 anos.
Há na cidade certo processo de renovação de figuras políticas, representado por jovens que ocupam cadeiras na Câmara de Vereadores e outros que se postulam como figuras públicas em seus Partidos.
O PSOL quer debater os rumos da renovação na política em Pelotas e na Região. Afinal de contas passamos por um profundo processo de estagnação econômica, e nos parece muito correto afirmar que tal estagnação é de responsabilidade de sucessivas políticas equivocadas, centradas na atração de grandes empresas como único modo para a retomada do desenvolvimento.
É neste sentido que compreendemos que a renovação política não deve ocorrer apenas a partir da idade menos avançada dos postulantes a cargos executivos ou legislativos. Necessitamos de uma renovação de idéias, projetos, métodos, para que possamos inverter o quadro de desemprego, violência e falta de perspectiva para o conjunto da população.
Sobre o tema da renovação temos um exemplo contundente em nível estadual, Yeda Crusisus elegeu-se em 2006 com o slogan “Um novo jeito de governar”. Durante três anos e meio, observamos o que há de mais velho na política: corte em investimentos sociais como saúde e educação para o pagamento de dívidas com a união e com os bancos, truculência com os movimentos sociais, bombásticos escândalos de corrupção, entre outros.
Ora, este “novo jeito de governar” não nos serve. O retrato da rejeição a este modelo está em todas as pesquisas de opinião, onde o Governo comandado pelo PSDB aparece com os piores índices de avaliação em toda a história do Rio Grande.
O PSOL foi voz forte na oposição ao Governo de Yeda Crusius. Efetuamos denúncias contundentes e organizamos mobilizações nas ruas. Durante este processo tivemos o privilégio de ter como um de nossos porta-vozes o Vereador de Porto Alegre Pedro Ruas, hoje nosso pré-candidato ao Governo do Estado.
Pedro Ruas tem mais de 50 anos de vida e mais de 30 anos de política, não é na idade que demonstra a renovação, é no projeto de um Rio Grande sem corrupção e sem privilégios para banqueiros, empresários e latifundiários, com emprego, saúde e distribuição de renda.
Concordamos com a idéia de renovar a política também em nossa cidade e em nossa região. Certamente, tal renovação não passa por postular cargos na chapa de Yeda Crusius, responsável pelo mais trágico Governo da história do Rio Grande do Sul.
Há na cidade certo processo de renovação de figuras políticas, representado por jovens que ocupam cadeiras na Câmara de Vereadores e outros que se postulam como figuras públicas em seus Partidos.
O PSOL quer debater os rumos da renovação na política em Pelotas e na Região. Afinal de contas passamos por um profundo processo de estagnação econômica, e nos parece muito correto afirmar que tal estagnação é de responsabilidade de sucessivas políticas equivocadas, centradas na atração de grandes empresas como único modo para a retomada do desenvolvimento.
É neste sentido que compreendemos que a renovação política não deve ocorrer apenas a partir da idade menos avançada dos postulantes a cargos executivos ou legislativos. Necessitamos de uma renovação de idéias, projetos, métodos, para que possamos inverter o quadro de desemprego, violência e falta de perspectiva para o conjunto da população.
Sobre o tema da renovação temos um exemplo contundente em nível estadual, Yeda Crusisus elegeu-se em 2006 com o slogan “Um novo jeito de governar”. Durante três anos e meio, observamos o que há de mais velho na política: corte em investimentos sociais como saúde e educação para o pagamento de dívidas com a união e com os bancos, truculência com os movimentos sociais, bombásticos escândalos de corrupção, entre outros.
Ora, este “novo jeito de governar” não nos serve. O retrato da rejeição a este modelo está em todas as pesquisas de opinião, onde o Governo comandado pelo PSDB aparece com os piores índices de avaliação em toda a história do Rio Grande.
O PSOL foi voz forte na oposição ao Governo de Yeda Crusius. Efetuamos denúncias contundentes e organizamos mobilizações nas ruas. Durante este processo tivemos o privilégio de ter como um de nossos porta-vozes o Vereador de Porto Alegre Pedro Ruas, hoje nosso pré-candidato ao Governo do Estado.
Pedro Ruas tem mais de 50 anos de vida e mais de 30 anos de política, não é na idade que demonstra a renovação, é no projeto de um Rio Grande sem corrupção e sem privilégios para banqueiros, empresários e latifundiários, com emprego, saúde e distribuição de renda.
Concordamos com a idéia de renovar a política também em nossa cidade e em nossa região. Certamente, tal renovação não passa por postular cargos na chapa de Yeda Crusius, responsável pelo mais trágico Governo da história do Rio Grande do Sul.
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